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O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

Como é possível manter um governo em que o primeiro-ministro mente?

     Num dos debates quinzenais realizados na Assembleia da República Pedro Passos Coelho mostrou-se muito indignado por Jerónimo de Sousa utilizar na sua intervenção expressões como «roubo», «agressão» e «mentira».

Este episódio, caricato na forma, revela, no seu conteúdo, os tiques autoritários e censórios dos executantes conselheiros de administração de e ao serviço dos interesses dos grupos económicos e financeiros seus mandantes.

E revela também a falta de vergonha do 1º ministro. O que se segue são um conjunto de mentiras descaradas escritas com pleno à-vontade pela personagem nas redes sociais Facebook e Twiter

24 de Março: «A pior coisa é ter um governo fraco; um governo mais forte imporá menos sacrifícios aos contribuintes e aos cidadãos». Face à realidade actual só pudemos dizer que é preciso ter lata. Muita lata e descaramento.

30 de Março: «A ideia que se foi gerando de que o PSD vai aumentar o IVA não tem fundamento». E no entanto o IVA subiu para 23%. E houve «actualizações» em todos os escalões.

1 de Abril: «Já ouvi dizer que o PSD quer acabar com o 13.º mês, mas nós nunca falámos disto e é um disparate». «Disparate» aplicado a milhões de portugueses…

2 de Abril: «O PSD chumbou o PEC IV porque tem que dizer basta; a austeridade não pode incidir sempre no aumento de impostos e no corte de rendimentos». O que fez e está a fazer este governo? Precisamente o contrário!!!

2 de Maio: «Se formos governo posso garantir que não será necessário despedir pessoas nem cortar mais salários para sanear o sistema português». De garantias destas está o inferno cheio. Que o digam os milhões de portugueses nessa situação.

5 de Maio: «Portugal não pode ter 700 mil desempregados». Deve ser por isso que o governo criou todas as condições para que 8 meses depois se tenha ultrapassado o número de 1 milhão de desempregados!

10 de Maio: «Para salvaguardar a coesão social prefiro onerar os escalões mais altos do IRS e desonerar a classe média e baixa». Só pode estar a brincar connosco!

12 de Maio: «Escusam de vir agitar mentiras; o PSD quer que as pessoas sejam tratadas como merecem, seja na aérea pública seja na privada». O que seria se assim não fosse…

1 de Junho: «Ninguém nos verá a impor sacrifícios aos que mais precisam; os que mais têm terão de ajudar os que têm menos». E não lhe cresce o nariz com tantas aldrabices?

Estas mentiras foram levadas ao Parlamento pelo deputado comunista e vice-presidente da Assembleia da República António Filipe em Novembro de 2011.

O homem escreveu e disse. Para quem estiver interessado em mais «pérolas» do mesmo teor pode consultar na Internet o «Best of 2010-2011» de Pedro Passos Coelho.

E a saga continua. Uma das últimas é o colossal embuste de que 2013 será o início da recuperação económica e da diminuição do desemprego!

Num estudo do próprio FMI, publicado em Outubro de 2010, conclui-se que «em dois anos, uma consolidação fiscal [orçamental] equivalente a 1 por cento do PIB tende a reduzir o PIB em aproximadamente 0,5 por cento, aumenta o desemprego em cerca de 0,3 por cento, e reduz a procura interna (consumo e investimento) em aproximadamente 1 por cento». Mais claro não podia ser!

Mais. O 1º ministro, o governo, os economistas seus apoiantes e defensores que todos os dias nos bombardeiam coma teoria das «inevitabilidades», sabem perfeitamente que não há criação líquida de emprego sem um crescimento económico do PIB acima dos 3% ao ano.

Estão, ainda e sempre, a querer-nos vender gato por lebre. Isto tem de acabar! Como nos podem querer governar pessoas deste quilate, verdadeiros aldrabões encartados?

Uma última frase: «Como é possível manter um governo em que o 1º ministro mente?». A pergunta, esclareça-se, não é minha. É de Pedro Passos Coelho quando ainda não era governante. Não podíamos estar mais de acordo!

Por isso lá estaremos a participar na Greve Geral do próximo dia 22 de Março, convocada pela CGTP-IN. Greve contra a exploração e o empobrecimento. Greve por uma mudança de política. Greve por um novo rumo para Portugal.

Especialista em Sistemas de Comunicação e Informação

In "Jornal do Centro" - Edição de 2 de Março de 2012

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