Ele há políticas erradas
como há erros nas políticas
... mas, desculpem lá,
os sucessivos "códigos do trabalho", o último sempre pior que o anterior (para os trabalhadores!) não são o resultado de uma política errada, são instrumentos de uma política ao serviço de uma classe;
a política de saúde ignorando direitos constitucionais e na perspectiva de que há um mercado de saúde que é o "negócio do futuro", não é uma política errada, é uma política criando utentes, isto é, consumidores, é uma política ao serviço de uma classe;
a política de educação ignorando direitos constitucionais e tendo como alvo os professores para lhes acabar com os "privilégios", não é uma política errada, é uma política ao serviço de uma classe;
a política que transforma os serviços públicos, primeiro mudando-lhes o nome (serviços de interesse geral!), depois integrando-os no circuito acumulador de capital, não é uma política errada, é uma política ao serviço de uma classe;
uma política que tem como aparente "objectivo número único" o défice orçamental não é uma política errada, que faz de instrumentos finalidades, não é sequer uma política é um embuste para esconder as políticas ao serviço de uma classe.
Ah!, é verdade... talvez seja preciso dizer que tudo isto seria assim no pressuposto (sou um homem com alguns pressupostos...) de que há classes sociais. Porque, se não houvesse classes sociais, nada estaria errado... a não ser algumas políticas ou melhor, estando certas todas as políticas haveria alguns errozitos na execução de algumas das políticas, todas certas.
Tudo estaria certo! Só teríamos que nos resignar, e corrigir os inevitáveis e humanos errozitos, alguns de "casting" ministerial. Mas disso trataria o pm beneficiando da cooperação estratégica com o pr, exemplo de homem que nunca erra (nem tem dúvidas) onde quer que esteja ao serviço.
Tenho dito!
In blog "Anónimo Séc. XXI"
Gostaria de ter escrito isto...