Lembram-se de Antenor Patiño?
Antenor Patiño e o cobre da Bolívia:
«A POBREZA da Bolívia contrastou, durante muito tempo, com a riqueza de um de seus filhos, Antenor Patiño, o "rei do estanho", nascido nos últimos anos do século 19 e considerado um dos homens mais ricos de seu tempo.
Em 1968, a pedido de Oliveira Salazar, o ditador português, Patiño preparou um baile com o objetivo de ser o mais faustoso da história. O pretexto de Salazar era atrair a Portugal o turismo de alto luxo; o de Patiño, mostrar a riqueza que a Bolívia lhe proporcionara. Era para ser uma festa maior do que a do Marquês de Cuevas, em Biarritz; a de Charles de Beistégui, no Palácio da Lábia, em Veneza; o Baile Astor, na Inglaterra, ao qual compareceu o primeiro-ministro britânico John Profumo, com as prostitutas do doutor Ward -um episódio inesquecível dos anos 60. O baile foi na Quinta Patiño, a três quilômetros de Estoril. Foram selecionados 700 convidados, a nata da sociedade européia, americana e alguns asiáticos. O baile mobilizou jatinhos de toda a Europa, iates alugados em todos os portos do Mediterrâneo e do Atlântico. Como descreveria José-Luiz de Vilallonga, um nobre espanhol inteligente e ferino, durante meses uma centena de operários escavou um vale artificial em uma colina, em frente à Quinta, só para permitir aos convidados avistar o mar do alto dos terraços. Foram trazidas orquestras de Londres, Nova York e Antilhas; fabricadas 60 mil lâmpadas a óleo. Houve mercado negro de convites, e Gina Lollobrigida só conseguiu entrar de penetra. (...)»
O fundador da "família":
adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge