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O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

O eclipse da Rússia

Artigo de Luís Carapinha in «O Militante» - N.º 260 Setembro/Outubro de 2002

Vladimir Putin_caricatura

Desenho de Fernando Campos (o sítio dos desenhos)

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"A humanidade debate-se, a um novo nível, com a escravatura, colonialismo e o fascismo financeiro-económico, ou seja, com o genocídio que consiste na eliminação da população pelo grande capital internacional, com o apoio das oligarquias nacionais e de governos e presidentes marionetes, incluindo o presidente e o governo da Federação Russa”. A afirmação é do general russo Rokhlin e foi produzida ao tempo do anterior presidente russo Iéltsin, mas mantém a sua plena actualidade hoje, transcorridos mais de dois anos de presidência Pútin.

Rokhlin foi assassinado em Julho de 98 em circunstâncias até hoje não esclarecidas. Um ano antes fundara o Movimento de Apoio às Forças Armadas, desde 1995 era deputado do parlamento russo. Na Primavera de 98, Rokhlin, "general do povo", é um dos principais impulsionadores do vasto movimento de protesto contra Iéltsin e o governo que agita o país e causa nervosismo nos círculos do poder. Há movimentos grevistas um pouco por toda a imensa Federação Russa. Mineiros, trabalhadores da indústria militar, professores, estudantes, médicos e cientistas, entre outros, protestam contra o presidente e o governo, exigindo a sua demissão. O Transiberiano é cortado durante dias a fio. Em Moscovo, os mineiros em greve acampam em frente à sede do governo por tempo indeterminado. Vêm de diversos pontos do país e as suas principais reivindicações são de carácter político, factor que provoca a perturbação do Kremlin, não habituado a tolerar mais do que reivindicações de índole económica ou social.

Os protestos generalizados, aliados à estagnação de uma economia não recomposta do choque neoliberal, geram uma crise de confiança governamental, contribuindo para o agravamento das contradições internas do regime. À ameaça de uma crise económica aguda, somava-se o perigo de uma crise política de consequências imprevisíveis para a elite detentora do poder no país...

Notas

(1) A oposição por duas vezes chumbou a candidatura do antigo primeiro-ministro Tchernomyrdin proposta por Iéltsin.

(2) O Militante, Maio/Junho 2000, pág. 54.

(3) Pútin era presidente interino desde 31 de Dezembro de 1999, após a demissão de Iéltsin.

(4) Designação comum do grupo de homens de confiança do presidente que gradualmente tem ascendido a cargos-chave da direcção russa.

(5) Antigo primeiro-ministro russo após o final da URSS. Foi o responsável da tristemente célebre terapia de choque.

(6) Presidente da Câmara de Moscovo.

(7) Washington Post, 7.12.01.

(8) Lochinin, vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo, citado pela Itar-Tass, 31.7.02.

(9) Igor Ivanov, Ministro dos Negócios Estrageiros russo, citado pela agência Strana.ru, 16.3.02.

(10) Selezniov anunciou posteriormente a criação de uma nova força política, o Partido Socialista da Rússia, designação provisória que será ratificada no Congresso fundador previsto para Setembro. Segundo Selezniov o novo partido, que só será da oposição caso o executivo russo não respeite o estipulado na Constituição, irá defender a edificação do Estado Social (idem, 29.7.02).

(11) Partido Comunista Operário Russo-Partido Revolucionário dos Comunistas, criado em 2001 após a fusão dos dois partidos.

(12) O MJ baseou-se no ponto da nova Lei dos Partidos que proíbe os partidos que “persigam o objectivo de alterar violentamente os fundamentos da ordem constitucional...”.

«O Militante» - N.º 260 Setembro/Outubro de 2002

Vladimir Putin

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Um dia negro para a Rússia

Bandeira Federação Russa2

Em 12 de Junho de 1990, dia que hoje está inscrito no calendário como uma data histórica, você era um político activo, estava quase a tornar-se ministro da Imprensa da RSFSR [foi nomeado para este cargo passado um mês (Nota da Redacção – N.R.)]. Mas temos dois 12 de Junho na nossa história recente: um é o dia da aprovação da declaração sobre a independência e o outro, no ano seguinte, o dia da eleição de Éltsine como presidente. São dois elos ligados entre si, dois anéis de serpente, que se cerraram em torno da União Soviética agonizante. Celebra hoje esta data? Este é para si um dia luminoso ou uma data negra do calendário?

Para mim, naturalmente, é um dia negro do calendário. O segundo 12 de Junho decorre do primeiro: a eleição de Borís Éltsine decorre da declaração da independência da RSFSR. Posso afirmar-lhe que a declaração da independência não foi de todo uma decisão política espontânea, mas o resultado de um plano longamente amadurecido, uma vez que o projecto desse documento foi esboçado ainda em 1974 no Instituto IIASA.

Entrevista com Mikhail Poltaránine

 

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