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O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

Covid-19: USA a nú

covid19_en_usa_Tiempo Latino.jpg

Cartoon in Tiempo Latino

 

A pandemia terá um impacto tremendo.

Põe a nu, e agrava qualitativamente, realidades sociais, económicas e políticas.

A marca de classe é evidente.

O New York Times dizia que o encerramento de escolas na cidade seria «um último recurso», pois «há cerca de 750 000 crianças pobres, incluíndo cerca de 114 000 sem abrigo [!]. Para esses, a escola pode ser o único sítio que garante 3 refeições quentes por dia e cuidados médicos, ou mesmo a lavagem da roupa» (09/03/2020). O COVID-19 veio depois.

Em apenas 3 semanas, 17 milhões [!] de trabalhadores ficaram sem emprego nos EUA. As ajudas são escassas.

Mas para o grande capital o dinheiro nunca falta. Já foram oficialmente reservados quase 5.000.000.000.000 de dólares.

Trump_Pedro Ribeiro Ferreira.jpg

Trump (cartoon de Pedro Ribeiro Ferreira)

Como em 2008, o Estado vai pagar e endividar-se, mas o dinheiro público servirá para a banca lucrar e quem trabalha se endividar:

«Embora os governos e bancos centrais forneçam grande parte do dinheiro, está-se a pedir aos prestamistas que funcionem como ‘correia de transmissão’ para assegurar que o apoio chegue às empresas e consumidores que dele mais necessitam» (Financial Times, 01/04/2020).

A Reserva Federal está a comprar tudo, sem limites, para «evitar a derrocada dos mercados» (Financial Times, 24/03/2020).

É a «’nacionalização’ dos mercados de Títulos […] com muitas grandes empresas a aproveitar para vender» (Financial Times, 24/03/2020) e até o «apoio ao mercado das dívidas de alto rendimento das grandes empresas» (Financial Times, 09/04/2020).

O Zé Povinho que pague. As Emergências servem também para isso.

Sublinhados meus

 

Não, não #VaiFicarTudoBem

BALANÇA capital-trabalho

 

À medida que evolui a crise vai-se tornando mais flagrante a hipocrisia do «estamos todos no mesmo barco» e do «toca a todos».

As desigualdades e a exclusão não dizem respeito a um ou outro aspecto particular da realidade.

E, da saúde aos despedimentos em massa, e ao grande capital a pôr-se na fila para arrebanhar os «apoios» do governo, ficam cada dia mais à vista.

 

Quem decide é o grande capital

A eleição de Donald Trump coloca sem dúvida interrogações quanto a eventuais desenvolvimentos da política externa dos EUA.

A prática responderá a esta questão, que não é de menor importância, dadas as ambições da principal potência imperialista e o seu envolvimento directo em conflitos e processos negociais – da decisiva batalha de Alepo aos tratados ditos de livre comércio como o TTIP – de grande impacto nas relações internacionais.

Mas por mais iconoclasta e delirante que possa parecer o discurso do seu presidente, não é dele que dependem alterações significativas na política dos EUA pois finalmente quem decide é o grande capital financeiro e especulativo, é Wall Street, é o poderosíssimo complexo militar-industrial, é o punhado de grandes multinacionais de base norte-americana que sugam a parte de leão da mais-valia criada em todo o mundo.

 

Bandeira União Europeia_2011

«As eleições nos EUA são expressão da crise do sistema. Os seus resultados contribuirão para o ulterior aprofundamento dessa crise. Nos EUA e a nível mundial.

(...)

Uma coisa é certa: seja nos EUA ou na UE, a palavra de ordem é militarizar. Os povos nada têm a esperar dos defensores do grande capital, a não ser exploração, miséria e guerra.»

 

Não se diz uma só palavra sobre as causas socioeconómicas e ideológicas desta situação...

 

11 de Setembro de 1973 – Golpe fascista no Chile

ChileAllende_Av

O processo de transformação revolucionária no Chile iniciado com a eleição do presidente Allende e a formação do governo de Unidade Popular, em Setembro de 1970, alarmaram os EUA.

Aliado às forças fascistas e ao grande capital chileno o imperialismo não olhou a meios para destruir o processo democrático.

Antes da tomada de posse de Allende, a CIA assassina o Comandante-Chefe do Exército.

Sucedem-se actos de violência visando a desestabilização social e a paralisação da economia do país para minar o apoio popular ao governo.

Não o conseguindo, é desencadeado o golpe de Estado chefiado por Pinochet, de uma bestialidade atroz: dezenas de milhares de mortos, incluindo Salvador Allende, centenas de milhares de presos, torturados ou exilados, o Parlamento dissolvido, o Palácio Presidencial destruído a tiros de canhão e bombas da aviação, os partidos políticos proibidos.

O Chile entra numa longa noite fascista.

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