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O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

O que o plágio diz sobre o plagiado

Donald Trump_caricaturaHillary Clinton_caricatura

 AQUI                                                    AQUI

 

Desenho de Fernando Campos (o sítio dos desenhos 

 

«(...)

Que nenhum europeu se choque com o populismo de Trump; não temos também nós um Boris Johnson? Que nenhum europeu se escandalize com o discurso racista e xenófobo de Trump; ou esqueceram-se da Hungria, da Dinamarca, da França, da Polónia… Que ninguém se ria da representação nacional de Trump, ou acham que os portugueses têm andado nessas matérias melhor servidos? Estranhamente, o desdém por Trump contrasta, na comunicação social da classe dominante, diga-se novamente, com a simpatia por Hillary Clinton.

A maioria dos sofisticadíssimos capitalistas europeus já votou por Hillary Clinton,

  • a testa-de-ferro do Walmart que há não muito tempo descrevia os jovens negros como «super-predadores»;
  • a multi-milionária enterrada até ao pescoço em negócios nebulosos com farmacêuticas e fundos de especulação;
  • a arquitecta da guerra na Líbia;
  • o falcão do holocausto na Síria;
  • a secretária de Estado do governo que mais imigrantes deportou na História dos EUA.

É ela, não Trump, a escolha de Hollande, Barroso, Schulz, Tsipras, Juncker, Dijsselbloem e Draghi. É essa a única explicação para o retrato caricatural de Trump, pela comunicação social europeia, que óbvia a compreensão de um fenómeno com raízes profundas e de cuja compreensão depende o futuro do globo.

Trump não é, ao invés da tese do aglomerados de comentadores de turno, um candidato «anti-sistema». Representa, na verdade, os interesses de sectores específicos da alta burguesia, actualmente minoritários, procurando uma aliança de fachada proto-fascista com a pequena e a média burguesia em torno da indústria, dos serviços e do imobiliário. No discurso, esta oscilação permite o extremar do racismo, do conservadorismo cultural, da religião e do anti-comunismo. A nível externo, corresponde a um modelo neocolonial semelhante à política estado-unidense da primeira metade do século XX.

Clinton, por seu turno, não desdenha nenhum destes propósitos: é simplesmente mais favorável ao «capital fictício», para usar a expressão de Marx, da especulação financeira e da integração económica prevista no âmbito do TTIP e do TTP.»

(sublinhados meus) 

 

«Mais sucintamente, escolher entre Clinton e Trump é o mesmo que escolher entre a Pepsi e a Coca-Cola, entre a Exxon Mobil ou a Bank of America, entre invadir a Coreia ou orquestrar um golpe de Estado na Bielorrússia...»

 

Obscena riqueza

Sacrificio.jpg

A concentração da riqueza mundial assim como o seu agravamento foram confirmados num relatório divulgado dia 7 pelo Boston Consulting Group (BCG).

Segundo o texto, um por cento da população possui 47 por cento da riqueza acumulada em rendimentos, depósitos e títulos.

Os EUA são os campeões dos multimilionários, seguidos pela China; proporcionalmente ao número de habitantes o Liechtenstein e a Suíça surgem à cabeça.

Ainda assim, é na América do Norte que o BCG identifica o mais profundo fosso na desigualdade e concentração da riqueza, com os milionários norte-americanos a deterem 63 por cento do total do valor estimado das fortunas privadas.

Quanto à progressão da riqueza concentrada, o relatório do gabinete financeiro indica que em 2015 ela cresceu 5,2 por cento contra os cerca de sete por cento em 2014.

Nos paraísos fiscais o aumento foi de três por cento e o BCG considera que, apesar dos escândalos e denúncias envolvendo territórios de fraca fiscalidade e forte sigilo quanto à propriedade e proveniência do capital, aqueles deverão continuar a ser um dos destinos preferidos para salvaguardar colossais fortunas.

 

Milionários portugueses na lista da Forbes

capitalismo-piramidal.jpg

Américo Amorim, Belmiro de Azevedo e Alexandre Soares dos Santos são os três multimilionários portugueses que figuram na lista das maiores fortunas mundiais, divulgada dia 2, pela revista Forbes.

Amorim, de 80 anos, surge no 369.º lugar, com 4,4 mil milhões de dólares (3,9 mil milhões de euros), seguido de Belmiro de Azevedo, 76 anos, 949.º lugar, com dois mil milhões de dólares (1,8 mil milhões de euros). O terceiro mais rico de Portugal é Alexandre Soares dos Santos, 80 anos, com uma fortuna estimada em 1,8 mil milhões de dólares (1,6 mil milhões de euros).

À cabeça da lista surge o norte-americano Bill Gates, com 79,2 mil milhões de dólares, segue-se o mexicano Carlos Slim, com 77,1 mil milhões de dólares, e o investidor norte-americano Warren Buffett com 72,1 mil milhões de dólares.

Em quarto lugar está o empresário espanhol, Amancio Ortega, de 78 anos, proprietário de marcas como a Zara, com 64,5 mil milhões de dólares.

 

A crise não é para todos...

 

100 fortunas erradicariam quatro vezes a pobreza

-

Se nunca ninguém soube calcular quantos pobres são necessários para produzir um rico, como se interrogou Almeida Garrett em 1846, pelo menos hoje sabemos que 100 ricos chegam largamente para erradicar a pobreza extrema no planeta.

-

A «saída» da crise

    Anda muita gente atarefada em vender a ideia que o pior da crise financeira, económica e social já passou. Coincidência das coincidências esta mensagem é quase avassaladora nos países a viverem processos eleitorais, como na Alemanha ou em Portugal.

Quais as provas? A saída da recessão técnica em alguns países é um sinal seguro, dizem. Depois, escrevem, há alguns «danos colaterais», como essa coisa menor de o desemprego continuar a subir. Mas enfim, não se pode ter tudo…

Curioso é o facto de os mesmos, economistas e políticos, que foram incapazes de prever a crise, as suas causas e os seus efeitos, a sua forma e o seu conteúdo, surgirem agora, quais pitonisas, a prever o seu fim para breve.

Mas será assim?

Todos os indicadores apontam para uma não criação de emprego líquido nos meses mais próximos – segundo o «Financial Times» nas economias desenvolvidas, o índice de desemprego ultrapassará os 10% em 2010. Por outro lado, o consumo não dá sinais de reactivação. A crise social atinge mesmo os países ditos mais ricos. A crise económica generaliza-se a múltiplos sectores: da indústria automóvel à aeronáutica, dos transportes aéreos ao turismo, e por aí fora. Assiste-se a uma quebra do consumo mundial de energia, em particular de combustíveis. Mas também na energia eléctrica, sector onde em 2009 se prevê uma queda de 3,5%, a primeira vez que tal sucede desde 1945.

O sistema financeiro mundial apesar das medidas adoptadas continua totalmente arruinado. «As entidades bancárias tradicionais enfrentam perdas potenciais derivadas de empréstimos e activos no valor de biliões de dólares, para além de sofrer uma grave falta de capitalização.», escreve-se no citado jornal.

A realidade, a dura realidade, como sempre impõe-se à propaganda do fim da crise e da superação dos actuais problemas. A realidade é que nem sequer as tão propagandeadas e claramente insuficientes medidas de regulação foram adoptadas. Continua o livre curso das actividades especulativas do grande capital financeiro. Recorde-se, por exemplo, a propaganda feita em torno do fim dos off-shores e veja-se a realidade actual. Nem um, para amostra, foi encerrado. Ao contrário, sucedem-se as notícias, como em Portugal, da canalização de milhares de milhões de Euros para os paraísos fiscais.

A realidade é que não se alterou nada na economia mundial. A acumulação prossegue. A exploração aumenta. A pobreza e o desemprego alastram. É esta a dura realidade daqueles que sentem na pele os efeitos da crise do sistema capitalista. Pode-se mesmo afirmar que o sistema não se regenera, reproduz-se.

E quem paga a crise?

Não certamente, os financeiros de Wall Street e das bolsas mundiais (incluindo a portuguesa). Esses, duma forma clara, procuram criar uma nova «bolha» especulativa de lucros. A novidade é que o fazem não com dinheiros privados, mas sim com dinheiros públicos. Milhares de milhões de euros ou dólares provenientes dos impostos pagos por toda a sociedade. Dinheiros que os governos puseram de uma forma compulsiva ao serviço de um novo ciclo de rentabilidade capitalista. Não certamente o grupo restrito de multinacionais e multimilionários que multiplica a uma escala inimaginável os seus activos empresariais e as suas fortunas pessoais.

Quem paga a crise são aqueles, a esmagadora maioria das pessoas, a quem o processo inflacionário e de recessão gera fome, pobreza e desvalorização acentuada do poder de compra. São os sectores mais desprotegidos que sofrem na pele os chamados «ajustes» de uma crise social de efeitos imprevisíveis com despedimentos massivos.

Vivemos tempos em que se colocam grandes opções. Tempos que exigem corajosas decisões. Existem, ou não, políticas e modelos de desenvolvimento verdadeiramente alternativos? Há, ou não, forças disponíveis para encontrar os caminhos da sua concretização?

Especialista em Sistemas de Comunicação e Informação

                                                                                                                                          

In jornal "Público" - Edição de 20 de Setembro de 2009

                                                                                          

O Zé Carlos e a crise financeira e económica

  • Crise BPN - Teixeira dos Santos ignorava que as contas do Banco foram feitas no Magalhães... (e AQUI)

O Humor dos Gatos Fedorentos ao serviço duma informação consciente                                         

                 

adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge                                     

                                                           

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