O FMI confessa-se
«No ano passado foram destruídos 30 milhões de postos de trabalho em consequência da crise económica internacional». Quem o afirmou foi o «insuspeito» director gerente do Fundo Monetário Internacional, Dominique Strauss-Kahn. A afirmação, proferida no contexto da Reunião Anual do FMI realizada no passado fim de semana em Washington não surpreende – o aumento exponencial do desemprego é uma das respostas do sistema capitalista à sua crise e os dados referidos pelo FMI estarão subavaliados, podendo o acréscimo de desempregados ser de 50 milhões. Mas não deixa de ter significado que após dois anos de milionários financiamentos ao sector financeiro e de «sacrifícios para todos» de modo a «relançar a economia mundial e criar emprego», este seja um ponto do discurso de uma das mais importantes instituições internacionais do capitalismo.
(sublinhados meus)
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