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O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

A Comissão Política de Manuel Alegre vai tomar uma posição sobre a NATO e a cimeira da NATO?

Calma, estamos só a perguntar, e perguntar não ofende!

É que fomos ver a composição da Comissão Política Nacional da candidatura de Manuel Alegre.


Logo aí notámos  a presença de figuras como Augusto Santos Silva e Ana Gomes, a nata da NATO em Portugal, "afegãos" até ao osso, e a ausência lamentável de outros, igualmente notáveis, como Luís Amado e Fernanda Câncio.

Esta última compreende-se que não esteja porque deve ter partido, de camuflado e botas, à espadeirada, para o Iraque. Pelo menos é o que se deduz da sua enigmática despedida de 13 de Agosto: «até amanhã, no Iraque». Mas não partiu sem antes nos confidenciar: «confesso: apesar de não ter a menor estima por Bush e de não ter comprado a treta óbvia das armas de destruição maciça, apoiei a invasão americana». E, entre acenos e suspiros, desabafou: «quero acreditar que não morreu tanta gente - iraquianos e ocupantes - para nada».

Mas outra presença de relevo na Comissão Política é José Vera Jardim, o deputado do PS e Vice-Presidente da Assembleia da República. Sim, esse mesmo que, quando o PCP pretendeu «interditar, com efeitos imediatos, o nosso espaço aéreo a todo e qualquer voo com origem ou destino em Guantánamo», disse que tal era um «absurdo». Não acredita? Ora leia aqui: Os voos secretos da CIA e os campos de concentração dos EUA (BBC).

Mas, dirão alguns leitores, o que é que Manuel Alegre e a sua Comissão Política têm a ver com a NATO e a respectiva Cimeira?

Nada têm a ver se forem apenas uma agremiação recreativa, para organizar uns bailes, umas patuscadas, ou até, irem ver jogar o Benfica.

Mas, se, por mero acaso, a ideia for colocar Manuel Alegre na Presidência da República, aí o poeta vai ter que tomar posse se for eleito. E...

«No acto de posse o Presidente da República eleito prestará a seguinte declaração de compromisso: Juro por minha honra desempenhar fielmente as funções em que fico investido e defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa

E o que diz a Constituição? Ora vejamos:

Artigo 7.º

Relações internacionais

1. Portugal rege-se nas relações internacionais pelos princípios da independência nacional, do respeito dos direitos do homem, dos direitos dos povos, da igualdade entre os Estados, da solução pacífica dos conflitos internacionais, da não ingerência nos assuntos internos dos outros Estados e da cooperação com todos os outros povos para a emancipação e o progresso da humanidade.

2. Portugal preconiza a abolição do imperialismo, do colonialismo e de quaisquer outras formas de agressão, domínio e exploração nas relações entre os povos, bem como o desarmamento geral, simultâneo e controlado, a dissolução dos blocos político-militares e o estabelecimento de um sistema de segurança colectiva, com vista à criação de uma ordem internacional capaz de assegurar a paz e a justiça nas relações entre os povos.

In Constituição da República Portuguesa

Palpita-nos que a Comissão Política de Manuel Alegre jamais tomará uma posição sobre a NATO e a cimeira da NATO...

E nós, entretanto, vamos mas é votar em Francisco Lopes, que tem voz e acção firmes em favor da PAZ, condições necessárias para se defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa!

Posições do PCP sobre a cimeira da NATO:

“Passados 40 anos, com a queda do muro de Berlim e a dissolução da União Soviética, foi anunciado o fim da «guerra-fria». A NATO teria perdido os fundamentos da sua existência à luz da sua obsessiva estratégia anti-comunista. Mas entretanto a fisionomia do mundo havia-se alterado profundamente, sob a acção do bloco socialista, do «movimento dos não alinhados», a descolonização, e a resistência da América Latina às ofensivas subversivas da América do Norte. Para além do que a NATO alimentava intenções mais amplas e profundas, que até aí não ousara confessar.”

Por Abril, Pela Paz, Não à NATO!
-
adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge

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