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O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

Cobarde Declaração de Guerra!

         Tal como aqui tínhamos previsto quando da apresentação do PEC 3, aí está o PEC 4. E a ele se seguirão o PEC 5, e o PEC 6. A menos que a resistência e a luta populares afirmem uma alternativa de ruptura e mudança com este estado de coisas.

As medidas agora apresentadas por José Sócrates, a partir dos corredores da União Europeia e nas costas do país, confirmam os piores cenários.

Representam uma ultrajante submissão aos ditames das principais potências capitalistas europeias.

Significam uma rendição aos objectivos do grande capital financeiro.

Configuram uma autêntica declaração de guerra contra os direitos sociais e laborais dos trabalhadores e do povo.

Representam uma sentença de dependência de tipo colonial para Portugal.

Visam um retrocesso histórico dos direitos dos trabalhadores e a destruição do que resta do chamado «Estado Social».

Constituem uma condenável atitude de desprezo pelas condições de vida dos trabalhadores e do povo português.

Em traços gerais, o que agora se pretende é, em primeiro lugar, um novo ataque aos salários e aos rendimentos.

Em segundo lugar, o favorecimento da exploração e fragilização dos direitos dos trabalhadores.

Em terceiro lugar, uma mais drástica e desumana precarização dos apoios sociais.

Procura-se, ainda, uma nova redução das funções sociais do Estado e dos serviços públicos.

Finalmente, pretende-se o prosseguimento da criminosa política de privatizações e também da liberalização de sectores como o da energia.

Medidas, que são elas próprias factor de agravamento da crise e do défice. Medidas, que confirmam que é sobre os trabalhadores e o povo que incidem os sacrifícios. Medidas, que mantêm intocáveis os lucros e os privilégios dos grupos económicos, em particular da banca.

Sublinhe-se o facto significativo de não se registar nem UMA ÚNICA MEDIDA visando os grandes grupos económicos e financeiros. Sobretudo quando se sabe que os seus escandalosos lucros estão a ser obtidos à custa do desemprego e da pobreza de centenas de milhar de portugueses.

No próximo sábado, 19 de Março, lá estaremos em Lisboa, no Dia Nacional de Indignação e de Protesto, organizado pela CGTP-IN, a dar a devida resposta. Lado a lado com todos os que não se resignam perante as injustiças. E que não abdicam de fazer ouvir a sua voz de protesto e de exigência de mudança.

Especialista em Sistemas de Comunicação e Informação

In "Jornal do Centro" - Edição de 18 de Março de 2011

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