O itinerário da pauperização da economia
O País dispõe já de dados preliminares relativos aos Censos 2011, cujos resultados, no plano da demografia, evidenciam uma preocupante acentuação da desertificação do território, embora globalmente o País tenha, comparativamente a 2001, mais cerca de 200 mil residentes. Aquilo que foi tornado público não constitui, é certo, nenhuma surpresa, antes confirma a acção política governativa dos últimos 30 anos no fomento das causas tendentes à desertificação.
Confirma o ódio à planificação económica e à harmonização dos investimentos na base da igualdade entre as várias regiões.
Confirma o entendimento de que a agricultura é algo típico das economias terceiro mundistas e uma herança da Idade Média, pelo que não a devemos desenvolver.
Confirma a desindustrialização e o receio da existência de um forte sector operário, a fazer lembrar a resistência de Salazar à industrialização do País.
Confirma um projecto de uma pretensa modernidade alicerçada numa tercearização sustentada em baixos salários.
Confirma o primado da «economia de casino» através da qual, num curto lapso de tempo, assistimos a uma concentração capitalista como raramente aconteceu na nossa história contemporânea.
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