A agressão da NATO à Líbia
Meio ano após o início da agressão da NATO à Líbia, o país africano com o maior Índice de Desenvolvimento Humano foi destruído pelos bombardeamentos, pilhagens e massacres. Mais uma vez, uma guerra de agressão imperialista cria uma enorme tragédia para a população civil, com milhares de mortos e a destruição da infraestrutura social e económica do país agredido. Tudo indica que a guerra está longe do seu termo. À data em que se escreve, Sirte, Bani Walid e outras localidades resistem heroicamente às forças agressoras e a resistência à ocupação cresce em todo o país. É quase certo que as precipitadas celebrações imperialistas aquando da ocupação e massacres de Tripoli, em finais de Agosto, venham a ter o mesmo destino que a famigerada proclamação de Bush, em Maio 2003, de que a guerra do Iraque terminara com a «missão cumprida».
A guerra de agressão imperialista à Líbia não é um facto menor. Pode ser um marco na crise mundial de bem maiores proporções para a qual um capitalismo em profunda crise está a conduzir a Humanidade. Ninguém deve subestimar a gravidade das declarações do Senador norte-americano McCain, porta-voz do sector mais belicista do imperialismo dos EUA, quando, por duas vezes, no rescaldo da ocupação de Tripoli, veio dizer que essa «grande vitória da Primavera árabe» se devia agora estender ao Irão, à Síria,... à Rússia e à China.
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