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O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

No bolso deles estão os nossos sacrifícios

     Mentiram. Mentiram para enganar o povo antes das eleições. E voltam a mentir agora quando falam de sacrifícios para todos. Ou que estão a resolver os problemas do País. Ou que não há alternativa à política de desastre.

O pacto de agressão que PS, PSD e CDS assumiram com a União Europeia (U.E.) e o Fundo Monetário Internacional (FMI), é um roubo ao povo e ao País que tem de ser rejeitado. Um roubo que tem como objectivo principal o agravamento da exploração de quem trabalha para aumentar os lucros de quem explora.

Cortam nos salários e pensões e roubam o subsídio de Natal e de férias. Diminuem o valor das indemnizações e alargam as causas de despedimento. Reduzem o valor das horas extraordinárias e do trabalho nocturno. Atacam a contratação colectiva e impõem o trabalho precário. Acrescentam mais meia hora ao horário de trabalho e roubam o direito ao descanso dos feriados. Uma medida que, por si só, poderá implicar a destruição de mais de 250.000 empregos e a transferência para os bolsos do patronato de mais de 7.500.000.000 de euros (!!!).

No fundo o que querem é mais trabalho por menos salário!

Mas o governo não fica por aqui.

Segue-se o aumento do IVA em produtos e serviços essenciais, incluindo o sector da restauração. Um brutal aumento da electricidade, do gás natural, do preço dos bilhetes e passes sociais, das taxas moderadoras, dos medicamentos, das portagens.

Querem fechar escolas, serviços de saúde, esquadras, centros de emprego, estações de correio, serviços de transporte. Querem privatizar importantes empresas públicas, entregando-as aos grupos económicos nacionais e estrangeiros.

No fundo dizem querer acabar com o défice, acabando com o País. E transformando a vida do povo português num verdadeiro inferno.

E para onde vai então o dinheiro dos nossos sacrifícios?

Só neste ano de 2011 já saíram de Portugal mais de 10 mil milhões de euros (!!!) em juros, lucros e dividendos. Os buracos do BPN e do BPP já custaram mais de 3 mil milhões de euros. Do pacto de agressão constam cerca de 12 mil milhões de euros de novos apoios à banca e 35 mil milhões de garantias para o sector financeiro. O que eles chamam de «ajuda da troika», custará mais de 34,4 mil milhões de euros de juros a pagar à U.E. e ao FMI. É fartar vilanagem!

A verdade é esta: o nosso subsídio de Natal e de férias, os impostos que pagamos, as horas e os dias de trabalho sem receber, não são para resolver os problemas do País. São sim para encher os bolsos dos ricos e poderosos. Para o povo português sobra o desemprego, a recessão económica, as falências, a pobreza, mais dívida, mais défice.

Mas há SEMPRE alternativa ao rumo de desastre.

É preciso aumentar salários e pensões, combater a precariedade, afirmar os nossos direitos. É urgente renegociar a dívida pública, defender a produção nacional, apoiar as micro, pequenas e médias empresas. É necessário pôr fim às privatizações, defender os serviços públicos e recuperar para o Estado os sectores estratégicos da economia. É imperioso tributar a banca, a especulação financeira, o património de luxo. É preciso romper com o rumo de integração capitalista da U.E., defender a soberania e a independência nacionais.

Como recordou ao primeiro-ministro, na Assembleia da República, Jerónimo de Sousa, «governos do seu partido, com maiorias absolutas, quando confrontaram os trabalhadores perderam».

O povo português não aceita esta política. Perante tão violenta ofensiva intensifica-se a indignação e a luta. É preciso dizer NÃO ao regresso a um passado de miséria, exploração e dependência que marcou os tempos do fascismo. Tal como a Revolução do 25 de Abril pôs fim a essa realidade, também agora se impõe a derrota do pacto de agressão.

Por isso a Greve Geral marcada para o próximo dia 24 de Novembro será uma grande luta. Uma luta indispensável para projectar as outras lutas que se seguirão em defesa dos direitos dos trabalhadores e das conquistas do nosso povo. E por uma alternativa à política de direita e de traição nacional.

Especialista em Sistemas de Comunicação e Informação

In "Jornal do Centro" - Edição de 11 de Novembro de 2011

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