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Além de constituírem para todos os nomeados o segundo ou o terceiro emprego milionário a juntar a reformas (algumas delas obtidas escandalosamente, que o Estado, a partir deste ano, vai ter de pagar…) e a empregos também milionários, elas respeitam, pelo menos algumas delas, a pessoas que, em programas regulares de televisão e em outro tipo de intervenções públicas, têm tido um papel muito activo na presente crise e na sua doutrinação.
Pessoas que nunca hesitaram na defesa da austeridade levada a limites jamais atingidos;
pessoas que consideraram brandas as medidas iniciais propostas pela Troika;
pessoas que não se cansaram de afirmar que os portugueses viviam acima das suas possibilidades;
que o Estado tinha de emagrecer, deixando de prestar serviços essenciais à esmagadora maioria da população;
que as empresas pagavam custos salariais directos e indirectos altamente prejudiciais para a sua competitividade;
pessoas que fustigaram no plano moral e político, principalmente com imputações morais torpes, anteriores governantes pelo endividamento do país,
aceitem agora, no auge da crise, juntar aos seus milionários salários ou pensões, ou a ambas as coisas, novos rendimentos milionários pelo desempenho de funções pouco mais que decorativas, pagos por uma das empresas mais endividadas de Portugal, com um rácio de dívida muito superior ao do Estado português.
(...)
(sublinhados meus)
Gostava de ter escrito isto...
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publicado às 00:02