Brutal transferência de recursos públicos para o grande capital
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É para alimentar uma brutal transferência de recursos públicos para o grande capital que estão em curso políticas e medidas de austeridade sem fim à vista.
Em dois anos cerca de 27.000 estudantes perderam a bolsa. Num universo de 400.000 alunos apenas 50.000 têm acesso ao apoio da acção social escolar. Situação que é tanto mais grave, quando é sabido que cerca de 49% das famílias portuguesas tinham em 2009, um rendimento médio bruto/mensal até 849 euros.
O PCP propôs na Assembleia da República que todos os estudantes cujas famílias tenham um rendimento líquido per capita até 618 euros tenham acesso à bolsa máxima, coisa que no ano lectivo de 2009/2010 estava ao alcance de apenas 119 estudantes, entre os 75.000 bolseiros.
Esta semana e em relação ao desemprego jovem tomámos conhecimento, pelo Eurostat, do larguíssimo salto dado na taxa de desemprego juvenil entre Março de 2011 e Março de 2012 que passou de 27,6% para 36,1% e sem que se abra uma janela de esperança por este governo.
Temos mais dívida e um serviço da dívida em crescendo. O serviço da dívida era em 2011 de 6 mil milhões de euros, segundo o Orçamento de Estado em 2012 será 7 mil e trezentos milhões e a previsão do próprio FMI para o serviço da dívida em 2016 é de 9 mil milhões e quinhentos mil euros (muito mais do que gasta o país em educação e ciência).
Apesar do forte agravamento da carga fiscal imposto por este governo, particularmente aos portugueses que trabalham e ao consumo popular com o aumento do IVA, a receita efectiva do Estado caiu no primeiro trimestre de 2012 comparativamente com igual período de 2011, menos 4,4%, influenciando de forma decisiva o saldo global do Estado que se agravou.
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