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O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

A caridade humilha as pessoas

     Vivemos hoje uma situação em que a gravidade dos problemas está para além das previsões mais pessimistas.

Os dados oficiais revelam que ao fim de um ano de politica da troika estrangeira e do governo PSD/CDS, mais de 853.000 portugueses estão na pobreza ou mesmo na miséria só devido ao desemprego. Esta situação tenderá a agravar-se muito nos próximos meses.

Por um lado, porque o desemprego vai continuar a aumentar. Desde Dezembro de 2011, a taxa de desemprego tem aumentado a um ritmo de 0,43 pontos percentuais por mês. Se este ritmo se mantiver, nos finais de 2012 o desemprego oficial atingirá 19,8% e o desemprego efectivo 26,8%. Isto corresponde a 1.530.000 desempregados. Estamos perante um valor insustentável para o país. Mas que é a consequência inevitável da política em curso de destruição da economia e da sociedade.

Por outro, porque o governo alterou a lei do subsídio de desemprego. O que terá como consequência que menos desempregados tenham direito a receber subsidio e durante menos tempo. Sublinhe-se que já hoje apenas 29 em cada 100 desempregados estão a receber subsídio de desemprego.

Em Março de 2011 cerca de 2 milhões de portugueses viviam abaixo do limiar da pobreza. Caminhamos em passo acelerado para os 3 milhões.

Sejamos claros. Está em marcha, duma forma consciente, uma brutal transferência de recursos públicos para o grande capital. É essa brutal transferência, que prossegue a cada dia que passa, que está na origem das medidas de austeridade que os trabalhadores e o povo estão continuamente a pagar.

Esta actuação do Governo PSD/CDS de Coelho e Portas assenta numa política de mentira, de mistificação, de golpe baixo.

Expressões acabadas desse golpe baixo são as abjectas políticas de pretensa caridade promovidas por este governo.

Em vez do combate à fome e à pobreza e às suas causas - as política de empobrecimento a que o país está a ser submetido – temos o «combate ao desperdício». «Combate» esse, apresentado em grandes parangonas e acções mediáticas, que mais não significa que colocar umas pessoas a viverem das sobras de outras!

Independentemente das boas intenções, há um conjunto de instituições de todo o género que fazem peditórios e apelam à caridade e que estão, na prática, a fazer o jogo daqueles que querem perpetuar a miséria, a pobreza e a exclusão social. Nunca é demais lembrar que em Portugal se EMPOBRECE A TRABALHAR. Um terço dos que vivem abaixo do limiar da pobreza trabalha!!!

Não vamos brincar à caridadezinha/Festa, canasta é falsa intençãozinha/Não vamos brincar à caridadezinha (José Barata Boura 1973).

Especialista em Sistemas de Comunicação e Informação

In "Jornal do Centro" - Edição de 11 de Maio de 2012

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