Fome, má-nutrição e trabalho forçado
Um em cada sete seres humanos sofre de fome, afirma a Agência das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação. Isto quer dizer que, de acordo com as estimativas da FAO, quase mil milhões de homens, mulheres e crianças não têm o que comer, pese embora a produção de alimentos a nível mundial ser capaz de suprir todas as carências.
Anualmente são destruídos 1,3 mil milhões de toneladas de alimentos, e mesmo que a produção aumentasse imediatamente em 60 por cento, em 2050 ainda subsistiriam pelo menos 300 milhões de famintos, aduz a FAO.
Para além dos que passam fome, mais de mil milhões de pessoas sofrem de má-nutrição, ou seja, ingerem um número insuficiente de calorias e carecem de nutrientes essenciais, acrescenta-se no texto que a organização das Nações Unidas leva à Cimeira Rio+20, que decorre entre 13 e 22 de Junho, no Brasil.
Paralelamente, a Organização Mundial do Trabalho (OIT) revelou que quase 21 milhões de pessoas são trabalhadores forçados, a maioria dos quais, 90 por cento, são sujeitos a um tal regime no sector privado.
«Isso significa que três em cada mil pessoas no mundo estão em situação de trabalho forçado», sublinham os especialistas da OIT, citados pela Lusa. Europa Central, Leste e Sudeste, e o continente africano são as regiões com maior taxa de prevalência.
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