Não há tempo a perder - A Síria está em Guerra!
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A Síria está em guerra, esta é que é a verdade. Uma guerra fabricada no terreno durante mais de um ano, programada nos corredores do Pentágono desde os tempos da administração Bush, financiada há anos por uma criminosa cadeia de financiamento e ingerência de milhões de dólares que alimentou os mercenários políticos, fantoches de Washington e da NATO, que integram hoje o Conselho Nacional Sírio. Gente que desfila nas reuniões do Clube Bildergerg, vive comodamente em Paris (como Kodami, uma das figuras de proa do CNS) ou em Conventry (como Rami Abdel Rahman, o rosto do sinistro Observatório Sírio dos Direitos Humanos). O país que durante décadas desconheceu conflitos étnicos ou sectários; o país em que xiitas, sunitas, alauitas, druzos, curdos e cristãos conviveram pacificamente; o país em que as religiões islâmica e cristã coexistiram pacificamente num dos poucos estados árabes laicos do Mundo, este país, um dos poucos elementos de estabilidade na tumultuosa região do Médio Oriente, foi arrastado pelo imperialismo para uma guerra assente na incitação à violência sectária, que pode condenar o povo sírio a anos, senão décadas, de guerra e que pode fazer explodir de vez uma guerra regional que, dada a internacionalização a que está sujeita, pode redundar num conflito de dimensões imprevistas.
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Nas últimas semanas temos vindo a assistir ao agravamento da tragédia da guerra contra a Síria. A aliança entre o imperialismo norte-americano, sionistas, ditaduras monárquicas do Golfo e brigadas de mercenários terroristas pretende destruir mais um Estado e um regime, activo apoiante da luta do povo palestiniano. Exactamente no momento em que o carácter sanguinário desta santa aliança é cada vez mais evidente, Obama autoriza que se torne público a existência de directivas secretas à CIA para o seu envolvimento em operações encobertas contra a Síria. Agora é oficial. Os norte-americanos «missionários da democracia» e os déspotas reaccionários da península Arábica são os organizadores daquilo que durante mais de um ano os media nos venderam como sendo actos de resistência da oposição interna ao regime de Damasco.
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A escalada agressiva contra a Síria não pára. O imperialismo está apostado em abater o regime sírio, por todos os meios, o mais rapidamente possível.
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Que faz correr o imperialismo e a reacção, ao ponto de arriscarem um fracasso de grande dimensão, tanto mais que a situação no Iraque e no Afeganistão está longe de controlada? Sem dúvida a crise capitalista que aí está, sem fim à vista. A escalada é inseparável da situação de estagnação/recessão de que as mais poderosas economias capitalistas não conseguem sair.
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Agressão imperialista à Síria - Guerra de mercenários e propaganda (Avante!, Edição N.º 2017, 26-07-2012)
«Entre 40 a 60 mil mercenários terão chegado nos últimos dias à Síria para se unirem ao denominado Exército Sírio Livre (ESL), denuncia a Red Voltaire. O reforço dos grupos armados apoiados pelo imperialismo e pelas monarquias do Golfo ocorre no contexto do recrudescimento da violência e da manipulação mediática do conflito.»
Agressão imperialista à Síria - Mercenários concentram-se em Aleppo (Avante!, Edição N.º 2018, 02-08-2012)
«A estratégia dos terroristas repete, noutra dimensão, o observado em Homs, onde a chamada «oposição» chegou a proclamar um emirado, no bairro de Bab Amr, e manteve cativa a população. Um número indeterminado de pessoas foi assassinado para criar um cenário de chacina de civis por parte das forças leais ao presidente Bashar Al-Assad.»
Agressão imperialista à Síria - Factos reveladores (Avante!, Edição N.º 2019, 09-08-2012)
«O bombardeamento pelos grupos armados de um campo de refugiados civis palestinianos nos arredores de Damasco, com um saldo de dezenas de mortos e feridos, ou a execução sumária, com vídeo disponível na Internet, de membros de uma comunidade de Aleppo que terá enfrentado o banditismo, acontecimentos ocorridos a semana passada, atestam o carácter criminoso da chamada «oposição» ao governo sírio.»
Agressão imperialista à Síria - Terroristas não poupam jornalistas (Avante!, Edição N.º 2020, 16-08-2012)
«Dois jornalistas sírios foram executados por grupos terroristas durante o passado fim-de-semana. No sábado, a vítima dos bandos armados foi o responsável pelo departamento de notícias nacionais da agência síria de notícias, Ali Abbas, assassinado na sua casa, situada nos arredores da capital, Damasco.»
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