A quebra do investimento e a reunião de economistas convocada pelo P.R.
«Não há crescimento económico nem criação de emprego sem investimento. E o aumento do investimento não tem lugar nem por decreto, nem por desejo do governo, nem por apelos do Presidente da República, nem por outra qualquer causa menor como seja a redução do IRC. Uma empresa só investe se tiver possibilidades de vender o que vai produzir. Nenhuma empresa produz para “stock” nem para ser destruído, por mais facilidades que um governo conceda. É um raciocínio económico simples e elementar, mesmo compreendido pelos não-economistas, mas parece que o governo, o Presidente da Republica e os seus defensores são incapazes de compreender. Daí o apelo ao investimento ao mesmo tempo que defendem e implementam medidas (cortes nos salários e pensões, aumento brutal de impostos, anuncio de mais um corte de 4,7 mil milhões € na despesa pública) que reduzem o já baixo poder de compra dos portugueses, diminuindo ainda mais a procura interna e, consequentemente, a possibilidade das empresas vender o que produzem. E em 2013, continua em Portugal a politica de redução dos rendimentos do trabalho como mostra o gráfico 1 divulgado pelo Eurostat.»
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