A Crise do Sistema Capitalista: os números de Portugal (17)
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Boletim de Outono do Banco de Portugal:
em 2011 e 2012, observou-se um aumento da fracção de trabalhadores com reduções de remuneração, que ascendeu a 22,2% e 23%, respectivamente;
em 2011 e 2012, 15,4% dos trabalhadores tiveram variações nulas [nos salários] nos dois anos e 39,4% teve pelo menos uma variação negativa (o que significa que mais de metade dos trabalhadores em Portugal sofreram perdas salariais);
a remuneração média dos que entraram [no mercado de trabalho] em 2012 foi mais baixa, em cerca de 110 euros, ou 11%, do que a remuneração média dos trabalhadores que cessaram contrato em 2011;
dos 886 mil desempregados registados no final do segundo trimestre apenas 388 mil (43,9%) tinham direito a um apoio;
o desemprego de longa duração continuou a crescer e o de muito longa duração (mais de 25 meses) continuou a crescer a taxas elevadas;
entre 2011 e 2013 o PIB português perdeu 6% do seu valor; continuará o processo de divergência real entre Portugal e a média da área do euro, com o alargamento do diferencial negativo acumulado desde o início da união monetária para mais de 10% (para ser preciso, 10,7%).
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