No início do ano ocorreu um novo aumento generalizado de preços, em regra superiores à inflação prevista pelo Governo e que é esgrimida para travar a justa actualização de salários.
Os portugueses têm que pagar mais 3,9 por cento nos transportes;
até mais 30 por cento no pão;
mais 5 a 10 por cento, nos restantes produtos alimentares (e ainda mais no leite e derivados);
mais 2,9 por cento na electricidade;
mais 4,3 a 5,2 por cento no gás;
mais 2,6 por cento nas portagens.
Na saúde, em 2007, as despesas subiram em média 7,5 por cento, o triplo da inflação registada;
só os custos dos serviços hospitalares cresceram 53,8 por cento;
e o Governo tenciona aumentar as taxas moderadoras em 4 por cento.
O aumento das taxas de juro sobrecarrega os orçamentos de um milhão e seiscentas mil famílias com empréstimos para habitação, cujas taxas de juro subiram quase 25 por cento em 2007.
No ano anterior, já tinham disparado 46 por cento.
Esta subida das taxas, no ano passado, traduziu-se, em média, num aumento de cerca de 13 por cento nas prestações mensais, segundo uma estimativa do Diário de Notícias (2 de Janeiro).