Grupo PSA garante permanência da Citroën em Mangualde
O grupo francês PSA garante que a empresa Citroën em Mangualde não vai ser deslocalizada. A incerteza quanto ao futuro da fábrica surgiu após as declarações do ministro da Economia, Manuel Pinho, sobre a necessidade de disponibilização de terrenos para a expansão da fábrica.
Nas declarações, proferidas no dia 17, após reunião do Conselho de Ministros, Manuel Pinho solicitava, ao responsável pela questão dos terrenos, que desbloqueasse a situação o mais rápido possível a fim de evitar a deslocalização da fábrica para Marrocos. O discurso de Manuel Pinho surge um ano depois de o Governo ter concedido à PSA um financiamento superior a oito milhões de euros para melhoramentos a introduzir nas linhas de pintura e montagem, tendo em atenção a aquisição dos terrenos.
A eventual deslocalização da empresa é desmentida pelo grupo PSA, uma vez que este pretende manter, em Mangualde, a produção dos modelos "berlingo First" e "Partner Origin" até 2013. Contudo, o grupo francês admite a necessidade de expandir a empresa, nos 20 mil metros de terrenos adjacentes à fábrica. As propriedades estão avaliadas em 1,8 milhões de euros, um valor que a autarquia de Mangualde não tem capacidade para suportar. A câmara municipal adiantou que 16 mil metros quadrados já se encontram classificados como espaço industrial.
A comissão de trabalhadores da Citroën, através de comunicado, apelou "à calma e tranquilidade de todos os trabalhadores", visto que os responsáveis pelo grupo francês garantiram que "a produção em Mangualde está a correr francamente bem" e que, devido à boa performance apresentada, a empresa "tem lugar no dispositivo industrial europeu do grupo.
Os deputados Hélder Amaral(CDS-PP) e Almeida Henriques(PSD) apresentaram, esta semana, um requerimento na Assembleia da Republica para obter esclarecimentos do processo.
A Citroën de Mangualde emprega cerca de um milhar de pessoas.
(sublinhados meus)
In "Jornal do Centro" - Edição de 25 de Janeiro de 2008