Numa declaração política na AR, António Filipe criticou a deriva securitária que transparece claramente das intenções governamentais e que é ilustrada, de uma forma muito elucidativa, pelo conteúdo das alterações à Lei de Segurança Interna e à Lei de Organização da Investigação Criminal aprovadas em Conselho de Ministros.
No âmbito da preparação da Conferência Nacional do PCP sobre questões económicas e sociais realizou-se um debate/audição sobre transportes. Vasco Cardoso, da Comissão Política do PCP, reafirmou que o PCP defende «uma forte política de investimento público em todas as dimensões destes sectores (dos transportes), e uma política que assuma a necessidade de um Plano Nacional de Transportes, ouvindo as populações e ORT´s, assente no serviço público, virado para o desenvolvimento da economia nacional (…)».
Um programacultural de grande qualidade, com as actuações da banda "Oppoente" e do Grupo de Etnografia e Folclore da Academia de Coimbra (GEFAC); quatro intervenções marcadas pela análise rigorosa de destacados sindicalistas de Portugal, Espanha e França; um convívio bem animado com largas centenas de educadores e professores oriundos de várias regiões do País; e uma mensagem firme e determinada, dirigida à opinião pública e aos responsáveis políticos, da parte dos professores, em defesa dos seus legítimos direitos e da Escola Pública de Qualidade - foi assim, entre nós, o 5 de Outubro, Dia Mundial do Professor. Uma jornada de quase quatro horas, vivida no histórico Coliseu dos Recreios de Lisboa, por iniciativa da FENPROF.
Convívio e festa com forte componente reivindicativa
Sala mítica e prova de fogo para muitos artistas nacionais e estrangeiros, o sempre jovem Coliseu (foi inaugurado em 14 de Agosto de 1890) acolheu desta vez um cartaz diferente: pôs Lisboa na rota das comemorações que, pelos quatro cantos do mundo, assinalaram o Dia Mundial dos Professores, juntando o convívio, a música e a festa com "uma forte componente reivindicativa". E isto porque, como realçou o secretário-geral da FENPROF, "os professores continuam a ser vítimas de um ataque sem precedentes no Portugal de Abril, concretizado em palavras, actos e omissões, e desferido por um Governo que tem, de facto, os docentes como mal-amados". Como neste 5 de Outubro de 2007 o próprio Primeiro Ministro fez questão, uma vez mais, de realçar.../ JPO
Podemos ler no Portal do Conselho da União Europeia o «Projecto de Tratado que Altera o Tratado da União Europeia e o Tratado que institui a Comunidade Europeia» (uf!!!).
É "isto" que se pretende aprovar na Conferência Intergovernamental a nível de Chefes de Estado ou de Governo que terá lugar em Lisboa já no próximo dia 18 de Outubro!!!
É "isto" que nos querem impingir sem nos consultarem...
O PCP promove, no próximo Sábado, 13 de Outubro, a partir das 15.00 horas, na Escola Secundária Emídio Navarro, em Viseu, um Encontro/Debate, subordinado ao tema “Distrito de Viseu - Outro Rumo, Nova Política ao Serviço do Povo e do País”, que contará com a participação de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral do PCP.
Este Encontro/Debate, que se insere nos trabalhos de preparação da Conferência Sobre Questões Económicas e Sociais que o PCP realiza, em Novembro, no Seixal, pretende realizar uma análise global e integrada dos problemas do Distrito, a partir do aprofundamento do conhecimento das suas estruturas socioeconómicas e das suas actuais dinâmicas, das limitações e potencialidades que existem, das muitas injustiças e desigualdades que marcam o território e as classes no nosso Distrito.
Estão previstas várias intervenções centradas no quadro social e no desenvolvimento do Distrito, tendo como ponto de partida o Documento Base que se encontra em discussão nas organizações locais do PCP.
A Intervenção de encerramento, a cargo de Jerónimo de Sousa, terá lugar por volta das 17.30 horas.
Leia aqui a primeira versão da monografia sobre a freguesia de Real, no concelho de Penalva do Castelo. O livro foi elaborado pelo grupo de representantes da CDU na Assembleia de Freguesia. Adira ao apelo dos autores que o seu contributo também é importante.
IV Congresso - Relatórios e Resoluções (Vários Autores)
Neste volume II e último, relativo ao IV Congresso (2.º Ilegal) do PCP, publicam-se os seguintes materiais:
Relatórios:
Contra a Repressão Fascista relator: Alberto (José Gregório); Organização relator: Duarte (Álvaro Cunhal); Sobre o Trabalho Sindical relator: Alberto; Movimento Nacional de Ajuda às Vítimas do Fascismo relator: Henrique (Dias Lourenço)
Resoluções: Resolução sobre o caminho para o derrubamento do fascismo; Resoluções sobre organização; Resolução sobre defesa da repressão fascista; Resolução sobre actividade sindical; Resolução sobre o movimento da juventude; Resolução sobre auxílio às vítimas do fascismo
Anexos: Instruções sobre organização dos trabalhos; Resolução do Comité Central sobre o trabalho de agitação e propaganda
A maçã de Bravo Esmolfe é portuguesa e única no mundo, deve o seu nome à aldeia de Esmolfe, Penalva do Castelo, mas a sua produção actual, apenas seis mil toneladas/ano, certificadas, impede a conquista dos mercados internacionais.
Na Feira da Maçã de Bravo Esmolfe, que há 12 anos se realiza na terra que foi o seu berço, Esmolfe, duas questões surgem anualmente tão importantes como o próprio produto: a sua certificação e a escassa rentabilidade para o produtor.
António Alves, produtor de Bravo Esmolfe, que vendia hoje (6 de Outubro) de manhã a caixa de oito quilos por sete euros queixa-se à Agência Lusa do negócio: "Ó meu amigo, isto ou se vende barato ou não se vende de todo".
"As pessoas sabem que este é um produto único mas quando vêm a Bravo a ser vendida a 80 cêntimos ou a um euro e têm as outras variedades por 30 ou 40 cêntimos, optam pelo mais barato. E nós não podemos fazer menos", disse este produtor.
Há um factor que pode ser decisivo no futuro próximo, quando os estudos que estão a ser realizados provarem aquilo que já todos desconfiam: que a maçã de Bravo Esmolfe tem particularidades que podem fazer "milagres" na saúde das pessoas.
Mas, para já, o que é mais importante, como explicou à Lusa Rogério Martins, presidente da Fenafrutas, uma cooperativa de produtores, o esforço essencial para que esta maçã possa triunfar é colocar a certificação como prioridade.
"A afirmação da Bravo Esmolfe passa pelo consumidor que tem que ser informado da importância da certificação como elemento essencial da garantia de qualidade e, depois, então, o produtor perceber que este elemento - a certificação - é uma mais valia para o seu negócio", disse Rogério Martins.
José Luís Araújo, director da Gazeta Rural, publicação especializada no sector agrícola, coloca o dedo onde mais dói, que é o facto de os grandes lucros estarem concentrados na distribuição, onde ficam 70 por cento das mais valias geradas.
"Enquanto esta realidade se mantiver, vai ser difícil convencer os produtores a ir mais longe, nomeadamente no processo de certificação", disse o jornalista, defendendo ainda que "a certificação deve ser rapidamente descomplicada e menos onerosa".
Neste momento a Bravo Esmolfe já usufrui da Denominação de Origem Protegida e a Felba - Promoção das Frutas e Legumes da Beira Alta, é a entidade responsável pela certificação.
César Pereira, gestor de produtos de qualidade da Felba, não tem dúvida alguma de que o potencial esta maçã para o mercado da exportação "é enorme", para além de ser um veículo da imagem do país, mas, admite, as seis mil toneladas/ano certificadas não permite grandes aventuras para lá da fronteira.
No entanto, o cenário pode mudar radicalmente, adianta César Pereira, que lembra que actualmente a produção nacional de maçã é de 300 mil toneladas/ano, 130 das quais na Beira Alta, 43 por cento do total nacional, sendo que a Bravo Esmolfe apenas perfaz seis mil do bolo total.
"No mínimo e a médio/curto prazo, a produção pode crescer 10 vezes", diz este técnico, tendo em conta que são mais de três dezenas de concelhos abrangidos pela região demarcada, agregando quatro distritos, Viseu, Guarda, Castelo Branco e Coimbra.
O potencial médio de produção da Bravo Esmolfe chega às 20 toneladas por hectare, embora as outras variedades cheguem às 40, mas entre as vantagens e as desvantagens inerentes à natureza do produto, todos auspiciam um "bom futuro" à Bravo Esmolfe.
Tojal Rebelo, gerente da SOMA, Sociedade Agro-Comercial que se dedica à produção, armazenagem e distribuição, sendo uma das mais importantes empresas do sector no país, com sede em Moimenta da Beira, aponta como "contras" o facto de ser uma maçã "muito sensível", alterna bons com maus anos e tem queda precoce.
Por outro lado, nos "prós", estão o facto de ser uma maça que floresce mais tarde, exige menos intervenção fitossanitária, escapa à época das geadas e resiste bem ao "pedrado", doença da maçã.
Para resolver está ainda a "guerra" entre as empresas que distribuem o produtor e as grandes superfícies, com estas a reivindicar, para aceitarem vender a maçã, que esta surja com a sua marca, o que prejudica todos os outros a montante do processo entre a produção e a intermediação.