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O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

Gravuras e Serigrafias (II)

   A Bicicleta Deslizou Suavemente como se Nenhum Peso Levasse (Rogério Ribeiro)

                                                             

Edição muito limitada, numerada e assinada pelo autor.

Estas serigrafias reproduzem seis das mais representativas ilustrações concebidas pelo pintor Rogério Ribeiro para o romance de Manuel Tiago, Até Amanhã, Camaradas.

                                              

In Edições «Avante!»

                                

Alerta para crise social de contornos difíceis de prever

        Embora não subscrevendo muito do conteúdo desta tomada de posição da SEDES, ela parece-me suficientemente importante para a dar a conhecer na íntegra aos leitores deste blog. Sublinhe-se que a Associação para o Desenvolvimento Económico e Social (SEDES) é uma das mais antigas e conceituadas associações cívicas de Portugal. E que é absolutamente insuspeita de defender posições conotadas com o marxismo-leninismo...                                     

                         

1)  UM DIFUSO MAL-ESTAR

                              
Sente-se hoje na sociedade portuguesa um mal-estar difuso, que alastra e mina a confiança essencial à coesão nacional.

Nem todas as causas desse sentimento são exclusivamente portuguesas, na medida em que reflectem tendências culturais do espaço civilizacional em que nos inserimos. Mas uma boa parte são questões internas à nossa sociedade e às nossas circunstâncias. Não podemos, por isso, ceder à resignação sem recusarmos a liberdade com que assumimos a responsabilidade pelo nosso destino.

Assumindo o dever cívico decorrente de uma ética da responsabilidade, a SEDES entende ser oportuno chamar a atenção para os sinais de degradação da qualidade da vida cívica que, não constituindo um fenómeno inteiramente novo, estão por detrás do referido mal-estar.

                        

2) DEGRADAÇÃO DA CONFIANÇA NO SISTEMA POLÍTICO

                         
Ao nível político, tem-se acentuado a degradação da confiança dos cidadãos nos representantes partidários, praticamente generalizada a todo o espectro político.

É uma situação preocupante para quem acredita que a democracia representativa é o regime que melhor assegura o bem comum de sociedades desenvolvidas. O seu eventual fracasso, com o estreitamento do papel da mediação partidária, criará um vácuo propício ao acirrar das emoções mais primárias em detrimento da razão e à consequente emergência de derivas populistas, caciquistas, personalistas, etc.

Importa, por isso, perseverar na defesa da democracia representativa e das suas instituições. E desde logo, dos partidos políticos, pilares do eficaz funcionamento de uma democracia representativa. Mas há três condições para que estes possam cumprir adequadamente o seu papel. 

Têm, por um lado, de ser capazes de mobilizar os talentos da sociedade para uma elite de serviço; por outro lado, a sua presença não pode ser dominadora a ponto de asfixiar a sociedade e o Estado, coarctando a necessária e vivificante diversidade e o dinamismo criativo; finalmente, não devem ser um objectivo em si mesmos...

É por isso preocupante ver o afunilamento da qualidade dos partidos, seja pela dificuldade em atrair e reter os cidadãos mais qualificados, seja por critérios de selecção, cada vez mais favoráveis à gestão de interesses do que à promoção da qualidade cívica. E é também preocupante assistir à tentacular expansão da influência partidária – quer na ocupação do Estado, quer na articulação com interesses da economia privada – muito para além do que deve ser o seu espaço natural.

Estas tendências são factores de empobrecimento do regime político e da qualidade da vida cívica. O que, em última instância, não deixará de se reflectir na qualidade de vida dos portugueses.

                          
3) VALORES, JUSTIÇA E COMUNICAÇÃO SOCIAL

                                   
Outro factor de degradação da qualidade da vida política é o resultado da combinação de alguma comunicação social sensacionalista com uma justiça ineficaz. E a sensação de que a justiça também funciona por vezes subordinada a agendas políticas.

Com ou sem intencionalidade, essa combinação alimenta um estado de suspeição generalizada sobre a classe política, sem contudo conduzir a quaisquer condenações relevantes. É o pior dos mundos: sendo fácil e impune lançar suspeitas infundadas, muitas pessoas sérias e competentes afastam-se da política, empobrecendo-a; a banalização da suspeita e a incapacidade de condenar os culpados (e ilibar inocentes) favorece os mal-intencionados, diluídos na confusão. Resulta a desacreditação do sistema político e a adversa e perversa selecção dos seus agentes.

Nalguma comunicação social prolifera um jornalismo de insinuação, onde prima o sensacionalismo. Misturando-se verdades e suspeitas, coisas importantes e minudências, destroem-se impunemente reputações laboriosamente construídas, ao mesmo tempo que, banalizando o mal, se favorecem as pessoas sem escrúpulos.

Por seu lado, o Estado tem uma presença asfixiante sobre toda a sociedade, a ponto de não ser exagero considerar que é cada vez mais estreito o espaço deixado verdadeiramente livre para a iniciativa privada. Além disso, demite-se muitas vezes do seu dever de isenta regulação, para desenvolver duvidosas articulações com interesses privados, que deixam em muitos um perigoso rasto de desconfiança.

Num ambiente de relativismo moral, é frequentemente promovida a confusão entre o que a lei não proíbe explicitamente e o que é eticamente aceitável, tentando tornar a lei no único regulador aceitável dos comportamentos sociais. Esquece-se, deliberadamente, que uma tal acepção enredaria a sociedade numa burocratizante teia legislativa e num palco de permanente litigância judicial, que acabaria por coarctar seriamente a sua funcionalidade. Não será, pois, por acaso que é precisamente na penumbra do que a lei não prevê explicitamente que proliferam comportamentos contrários ao interesse da sociedade e ao bem comum. E que é justamente nessa penumbra sem valores que medra a corrupção, um cancro que corrói a sociedade e que a justiça não alcança.

                   
4) CRIMINALIDADE, INSEGURANÇA E EXAGEROS

                                   
A criminalidade violenta progride e cresce o sentimento de insegurança entre os cidadãos. Se é certo que Portugal ainda é um país relativamente seguro, apesar da facilidade de circulação no espaço europeu facilitar a importação da criminalidade organizada. Mas a crescente ousadia dos criminosos transmite o sentimento de que a impune experimentação vai consolidando saber e experiência na escala da violência.

Ora, para além de alguns fogachos mediáticos, não se vê uma acção consistente, da prevenção, da investigação e da justiça, para transmitir a desejada tranquilidade.

Mas enquanto subsiste uma cultura predominantemente laxista no cumprimento da lei, em áreas menos relevantes para as necessidades do bom funcionamento da sociedade emerge, por vezes, uma espécie de fundamentalismo utra-zeloso, sem sentido de proporcionalidade ou bom-senso.

Para se ter uma noção objectiva da desproporção entre os riscos que a sociedade enfrenta e o empenho do Estado para os enfrentar, calculem-se as vítimas da última década originadas por problemas relacionados com bolas de Berlim, colheres de pau, ou similares e os decorrentes da criminalidade violenta ou da circulação rodoviária e confronte-se com o zelo que o Estado visivelmente lhes dedicou.

E nesta matéria a responsabilidade pelo desproporcionado zelo utilizado recai, antes de mais, nos legisladores portugueses que transcrevem para o direito português, mecânica e por vezes levianamente, as directivas de Bruxelas.

            
5) APELO DA SEDES

                                   
O mal-estar e a degradação da confiança, a espiral descendente em que o regime parece ter mergulhado, têm como consequência inevitável o seu bloqueamento. E se essa espiral descendente continuar, emergirá, mais cedo ou mais tarde, uma crise social de contornos difíceis de prever.

A sociedade civil pode e deve participar no desbloqueamento da eficácia do regime  – para o que será necessário que este se lhe abra mais do que tem feito até aqui –, mas ele só pode partir dos seus dois pólos de poder: os partidos, com a sua emanação fundamental que é o Parlamento, e o Presidente da República.

As últimas eleições para a Câmara de Lisboa mostraram a existência de uma significativa dissociação entre os eleitores e os partidos. E uma sondagem recente deu conta de que os políticos – grupo a que se associa quase por metonímia “os partidos” – são a classe em que os portugueses menos confiam.

Este estado de coisas deve preocupar todos aqueles que se empenham verdadeiramente na coisa pública e que não podem continuar indiferentes perante a crescente dissociação entre o conceito de “res pública” e o de intervenção política!

A regeneração é necessária e tem de começar nos próprios partidos políticos, fulcro de um regime democrático representativo. Abrir-se à sociedade, promover princípios éticos de decência na vida política e na sociedade em geral, desenvolver processos de selecção que permitam atrair competências e afastar oportunismos, são parte essencial da necessária regeneração.

Os partidos estão na base da formação das políticas públicas que determinam a organização da sociedade portuguesa. Na Assembleia ou no Governo exercem um mandato ratificado pelos cidadãos, e têm a obrigação de prestar contas de forma permanente sobre o modo como o exercem.

Em geral o Estado, a esfera formal onde se forma a decisão e se gerem os negócios do país, tem de abrir urgentemente canais para escutar a sociedade civil e os cidadãos em geral. Deve fazê-lo de forma clara, transparente e, sobretudo, escrutinável. Os portugueses têm de poder entender as razões que presidem à formação das políticas públicas que lhes dizem respeito.

A SEDES está naturalmente disponível para alimentar esses canais e frequentar as esferas de reflexão e diálogo que forem efectiva e produtivamente activadas.

(sublinhados meus)


Sedes, 21 de Fevereiro de 2008


O Conselho Coordenador

(Vitor Bento (Presidente), M. Alves Monteiro, Luís Barata, L. Campos e Cunha, João Ferreira do Amaral, Henrique Neto, F. Ribeiro Mendes, Paulo Sande, Amílcar Theias)

                                   

Adenda em 23/02 às 17h52m: Sublinhe-se que alguns dos signatários foram ministros e/ou secretários de estado em governos do PS e do PSD. No desempenho das suas funções governativas o que fizeram para evitar este estado de coisas? Ou a culpa é só dos outros?...

                

2º Torneio de Natação Prof. Afonso Saldanha

    A Piscina Municipal de Penalva do Castelo vai acolher no próximo da 8 de Março, pelas 14 horas,  o 2º Torneio Prof. António Saldanha. Esta iniciativa resulta de um Circuito de Escolas de Natação de vários Municípios.
                  
Programa:

  • 14.00h Recepção de Participantes
  • 14.30h Periodo de Aquecimento
  • 15.00h Início das Provas
  • 17.30h Lanche e Entrega de Prémios

                                       

In Câmara Municipal de Penalva do Castelo

                                        

Paul Robeson - «Ol' Man River»

                                                                                         

Sobre Paul Robeson clicar AQUI, AQUI e AQUI

                                                                                   

Sobre «Ol' Man River» clicar AQUI

                                            
Para ver e ouvir a canção «Ol' Man River» interpretada por Paul Robeson clicar AQUI
                                

Gravuras e Serigrafias (I)

        Ao Fim de Alguns Dias Voltaram a Chamá-la (Rogério Ribeiro)

                                                                        

Edição muito limitada, numerada e assinada pelo autor.

Estas serigrafias reproduzem seis das mais representativas ilustrações concebidas pelo pintor Rogério Ribeiro para o romance de Manuel Tiago, Até Amanhã, Camaradas.

                                              

In Edições «Avante!»

                                

Sentido de Estado e Práticas Saloias

    Quando recordo certos eventos referidos pela comunicação social na última dúzia de anos a dúvida nasce:

  • Um ministro de Cavaco sai e leva consigo uma camioneta de mudanças cheia de dossiers;
  • Na transição de Cavaco para Guterres em vários ministérios, secretarias de estado, direcções gerais e gabinetes desapareceram dossiers e foram encontrados dezenas de PCs com o disco formatado;
  • Mais próximo de nós um ministro tira mais de 60 mil fotocópias, o equivalente a mais de 200 dossiers (a propósito como saíram do ministério?);
  • Outro responsável governamental assina dezenas (centenas?) de despachos numa noite;
  • Etc., etc., etc..

                                    

E os seus substitutos o que é que fizeram? Apuraram responsabilidades? Não deram por nada? Assobiaram para o lado? Onde anda o conceito de «sentido de estado»?

                

Pablo Neruda (Algo De Mi Vida) 8: Las aves del Caribe (Canción de gesta)

    Pablo Neruda
                                                        
Las aves del Caribe
                                                

En esta breve ráfaga sin hombres
a celebrar los pájaros convido,
el vencejo, veloz vela del viento,
la deslumbrante luz del tucusito,
el limpiacasa que bifurca el cielo,
para el garrapatero más sombrío
hasta que la sustancia del crepúsculo
teje el color del aguaitacaminos.
Oh, aves, piedras preciosas del Caribe,
quetzal, rayo nupcial del Paraíso,
pedrerías del aire en el follaje,
pájaros del relámpago amarillo
amasados con gotas de turquesa
y fuegos de desnudos cataclismos:
venid a mi pequeño canto humano,
turpial del agua, perdigón sencillo,
paraulatas de estilo milagroso,
chocorocay en tierra establecido,
mínimos saltarines de oro y aire,
tintora ultravioleta y cola de hilo,
gallo de rocas, pájaro paraguas,
compañeros, misteriosos amigos,
¿cómo la pluma superó a la flor?
Máscara de oro, carpintero invicto,
qué puedo hacer para cantar en medio
de Venezuela, junto a vuestros nidos,
fulgores del semáforo celeste,
martines pescadores del rocío,
si del Extremo Sur la voz opaca
tengo, y la voz de un corazón sombrío,
y no soy en la arena del Caribe
sino una piedra que llegó del frío?
¿Qué voy a hacer para cantar el canto,
el plumaje, la luz, el poderío
de lo que vi volando sin creerlo
o escuché sin creer haberlo oído?
Porque las garzas rojas me cruzaron:
iban volando como un rojo río
y contra el resplandor venezolano
del sol azul ardiendo en el zafiro
surgió como un eclipse la hermosura:
volaron estas aves desde el rito.
Si no viste el carmín del corocoro
volar en un enjambre suspendido
cuando corta la luz como guadaña
y todo el cielo vuela sacudido
y pasan los plumajes escarlata
y dejan un relámpago encendido,
si tú no viste el aire del Caribe
manando sangre sin que fuera herido,
no sabes la belleza de este mundo,
desconoces el mundo en que has vivido.
Y por eso es que cuento y es que canto
y por todos los hombres veo y vivo:
es mi deber contar lo que no sabes
y lo que sabes cantaré contigo:
tus ojos acompañan mis palabras
y se abren mis palabras en el trigo
y vuelan con las alas del Caribe
o se pelean con tus enemigos.
Tengo tantos deberes, compañero,
que me voy a otro tema y me despido.

                                                                      
 
Pablo Neruda
                                 

Vasco de Magalhães-Vilhena - Um inédito sobre ideologia

    O escrito que a seguir se publica pertence a um mais vasto conjunto de inéditos do autor. Numa tira de papel anexa ao original francês lêem-se, na mesma língua e redigidas pela sua mão, as seguintes palavras: «V.M.-V. Intervenção no Colóquio do Instituto Maurice Thorez, em Paris

Não há título nem data no documento. Duas alusões que nele são feitas ao historiador Emile Bréhier permitem supor que o colóquio se terá realizado em 1965 ou muito perto desse ano. Tal como chegou até nós, o manuscrito está passado a limpo pela mão de Hélène, companheira e colaboradora do autor. Algumas lacunas ou dificuldades de leitura estão assinaladas por parênteses rectos na versão portuguesa, da minha responsabilidade. Julguei útil, por outro lado,  acrescentar  ao texto as notas que se lhe seguem.
 

Ao leitor atento não passarão despercebidas as circunstâncias de tempo e de lugar em que se enquadra esta intervenção oral, quando o Partido Comunista Francês era uma poderosa força popular e o socialismo mundial parecia inexpugnável até aos seus piores adversários. O leitor talvez descubra neste inédito formulações apenas esboçadas, como que embrionárias, mas do maior interesse teórico e político. Alguns desenvolvimentos, de resto, encontram-se no conjunto a que este documento inédito  pertence.

Lembremos que, de Magalhães-Vilhena e sobre ele, publicou «O Militante» contributos nos seus n.ºs 211 (Julho/Agosto de 1994) e 212 (Setembro/Outubro do mesmo ano). Também o «Avante!» de 27-2-2003 dedicou a sua secção Em Foco ao «estudioso de Marx e de Lénine dez anos após o seu falecimento».

Para um conjunto de trabalhos do autor sobre o mundo antigo, veja-se o volume recente: Vasco de Magalhães-Vilhena, Estudos inéditos de filosofia antiga, edição crítica, tradução e prefácio de Hernâni Resende, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 2005, LVIII + 390 pp.

(sublinhados meus)

                     

Eduardo Chitas
                              
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