Utopia [do capitalismo] porque, por um lado, o capitalismo, pela sua própria natureza, está roído por contradições e problemas que não consegue ultrapassar. Porque, por outro lado, existem forças que se opõem, que resistem e que, reforçando-se, podem impedir que o imperialismo alcance tal objectivo.
São elas:
a) Os países que, com os comunistas no poder, insistem no objectivo de construir uma sociedade socialista, embora por caminhos muito diferenciados. b) O movimento operário, nomeadamente o movimento sindical. c) Os partidos comunistas e outros partidos revolucionários, lutando com confiança e coragem.
d) A resistência potencial de países capitalistas actualmente dominados e explorados pelo imperialismo, com perda efectiva da sua independência nacional. e) Novos movimentos nacional-libertadores.
f) Movimentos em defesa do meio ambiente, contra o poder e as decisões dos países mais ricos e directamente contra a “globalização”.
Estas são as forças fundamentais para impedir o domínio do imperialismo em todo o mundo. Mas não basta a consciência disso. É indispensável uma actuação correspondente. É necessário reforçá-las e lutar para que coincidam e convirjam.
Tal é o único caminho para travar, dificultar, impedir o avanço da ofensiva do imperialismo e para criar condições que acabem por derrotá-la e por determinar uma viragem na situação internacional.
- precisaria de 51 anos para atingir o nível de escolaridade da OCDE e da UE - antes eram "só" 29 anos - nos últimos seis anos foram destruídos 109 mil empregos de escolaridade baixa - programa "Novas Oportunidades" é para branquear estatísticas do ensino
«O sistema de ensino em Portugal não tem correspondido às necessidades de desenvolvimento do País. A prová-lo está o baixo nível de escolaridade da população empregada (em 2007, ainda 72,5% da população tinha o ensino básico ou menos, quando a média na UE era apenas 29,2%), o elevado abandono escolar (em 2007, 36,2% em Portugal e apenas 15,2% na UE), a reduzida percentagem da população com idade entre os 25 e 64 anos, com, pelo menos, o ensino secundário (em 2007, 27,5% em Portugal , e 70,8% na UE). É evidente que um país com uma população com tão baixo nível de escolaridade em pleno séc. XXI é incapaz de ter um desenvolvimento elevado e sustentado.
Entre 2000 e 2004, portanto nos quatro anos anteriores a Sócrates, a população empregada com o ensino básico ou menos diminuiu em Portugal em 200,4 mil, ou seja, à média de 50,1 mil por ano; e a população com o ensino secundário aumentou em 98,4 mil (24,6 mil por ano) e a com o ensino superior cresceu em 204 mil (51 mil por ano). No período 2004-2008, ou seja, nos quatro anos de governo de Sócrates, a população empregada com o ensino básico ou menos, diminuiu apenas em 119,2 mil (29,8 mil por ano), a com ensino secundário aumentou em 93,9 mil (23,5 mil por ano), e a com ensino superior cresceu em 100,3 mil (25,1 mil por ano). Isto significa que Portugal para atingir um nível de escolaridade semelhante ao que tinham os países da OCDE e da UE em 2006, ou seja, a população com um nível de escolaridade igual ou inferior ao básico completo representar apenas 31%, precisaria de 29 anos ao ritmo anterior à entrada em funções do governo de Sócrates, e de 51 anos ao ritmo de diminuição da população com o ensino básico ou menos verificada durante os quatro anos de governo de Sócrates. É claro o retrocesso com Sócrates.»
O que o interesse nacional exige é a convergência das forças sociais e políticas visando interromper esta caminhada para o abismo, mudando de rumo no sentido que o projecto Constitucional consagra e perspectiva!
O Sr. Adolfo Coelho dissera no Casino, ao que parece - que a ciência no seu domínio era independente da fé.
Pois bem! um correspondente eclesiástico da Nação exclama, voltando-se mentalmente para o Sr. Adolfo Coelho: «Como ousa o sábio dizer que a ciência é alguma coisa sem a fé? Não, vaidoso! a ciência não pode dar um passo, um único, sem ser auxiliada pela fé!»
Queremos que esta seja a verdade; mas pensemos então como a vida deve ser cruel e molesta para aquele eclesiástico e para toda a redacção da Nação. Imaginemos um destes homens piedosos, à noite, de chambre, à luz do candeeiro, tomando o rol à criada. Já examinou as parcelas, está a fazer a soma. A cena é solene. Uma luz mística banha as prateleiras. O gato ressona.
— 3 e 7, calcula o clérigo suando.
E imediatamente pára. A ciência bem lhe diz que são 10, mas a ciência não é nada sem o auxilio da fé - e o homem do Senhor corre a consultar Santo Agostinho. Nada porém ensina sobre essa matéria o sublime Doutor. O eclesiástico arregala para a criada um olho pávido:
— Depressa, filha, baixa-me daí a summa de S. Tomás!
E folheia...
E para a casa das dezenas interroga Santo Atanásio, e para a das centenas os Evangelhos comparados!...
Já é de madrugada: a criada dormita; a alvura esbatida do dia faz grandes fios pálidos nas vidraças; as andorinhas gritam na sua glória e na sua alegria; os rebanhos balam; as árvores espreguiçam-se nos braços do vento; Deus, o bom Deus, o Deus Justo, vive na infinita transparência da luz - e o pobre eclesiástico, pálido, sonolento, aturdido, enterrado em in-fólios, folheia o Dicionário de Bergier, Bossuet, Noailles, os concílios de Trento e de Florença, Orígenes, Lactâncio, João Clímaco, Fleury, a Cartilha, o Larraga - para saber se pelas leis da Igreja lhe é permitido afirmar que «11 noves fora, é 2!»
E erra a soma!
(...)
Nação, Nação, boa amiga! não nos queiras mal. Tu és velha, tu és fabulosamente velha, tu és de além da campa! Mas tens o carácter firme. E no meio da leviandade movediça destes partidos liberais - tu tens uma vantagem. Lançaste a âncora no meio do oceano e ficaste parada. Estás apodrecida, cheia de algas, de conchas, de crostas de peixes, mas não andaste no ludíbrio de todas as ondas e na camaradagem de todas as espumas! Tu eras excelente - se fosses viva. Mas és um jornal sombra. És tão viva como Eneias. Tão contemporânea como Telémaco.
Volta, Nação, para ao pé das tuas sombras queridas! E apresenta as nossas saudações carinhosas ao Sr. D. Afonso II, o Gordo!
Mas a ofensiva não é imparável e irreversível. E com aquelas noções, espalhadas pela propaganda, o imperialismo procura afinal enganar-se a si próprio. Ou seja: o seu objectivo declarado, de louca ambição, constitui a actual utopia do capitalismo.
Has peace in the Middle East become nothing more than a pipe dream? As Bob Simon reports, a growing number of Israelis and Palestinians feel that a two-state solution is no longer possible.
It's known as the "two-state" solution. But, while negotiations have been going on for 15 years, hundreds of thousands of Jewish settlers have moved in to occupy the West Bank. Palestinians say they can't have a state with Israeli settlers all over it, which the settlers say is precisely the idea.
Daniella Weiss moved from Israel to the West Bank 33 years ago. She has been the mayor of a large settlement.
"I think that settlements prevent the establishment of a Palestinian state in the land of Israel. This is the goal. And this is the reality," Weiss told 60 Minutes correspondent Bob Simon.
Though settlers and Palestinians don't agree on anything, most do agree now that a peace deal has been overtaken by events.
"While my heart still wants to believe that the two-state solution is possible, my brain keeps telling me the opposite because of what I see in terms of the building of settlements. So, these settlers are destroying the potential peace for both people that would have been created if we had a two-state solution," Dr. Mustafa Barghouti, once a former candidate for Palestinian president, told Simon.