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O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

A política de (des)educação deste (des)governo

    Passados três anos das eleições legislativas, os efeitos decorrentes da política do governo PS estão à vista de todos Só um cego não os não vê. O País está mais desigual, mais injusto, mais dependente e menos democrático.

Exemplo disso é o que se passa na área da educação. O governo de José Sócrates e Maria de Lurdes Rodrigues prossegue a sua estratégia de ataque à Escola Pública e desresponsabilização do Estado. O objectivo é a privatização e a elitização do ensino. Dando assim um novo fôlego ao processo de reconfiguração do nosso sistema educativo. O resultado será a amputação do objectivo da formação integral do indivíduo. Base essencial para a participação na vida económica, social e política.

São exemplos desta estratégia a aplicação pelo governo de legislação – em confronto com a Lei de Bases e a Constituição da República – sobre a gestão das escolas do ensino pré-escolar, básico e secundário. Assim como a transferência da responsabilidade da gestão do ensino básico para os municípios e o processo de avaliação dos educadores e professores. Sublinhe-se que esta actuação é o principal factor de instabilidade nas escolas.

Situação de instabilidade que se estende ao Ensino Superior Público. As instituições são empurradas para a assinatura de contratos de saneamento financeiro. Procedimento que, inevitavelmente, as levarão ao encerramento de cursos, a despedimentos, ao aumento de propinas e à desqualificação das formações. Estas são as consequências já visíveis do sub financiamento, da integração no «processo de Bolonha» ou do novo Regime Jurídico. E que, em última análise, visam a privatização e elitização do ensino superior.

A táctica bacoca e rasca do governo de José Sócrates para atingir os seus objectivos estratégicos consistiu (e consiste) em atirar uma parte da população (neste caso os pais), contra outra (neste caso os professores). Diga-se que esquecendo o mais elementar. A maioria (esmagadora?) dos professores tem filhos (ou netos) em idade escolar… 

A reacção dos principais visados não se fez esperar. E desde a primeira hora. Arrostando com algumas incompreensões, é certo, os professores têm vindo a conquistar a classe, os pais, os alunos, o país, para a justeza das suas posições.

De tal forma que o Primeiro-ministro já percebeu duas coisas. Por um lado, a contestação às políticas do ME e do Governo não é uma invenção das organizações sindicais. Por outro, quanto à situação que se vive actualmente no ensino, não há diferenças entre o que pensam e dizem os professores e o que pensam e dizem os dirigentes dos Sindicatos. Longe vão os tempos (5 de Outubro de 2006) em que José Sócrates afirmava, duma forma acintosa e provocatória, precisamente o contrário.

A realidade, essa «chata», é que o país está ao rubro em torno dos temas da educação. Por isso, e não por outra qualquer razão, os dois maiores partidos (PS e PSD) começam a dar sinais de desorientação. E a falar a várias vozes, mesmo nos círculos das suas direcções. Mas isso fica para outra «conversa da treta».

                                    

In "Jornal do Centro" - Edição de 7 de Março de 2008

                                                                   

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