Grande parte dos esgotos do concelho de Penalva do Castelo está a ser lançada, sem tratamento, no rio Dão que alimenta a Barragem de Fagilde, que abastece quatro concelhos (Mangualde, Nelas, Penalva do Castelo e Viseu) de água potável. Um problema que já se arrasta há vários meses.
Há mais de três meses que a Estação de Tratamento de Águas Residuais de Gôje deixou de funcionar e desde então os esgotos correm livremente para o rio Dão, mas no concelho de Penalva do Castelo há outros focos de poluição, como todos sabemos.
Face a esta realidade qual a atitude da maioria PPD/PSD e CDS/PP no Executivo da Câmara?
Foge à comunicação social!
Publica um comunicado que não corresponde minimamente à verdade (para não dizer outra coisa...), já que as trovoadas evocadas aconteceram na última semana e a situação dura há meses!!!
Proíbe (!!!), ou manda proibir, a recolha de imagens na ETAR, o que além do mais é ridículo porque impossível de levar à prática.
Procura esconder a realidade com a colocação, ontem, dia 1, de uma rede verde espessa toda à volta da ETAR.
Conclusão: para a maioria do executivo o importante é a imagem e não a saúde pública.
Já sabíamos, mas ficamos, mais uma vez, esclarecidos...
Avante!: Na Venezuela está um curso um processo revolucionário com características próprias. No contexto da crise capitalista, tem-se dito que o crescimento do país abrandou, que as transformações político-económicas fazem abrandar a economia e prejudicam as respostas às consequências da crise. Mas o governo venezuelano contraria esta interpretação e apresenta resultados positivos, por exemplo, no combate à pobreza e à exclusão social, e na redistribuirão de riqueza. Que outros dados nos podes fornecer?
Carolus Wimmer: É natural que a crise do capitalismo também afecte a América Latina. Mas é devido ao processo bolivariano, que começou há 11 anos e procura tornar-nos mais soberanos face às grandes potências capitalistas, que o impacto da crise internacional não tenha o mesmo efeito na Venezuela que em outros países.
Antes do processo revolucionário, vivíamos em dependência económica, científica e comercial quase completa face aos EUA. Em pouco tempo, redireccionámos a nossa política externa para a integração latino-americana, isto é, orientámo-nos para a diversificação das relações com o objectivo de consolidar uma política económica e comercial multipolar.
Esta multipolaridade implicou o estabelecimento de relações com nações de outros continentes, como a China, a Rússia, a Índia, ou países da Europa e de África, diversificação de laços que atenuou o impacto da crise, o qual seria seguramente bem maior caso mantivéssemos a dependência face aos EUA.
Evidentemente que também tivemos que aplicar as chamadas medidas de austeridade, mas estas recaíram na sua esmagadora maioria sobre o aparelho burocrático. Todos os ministérios tiveram que cortar nos gastos desnecessários, nas despesas de representação, nos luxos e nas festas.
No essencial, o PCV apoia estas medidas uma vez que o garrote na despesa do Estado fica por aqui. Desde logo ficou claro que não se mexia em nada que dissesse respeito à despesa com a política social. Por isso, ao contrário da maioria dos países capitalistas avançados, este ano os salários aumentaram na Venezuela, bem como as pensões e reformas. Aumentámos o investimento na educação, na saúde, na cultura e no desporto Recentemente fomos ainda mais longe e acabámos com as restrições nas pensões de viuvez. Agora, os cônjuges sobrevivos recebem 100 por cento da pensão contra os cerca de 60 por cento a que tinham direito antes.
Não sendo objectivo deste texto a crítica ao conteúdo da publicação – e tantas que haveria a fazer – cabe-nos o direito e o dever de informar que tal ataque à CGTP-IN, envolvendo uma diatribe contra o PCP e o movimento comunista, assenta, desde logo, numa mentira e numa falsificação de documentos. A «reunião» referida é nem mais nem menos do que o Encontro Internacional de Partidos Comunistas e Operários – que aprovou três documentos – que podem ser consultados desde 2006 no sítio do PCP na Internet e que não referem esta questão.
A «Resolução» que Florival Lança publica é um texto posto a circular por um partido participante do Encontro, como o foram outros dez versando os mais variados assuntos, que, como é prática, são subscritos pelos partidos que o entenderem e que não responsabilizam o Encontro e os seus participantes, mas apenas e exclusivamente os partidos que os subscrevem. No caso, esse documento foi subscrito por apenas 18 dos 63 partidos presentes. O PCP não subscreveu. Mas mesmo esse documento, contrariamente ao que é afirmado por Florival Lança, não é secreto, está publicado, juntamente com a lista dos seus subscritores, desde 2006 no sítio Internet www.solidnet.org na secção Solidarity statements.