O programa deste Governo, como «bom aluno» que é, leva à prática as medidas de sujeição acordadas pelo PSD, CDS-PP e PS com o FMI e a União Europeia. Com essas políticas o País será inevitavelmente conduzido à ruína económica e à miséria social.
Qual o seu conteúdo intrínseco (medidas concretas) escondido sob o manto de belas palavras?
Mais exploração para quem trabalha. Menos rendimentos para trabalhadores e reformados. Aumento dos preços dos bens e serviços essenciais. Mais lucros e privilégios para a Banca e grupos económicos. Roubo do subsídio de Natal.
Mais privatizações e encerramento de serviços públicos. No distrito de Viseu vamos assistir a mais encerramentos de escolas, serviços de saúde, tribunais, instalações da GNR.
O desemprego vai aumentar. Sublinhe-se que o número actual de desempregados ultrapassa todos os registos históricos desde o 25 de Abril de 1974. Com o aumento do desemprego, a pobreza, a miséria e a fome alastram em Portugal. Mas os apoios sociais aos mais desfavorecidos continuam a ser reduzidos.
As desigualdades vão-se agravar ainda mais. O fosso entre pobres e ricos em Portugal é o maior da União Europeia. Os 100 portugueses mais ricos aumentaram a sua fortuna cerca de 33 por cento em 2010. Enquanto grande parte dos trabalhadores viu os seus salários congelados ou com actualizações mínimas.
Este Governo PSD/CDS-PP diz não à aplicação do efectivo pagamento de impostos da banca, da especulação na bolsa e das transferências para os paraísos fiscais dada «a delicadeza (!!!) do sector financeiro». Mas não hesita em ser o carrasco da vida de tantas famílias que têm no subsídio de Natal a última possibilidade de responderem a necessidades extremas.
E o que afirmam os mandantes, os tais que, dizem eles «ajudam» financeiramente Portugal?
«Até hoje, só houve ganhos para os alemães, porque recebemos da Irlanda e de Portugal juros acima dos refinanciamentos que fizemos, e a diferença reverte a favor do orçamento alemão”», declarou Klaus Regling, presidente do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF). E acrescentou que «é o prémio pelas garantias que a Alemanha dá. Só que os contribuintes alemães não acreditam». Mais claro não podia ser!
O País precisa de outro caminho. Como declaram e demonstram os comunistas é possível sair da crise. O que exige uma ruptura com os interesses dos mais ricos e poderosos. O que exige uma política patriótica e de esquerda que faça frente às injustiças e ao declínio nacional.
Especialista em Sistemas de Comunicação e Informação
Um aumento médio de 15%, significa que vão haver aumentos superiores a este valor e que são feitos com uma justificação falsa e insidiosa que pretende enganar os utentes acerca da verdadeira razão destes aumentos.
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Os sucessivos governos, há cerca de 30 anos, têm passado responsabilidades suas para as empresas públicas que se viram obrigadas a endividarem-se para fazerem investimentos em infra-estruturas, para compra de material circulante que está a ser utilizado pelas empresas privadas e para poderem garantir preços sociais de tarifas, o que criou uma situação de endividamento com custos enormes para essas empresas, que têm obrigações anuais relativas ao custo da dívida superiores aos valores reais dos défices. No geral as empresas públicas pagam mais de juros todos os anos valores muito superiores ao que pagam de salários
A razão principal destes aumentos é a criação de condições atractivas para uma futura privatização das empresas públicas de transportes, a quem depois o Estado continuará a pagar as indemnizações compensatórias que hoje são negadas, no sentido de aumentarem os lucros dos grupos que se vierem apoderar deste importante sector de actividades e essencial ao desenvolvimento integrado do País. Relembramos o que se passou em 2010 com a FERTAGUS, que apresentou 4,1 milhões de lucros, mas que recebeu 9,7 milhões do Orçamento do Estado, isto apesar de praticar tarifas mais elevadas que a empresa pública.
Há uns 20 anos tivemos um político alemão de visita a Portugal. Interrogado sobre o que pensava dos contributos da Alemanha a fundo perdido para a construção de novos IPs e autoestradas a sua resposta foi clara. Por cada escudo que «damos» para as estradas em Portugal recebemos de volta dois, quanto mais não seja porque as nossas exportações chegam ao vosso país mais rapidamente.
Agora é Klaus Regling, presidente do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF), que afirma preto no branco:
«Até hoje, só houve ganhos para os alemães, porque recebemos da Irlanda e de Portugal juros acima dos refinanciamentos que fizemos, e a diferença reverte a favor do orçamento alemão» (...) «é o prémio pelas garantias que a Alemanha dá só que os contribuintes alemães não acreditam».
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Claro, clarinho, para não haver dúvidas! Gosto destes alemães, palavra que gosto...