O governo de sociais-democratas (PASOK) e liberais (ND) prosseguirá com a criação de campos de concentração para imigrantes, utilizando financiamento da União Europeia (UE). Estes campos funcionarão com o objectivo de deportar pessoas desamparadas, as quais em resultado de guerras e intervenções imperialistas e da barbárie capitalista nos seus países procuram um melhor destino nos países da UE.
É característico que eles terão cercas de arame farpado triplas com três metros de altura, de acordo com os padrões da NATO. A guarda externa será executada por equipes de polícias armados e a interna por pessoal de segurança privada. Isto será apoiado por ferramentas técnicas de vigilância (CCTV, televisão em circuito fechado).
Por este meio a coligação governamental dos dois maiores partidos burgueses afirma que por um lado resolverá a questão dos imigrantes ilegais e por outro criará empregos, supostamente combatendo o desemprego.
A declaração do Gabinete de Imprensa do CC do KKE diz o seguinte:
«No discurso de encerramento do Congresso do PSD, realizado no fim de semana de 24-25 de Março, um dos pontos mais matraqueados por Passos Coelho, foi que o seu governo estava a conseguir equilibrar as contas externas do País, e que isso determinaria que Portugal já não seteria de endividar mais ao estrangeiro, tendo apenas de pagar a divida existente. E isso, segundoo 1º ministro, era a condição indispensável para que o país pudesse iniciar uma fase decrescimento económico sustentado. No entanto, por ignorância ou com a intenção de enganar osportugueses, Passos Coelho “esqueceu-se” de explicar como está a ser conseguida a redução dodéfice da Balança Corrente, que inclui o de outras balanças com o exterior (importações eexportações, créditos e débitos), e quais as consequências futuras para o desenvolvimento dopaís da forma como essa redução conjuntural do défice externo está a ser realizada. Por issointeressa analisar com objectividade esta questão e, para isso, vamos utilizar os últimos dadosdados oficiais divulgados pelo Banco de Portugal e pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).»
O Congresso Internacional Marx em Maio, perspectivas para o séc.XXI, organizado pelo Grupo de Estudos Marxistas, terá lugar na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa nos próximos dias 3, 4 e 5 de Maio de 2012. Congresso multidisciplinar, incluindo participantes das áreas da filosofia, da história e da economia, mas também das ciências naturais, das artes plásticas, da política e do mundo sindical, o seu fio condutor será a actualidade e fertilidade do pensamento marxista enquanto instrumento fundamental de análise crítica. Num contexto de crise generalizada, pautada pela desconsideração do papel da racionalidade, da teoria e da cultura como elementos fundamentais de transformação, individual e colectiva, o Congresso Marx em Maio procurará contribuir para o aprofundamento de problemáticas centrais dos nossos dias e para o estímulo de um pensamento científico guiado por uma racionalidade crítica e dialéctica.
«Em Portugal, como consequência quer do investimento realizado no exterior quer do investimento estrangeiro em Portugal, está-se a verificar uma profunda descapitalização do país. E contrariamente à ideia que o governo PSD/CDS e os defensores do pensamento económico neoliberal dominante nos media pretendem fazer crer à opinião pública, o investimento tanto no exterior de portugueses como no pais de estrangeiros não é, na sua esmagadora maioria, investimento directo produtivo, que cria riqueza e emprego, mas sim visando obter juros, mais-valias, etc., ou seja, lucros fáceis e rápidos. lucros
O investimento total no estrangeiro de portugueses ou de entidades com residência em Portugal atingiu, em 31/12/2011, 291.629,3 milhões €. Apenas uma parcela pequena destes activos no exterior (entre 15,4% e 18% do total) são investimento directo, ou seja, foram aplicados directamente em empresas, para criar capacidade produtiva e emprego. Uma parte muito importante (39,6%) são os chamados "investimentos de carteira", ou seja, realizado em acções e obrigações de curta e média duração visando a obtenção de ganhos financeiros rápidos. O mesmo sucede com os "Outros investimentos no exterior", que representavam 42,3% dos activos no exterior em 2011.»