Esta era a realidade, na primeira semana de Junho, no terreno camarário situado na recta da Sereia, nas traseiras da casa do senhor João Dimas (fotógrafo). Terreno esse eternamente reservado para Parque Industrial.
A «fossa» tinha, quando foi feita, como medida de comparação, o equivalente a duas retroescavadoras da câmara, lado a lado, de largura. As mesmas duas retroescavadoras, uma em cima da outra, de altura. E as mesma duas retroescavadoras, uma atrás da outra, de comprimento.
Nesta «fossa» estavam (estão?) a ser periodicamente despejadas lamas pelo veículo da cãmara que procede à limpeza de fossas.
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Estamos, pois, perante mais um crime ambiental cometido conscientemente pelo executivo da Câmara Municipal de Penalva do Castelo.
A política de saúde do actual governo caracteriza-se por um conjunto de opções programáticas e não conjunturais. Por outras palavras: mesmo sem o pretexto da crise e o Pacto de Agressão, as opções do governo seriam do mesmo tipo. Quando muito apenas os sectores e prazos poderiam ser diferentes. Os objectivos do governo PSD/CDS são claros: por um lado, privatizar o essencial da prestação de cuidados de saúde, o que dá lucro. Por outro, reduzir o papel do Estado à promoção e ao financiamento, o que dá prejuízo.
Se dúvidas pudessem existir sobre este objectivo, basta recordarmos o aumento dos custos para os utentes, o encerramento de cuidados de proximidade, a desorganização que se vive em muitas instituições públicas de saúde. E os resultados pretendidos pelo governo aí estão: no final do primeiro trimestre do ano, foi anunciado um crescimento de 15% nas idas às urgências nos hospitais privados. No mesmo período houve uma redução de 300.000 idas às urgências nos hospitais e Cuidados de Saúde Primários.
A campanha desencadeada na comunicação social de que era possível, em saúde, fazer mais e melhor com muito menos dinheiro, revelou-se um completo embuste. O governo sabia, e sabe, que esta é uma tese há muito experimentada noutros países com resultados catastróficos para as populações.
O governo de Passos Coelho e Paulo Portas sabe que desde o início do ano centenas de milhares de portugueses deixaram de recorrer aos cuidados de saúde. Porque deixou de ser necessário? Não! Tal facto deve-se a uma política que nega o direito ao acompanhamento médico, que elimina ou reduz a dimensão preventiva e o acesso ao diagnóstico, que coloca em risco de vida e à falta de qualidade de vida de muitos doentes devido às restrições que estão a ser impostas ao Serviço Nacional de Saúde. Deve-se ao aumento brutal das taxas moderadoras, ao retirar de apoios ao transporte de doentes não urgentes, ao encerramento serviços e valências hospitalares, ao racionar a utilização dos meios fundamentais ao tratamento dos doentes.
Um exemplo muito pessoal. No último fim-de-semana de Junho fui atingido por uma infecção bacteriana. Sábado desloquei-me ao Centro de Saúde do meu concelho, Penalva do Castelo. Estava aberto o que nem sempre acontece. Foi de imediato feito o diagnóstico, o primeiro tratamento, fui medicado. Caso estivesse encerrado teria ido ao Hospital de Viseu (30km). Em alternativa esperaria por segunda-feira. Em qualquer dos casos o resultado provável seria um internamento hospitalar devido ao agravamento da infecção. Estou certo que situações como esta se repetem aos milhares por esse país fora. E demonstram bem a importância de cuidados de saúde de proximidade.
Especialista em Sistemas de Comunicação e Informação
O Comité Olímpico de Portugal (COP) anunciou esta quinta-feira que a judoca do Benfica, Telma Monteiro, será a porta-estandarte da Missão Olímpica.
Em comunicado, o COP explica as razões pelas quais Telma Monteiro foi eleita. «A escolha procurou obedecer ao mesmo critério que tem sido aplicado nas últimas edições dos Jogos Olímpicos, premiando, sobretudo, o currículo desportivo dos atletas. O actual segundo lugar do Ranking Mundial e título de Campeã da Europa que ostenta foram extremamente importantes nesta escolha, bem como o facto de ser uma cidadã exemplar e responsável, vista, muito justamente, como uma referência para milhões de portugueses», refere a fonte.
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Parabéns à Telma Monteiro e ao seu clube, o SL Benfica
«O governo e a entidade reguladora (ERSE) aprovaram um aumento de 6,9% no preço do gás em 2012, quando a parcela do preço do gás pago pelas famílias em Portugal que reverte para as empresas, ou seja, o preço sem impostos, já era, no fim de 2011, superior aos preços médios dos países da UE27 entre 11,4% e 28,8%, o que mostra bem a submissão do governo e da "troika" ao poder económico.
Como está a ficar claro para muitos portugueses, mesmo para aqueles que antes defendiam a vinda da troika e, consequentemente, as medidas deste governo, como Miguel Sousa Tavares ou muitos dos economistas que têm por hábito aconchegarem-se ao poder e defender como inevitáveis e necessárias as suas decisões, a politica de austeridade violenta e recessiva não está a criar condições que permitam a recuperação da economia como afirma o governo e a troika – pelo contrário, está a destruir a economia e a sociedade portuguesa como sempre dissemos.»