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O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

Mário Soares, Angola e o tráfico de diamantes

Desenho de Fernando Campos (o sítio dos desenhos)

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Mário Soares visto pelo jornalista António Marinho (ex-Bastonário da Ordem dos Advogados, António Marinho e Pinto), no «Diário do Centro» de 15 de Março de 2000.

 

MÁRIO SOARES E ANGOLA

 

   A polémica em torno das acusações das autoridades angolanas segundo as quais Mário Soares e seu filho João Soares seriam dos principais beneficiários do tráfico de diamantes e de marfim levados a cabo pela UNITA de Jonas Savimbi, tem sido conduzida na base de mistificações grosseiras sobre o comportamento daquelas figuras políticas nos últimos anos.

Espanta desde logo a intervenção pública da generalidade das figuras políticas do país, que vão desde o Presidente da República até ao deputado do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, passando pelo PP de Paulo Portas e Basílio Horta, pelo PSD de Durão Barroso e por toda a sorte de fazedores de opinião, jornalistas (ligados ou não à Fundação Mário Soares), pensadores profissionais, autarcas, «comendadores» e comentadores de serviço, etc.

Tudo como se Mário Soares fosse uma virgem perdida no meio de um imenso bordel.

Sei que Mário Soares não é nenhuma virgem e que o país (apesar de tudo) não é nenhum bordel. Sei também que não gosto mesmo nada de Mário Soares e do filho João Soares, os quais se têm vindo a comportar politicamente como uma espécie de versão portuguesa da antiga dupla haitiana «Papa Doc» e «Baby Doc».

Vejamos então por que é que eu não gosto dele(s).

A primeira ideia que se agiganta sobre Mário Soares é que é um homem que não tem princípios mas sim fins.

É-lhe atribuída a célebre frase: «Em política, feio, feio, é perder».

São conhecidos também os seus zigue-zagues políticos desde antes do 25 de Abril. Tentou negociar com Marcelo Caetano uma legalização do seu (e de seus amigos) agrupamento político, num gesto que mais não significava do que uma imensa traição a toda a oposição, mormente àquela que mais se empenhava na luta contra o fascismo.

JÁ DEPOIS DO 25 DE ABRIL, ASSUMIU-SE COMO O HOMEM DOS AMERICANOS E DA CIA EM PORTUGAL E NA PRÓPRIA INTERNACIONAL SOCIALISTA. Dos mesmos americanos que acabavam de conceber, financiar e executar o golpe contra Salvador Allende no Chile e que colocara no poder Augusto Pinochet.

Mário Soares combateu o comunismo e os comunistas portugueses como nenhuma outra pessoa o fizera durante a revolução e FOI AMIGO DE NICOLAU CEAUCESCU, FIGURA QUE CHEGOU A APRESENTAR COMO MODELO A SER SEGUIDO PELOS COMUNISTAS PORTUGUESES.

Durante a revolução portuguesa andou a gritar nas ruas do país a palavra de ordem «Partido Socialista, Partido Marxista», mas mal se apanhou no poder meteu o socialismo na gaveta e nunca mais o tirou de lá. Os seus governos notabilizaram-se por três coisas: políticas abertamente de direita, a facilidade com que certos empresários ganhavam dinheiro e essa inovação da austeridade soarista (versão bloco central) que foram os salários em atraso.

 

INSULTO A UM JUIZ

 

   Em Coimbra, onde veio uma vez como primeiro-ministro, foi confrontado com uma manifestação de trabalhadores com salários em atraso. Soares não gostou do que ouviu (chamaram-lhe o que Soares tem chamado aos governantes angolanos) e alguns trabalhadores foram presos por polícias zelosos. Mas, como não apresentou queixa (o tipo de crime em causa exigia a apresentação de queixa), o juiz não teve outro remédio senão libertar os detidos no próprio dia. Soares não gostou e insultou publicamente esse magistrado, o qual ainda apresentou queixa ao Conselho Superior da Magistratura contra Mário Soares, mas sua excelência não foi incomodado.

Na sequência, foi modificado o Código Penal, o que constituiu a primeira alteração de que foi alvo por exigência dos interesses pessoais de figuras políticas.

Soares é arrogante, pesporrento e malcriado. É conhecidíssima a frase que dirigiu, perante as câmaras de TV, a um agente da GNR em serviço que cumpria a missão de lhe fazer escolta enquanto presidente da República durante a Presidência aberta em Lisboa: «Ó Sr. Guarda! Desapareça!». Nunca, em Portugal, um agente da autoridade terá sido tão humilhado publicamente por um responsável político, como aquele pobre soldado da GNR.

Em minha opinião, Mário Soares nunca foi um verdadeiro democrata. Ou melhor é muito democrata se for ele a mandar. Quando não, acaba-se imediatamente a democracia. À sua volta não tem amigos, e ele sabe-o; tem pessoas que não pensam pela própria cabeça e que apenas fazem o que ele manda e quando ele manda. Só é amigo de quem lhe obedece. Quem ousar ter ideias próprias é triturado sem quaisquer contemplações.

Algumas das suas mais sólidas e antigas amizades ficaram pelo caminho quando ousaram pôr em causa os seus interesses ou ambições pessoais.

Soares é um homem de ódios pessoais sem limites, os quais sempre colocou acima dos interesses políticos do partido e do próprio país.

Em 1980, não hesitou em APOIAR OBJECTIVAMENTE O GENERAL SOARES CARNEIRO CONTRA EANES, NÃO POR RAZÕES POLÍTICAS MAS DEVIDO AO ÓDIO PESSOAL QUE NUTRIA PELO GENERAL RAMALHO EANES. E como o PS não alinhou nessa aventura que iria entregar a presidência da República a um general do antigo regime, Soares, em vez de acatar a decisão maioritária do seu partido, optou por demitir-se e passou a intrigar, a conspirar e a manipular as consciências dos militantes socialistas e de toda a sorte de oportunistas, não hesitando mesmo em espezinhar amigos de sempre como Francisco Salgado Zenha.

Confesso que não sei por que é que o séquito de prosélitos do soarismo (onde, lamentavelmente, parece ter-se incluído agora o actual presidente da República – Cavaco Silva), apareceram agora tão indignados com as declarações de governantes angolanos e estiveram tão calados quando da publicação do livro de Rui Mateus sobre Mário Soares. NA ALTURA TODOS METERAM A CABEÇA NA AREIA, INCLUINDO O PRÓPRIO CLÃ DOS SOARES, E NEM TUGIRAM NEM MUGIRAM, APESAR DE AS ACUSAÇÕES SEREM ENTÃO BEM MAIS GRAVES DO QUE AS DE AGORA. POR QUE É QUE JORGE SAMPAIO SE CALOU CONTRA AS «CALÚNIAS» DE RUI MATEUS?

 

«DINHEIRO DE MACAU»

 

    Anos mais tarde, um senhor que fora ministro de um governo chefiado por MÁRIO SOARES, ROSADO CORREIA, vinha de Macau para Portugal com uma mala com dezenas de milhares de contos. A proveniência do dinheiro era tão pouco limpa que um membro do governo de Macau, ANTÓNIO VITORINO, foi a correr ao aeroporto tirar-lhe a mala à última hora.

Parece que se tratava de dinheiro que tinha sido obtido de empresários chineses com a promessa de benefícios indevidos por parte do governo de Macau. Para quem era esse dinheiro foi coisa que nunca ficou devidamente esclarecida. O caso EMAUDIO (e o célebre fax de Macau) é um episódio que envolve destacadíssimos soaristas, amigos íntimos de Mário Soares e altos dirigentes do PS da época soarista. MENANO DO AMARAL chegou a ser responsável pelas finanças do PS e Rui Mateus foi durante anos responsável pelas relações internacionais do partido, ou seja, pela angariação de fundos no estrangeiro.

Não haveria seguramente no PS ninguém em quem Soares depositasse mais confiança. Ainda hoje subsistem muitas dúvidas (e não só as lançadas pelo livro de Rui Mateus) sobre o verdadeiro destino dos financiamentos vindos de Macau. No entanto, em tribunal, os pretensos corruptores foram processualmente separados dos alegados corrompidos, com esta peculiaridade (que não é inédita) judicial: os pretensos corruptores foram condenados, enquanto os alegados corrompidos foram absolvidos.

Aliás, no que respeita a Macau só um país sem dignidade e um povo sem brio nem vergonha é que toleravam o que se passou nos últimos anos (e nos últimos dias) de administração portuguesa daquele território, com os chineses pura e simplesmente a chamar ladrões aos portugueses. E isso não foi só dirigido a alguns colaboradores de cartazes do MASP que a dada altura enxamearam aquele território.

Esse epíteto chegou a ser dirigido aos mais altos representantes do Estado Português. Tudo por causa das fundações criadas para tirar dinheiro de Macau. Mas isso é outra história cujos verdadeiros contornos hão-de ser um dia conhecidos. Não foi só em Portugal que Mário Soares conviveu com pessoas pouco recomendáveis. Veja-se o caso de BETINO CRAXI, o líder do PS italiano, condenado a vários anos de prisão pelas autoridades judiciais do seu país, devido a graves crimes como corrupção. Soares fez questão de lhe manifestar publicamente solidariedade quando ele se refugiou na Tunísia.

Veja-se também a amizade com Filipe González, líder do Partido Socialista de Espanha que não encontrou melhor maneira para resolver o problema político do país Basco senão recorrer ao terrorismo, contratando os piores mercenários do lumpen e da extrema direita da Europa para assassinar militantes e simpatizantes da ETA.

Mário Soares utilizou o cargo de presidente da República para passear pelo estrangeiro como nunca ninguém fizera em Portugal. Ele, que tanta austeridade impôs aos trabalhadores portugueses enquanto primeiro-ministro, gastou, como Presidente da República, milhões de contos dos contribuintes portugueses em passeatas pelo mundo, com verdadeiros exércitos de amigos e prosélitos do soarismo, com destaque para jornalistas. São muitos desses «viajantes» que hoje se põem em bicos de pés a indignar-se pelas declarações dos governantes angolanos.

Enquanto Presidente da República, Soares abusou como ninguém das distinções honoríficas do Estado Português. Não há praticamente nenhum amigo que não tenha recebido uma condecoração, enquanto outros cidadãos, que tanto mereceram, não obtiveram qualquer distinção durante o seu «reinado». Um dos maiores vultos da resistência antifascista no meio universitário, e um dos mais notáveis académicos portugueses, perseguido pelo antigo regime, o Prof. Doutor Orlando de Carvalho, não foi merecedor, segundo Mário Soares, da Ordem da Liberdade. Mas alguns que até colaboraram com o antigo regime receberam as mais altas distinções. Orlando de Carvalho só veio a receber a Ordem da Liberdade depois de Soares deixar a Presidência da República, ou seja logo que Sampaio tomou posse. A razão foi só uma: Orlando de Carvalho nunca prestou vassalagem a Soares e Jorge Sampaio não fazia depender disso a atribuição de condecorações.

 

FUNDAÇÃO COM DINHEIROS PÚBLICOS

 

   A pretexto de uns papéis pessoais cujo valor histórico ou cultural nunca ninguém sindicou, Soares decidiu fazer uma Fundação com o seu nome. Nada de mal se o fizesse com dinheiro seu, como seria normal.

Mas não; acabou por fazê-la com dinheiros públicos. SÓ O GOVERNO, DE UMA SÓ VEZ DEU-LHE 500 MIL CONTOS E A CÂMARA DE LISBOA, PRESIDIDA PELO SEU FILHO, DEU-LHE UM PRÉDIO NO VALOR DE CENTENAS DE MILHARES DE CONTOS. Nos Estados Unidos, na Inglaterra, na Alemanha ou em qualquer país em que as regras democráticas fossem minimamente respeitadas muita gente estaria, por isso, a contas com a justiça, incluindo os próprios Mário e João Soares e as respectivas carreiras políticas teriam aí terminado. Tais práticas são absolutamente inadmissíveis num país que respeitasse o dinheiro extorquido aos contribuintes pelo fisco.

Se os seus documentos pessoais tinham valor histórico Mário Soares deveria entregá-los a uma instituição pública, como a Torre do Tombo ou o Centro de Documentação 25 de Abril, por exemplo. Mas para isso era preciso que Soares fosse uma pessoa com humildade democrática e verdadeiro amor pela cultura. Mas não. Não eram preocupações culturais que motivaram Soares. O que ele pretendia era outra coisa.

Porque as suas ambições não têm limites ele precisava de um instrumento de pressão sobre as instituições democráticas e dos órgãos de poder e de intromissão directa na vida política do país. A Fundação Mário Soares está a transformar-se num verdadeiro cancro da democracia portuguesa.

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O livro de Rui Mateus, que foi rapidamente retirado de mercado após a celeuma que causou em 1996 (há quem diga que “alguém” comprou toda a edição), está disponível AQUI ou AQUI

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Marinho Pinto: depois de ter escrito isto ainda o veremos em coligação com o PS e a apoiar Sócrates para PR...

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adaptado de um e-mail enviado pelo Carlos

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Os resultados eleitorais na União Europeia (a 27)

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Uma torrente de protesto varreu a generalidade dos países da União Europeia, esvaziando os partidos sociais-democratas e conservadores, cuja maioria no Parlamento Europeu está hoje mais reduzida que nunca.

  • Na Alemanha, os democratas-cristãos e os sociais-cristãos (CDU/CSU) venceram com 35,3 por cento dos votos, elegendo um total de 34 deputados, contra 37,9 por cento e 42 deputados somados pelos dois partidos em 2009. Os sociais-democratas, apesar de participarem no governo Merkel, recuperaram eleitorado conquistando 27,3 por cento e 27 deputados (mais 5,6 pontos percentuais e cinco deputados face a 2009). Os Verdes desceram de 12,1 para 10,7 por cento, perdendo três dos seus 14 deputados. O Die Linke (esquerda) baixou ligeiramente de 7,5 para 7,4 por cento, o que lhe terá custado um dos oito deputados de que dispunha. Resultado praticamente idêntico foi obtido pelo recentíssimo partido Alternativa para a Alemanha (AfD), uma formação criada há apenas um ano, que alcançou sete por cento e sete deputados. Entre os outros sete partidos que elegeram um deputado cada, está o partido neonazi NPD, que conseguiu pela primeira vez eleger um deputado ao Parlamento Europeu, dos 96 eleitos pela Alemanha.
  • Na Áustria, os conservadores do OVP lideraram o escrutínio com 27 por cento e cinco deputados (contra 30% e seis deputados em 2009), seguido de perto pelo Partido Social-Democrata (SPO), que recupera menos de meio ponto percentual (24,1%), mas consegue eleger mais um representante, num total de cinco. A extrema-direita do FPO passa de 12,7 e dois deputados para 19,7 e quatro eleitos. Os Verdes sobem de 9,5 por cento e dois deputados para 14,5 e três deputados. Por último o partido NEOS recolhe 8,1 por cento e elege um deputado.
  • Na Bélgica, os votos dispersaram-se por uma variedade de partidos, surgindo à cabeça a Nova Aliança Flamenga (nacionalista liberal e ecologista) com 16,35 por cento e quatro deputados, contra 6,1 por cento e um deputado em 2009. Seguiu-se o Open VLD (liberais conservadores), com 12,5 por cento e três deputados; os democratas-cristãos (CD&V) com 12,2 por cento e dois deputados; o Partido Socialista com 11,1 por cento e três deputados, o Movimento Reformador com 10,3 por cento e três deputados; o Partido Socialista Flamengo, com oito por cento e um eleito. Os verdes (Groen na Flandres e Ecolo na Valónia) recolhem respectivamente 6,4 e 4,6, elegendo um deputado cada. Por último o Centro Democrático Humanista elege um deputado (4,3%), o mesmo que a extrema-direita do Vlams Belang, que baixa de 9,8 por cento e dois deputados em 2009 para 4,3 por cento e um deputado.
  • Na Bulgária, o GERB (centro direita) venceu a eleição com 30,5 por cento e seis deputados, superando os 24,4 por cento e cinco deputados conquistados em 2009. Os sociais-democratas (BSP), no poder, sofrem uma pesada derrota, alcançando apenas 19 por cento e quatro deputados. O DPS, da minoria turca, sobe de 14,2 por cento e três deputados para 17,1 por cento e quatro deputados. Seguiram-se as formações «Bulgária sem Censura», com 10,6 por cento e dois deputados e o Bloco Reformista com 6,4 por cento e um deputado. Sem eleitos ficaram os nacionalistas Ataka, e o NDSV do ex-monarca Simeão.
  • No Chipre, os conservadores do Agrupamento Democrático (DISY), no poder, venceram com 37,7 por cento e dois deputados. Na segunda posição ficaram os comunistas do AKEL, que baixaram de 34,9 por cento para 26,9 por cento, mantendo no entanto os dois deputados. O DIKO (Partido Democrático) e o EDEK (sociais-democratas) obtiveram um deputado cada, com 10,8 por cento e 7,7 por cento (12,3% e 9,9% em 2009, respectivamente).
  • Na Croácia, a União Democrática Croata (HDZ), de direita, impôs-se à coligação social-democrata, liderada pelo SDP do primeiro-ministro Zoran Milanovic, recolhendo 41,4 por cento dos votos e seis deputados, contra 29,9 por cento e quatro deputados da formação do governo. O novo partido ecologista ORaH obteve 9,42 por cento dos votos e elegeu um deputado.
  • Na Dinamarca, o Partido do Povo Dinamarquês (DF), antieuropeísta e xenófobo, foi a formação mais votada com 26,6 por cento e quatro eleitos, seguindo-se os sociais-democratas, no poder, com 19,1 por cento e três lugares (20,9% e quatro lugares em 2009). Os liberais perderam um dos três deputados, e baixaram de 19,6 por cento para 16,7 por cento, o mesmo sucedendo com o Partido Socialista do Povo (SF), que desceu de 15,4 por cento e dois deputados para 10,9 por cento e um eleito. Também os conservadores (KF) desceram de 12,3 por cento para 9,2 por cento, mantendo o deputado. Já o movimento popular anti União Europeia (N), que integra o grupo da Esquerda Unitária Europeia, reforçou a sua votação, de sete para 8 por cento, elegendo o seu deputado.
  • Na Eslováquia, país em que a abstenção atingiu o recorde de 87 por cento, os sociais-democratas do SMER, do primeiro-ministro Robert Fico, ganharam a eleição com 24 por cento e quatro deputados (32% e cinco deputados em 2009), seguindo-se dois partidos democratas-cristãos (KDH e SDKU-DS), com 13,2 por cento e 7,7 por cento, respectivamente, e dois eleitos cada. Outros cinco partidos elegeram um deputado cada, designadamente, os conservadores da «Gente Comum» (OĽaNO), com 7,4 por cento, do Nova – Dohoda (6,8%), do «Liberdade e Solidariedade» (SaS), com 6,6%, e ainda dois partidos da minoria húngara, SMK-MPK e MOST-HID, com 6,5 e 5,8 por cento, respectivamente. A extrema-direita do SNS perdeu o seu deputado não indo além dos 3,6 por cento contra 5,5 em 2009.
  • Na Eslovénia, a direita (SDS) ganhou as eleições com 24,6 por cento e três deputados, seguindo-se a coligação Partido Popular e Nova Eslovénia (NSi-SLS), com 15,2 por cento e dois deputados. Em terceiro lugar ficou o novo partido Verjamem («Eu Acredito»), com 10,6 por cento e um deputado, à frente do partido dos pensionistas (Desus), com 9,1 por cento e dos sociais-democratas (SD) que baixaram de 18,4 e dois deputados para 8,1 por cento e um deputado.
  • Em Espanha, os dois maiores partidos sofreram uma hecatombe eleitoral perdendo mais de 5,2 milhões de votos e ficando juntos abaixo dos 50 por cento. O PP conseguiu 26 por cento e 16 deputados (42,2 por cento e 23 lugares em 2009) e o PSOE 23 por cento e 14 deputados (38,5 por cento e 21 deputados em 2009). Como terceira força mais votada surge a Esquerda Plural, constituída pela Esquerda Unida, Verdes e outras formações, com dez por cento dos votos e seis deputados (3,7% e dois deputados em 2009). Outra novidade foi a emergência do partido «Podemos», nascido do movimento dos indignados, que conquistou oito por cento e cinco deputados. Também a União Progresso e Democracia (UPyD) teve um progresso assinalável duplicando a votação para 6,4 por cento e elegendo quatro deputados (2,9 e um deputado em 2009). A Coligação pela Europa, que junta os partidos nacionalistas da Catalunha, País Basco, Canárias e outros, teve um ligeiro crescimento percentual (de 5,1% para 5,4%), mantendo os três deputados. A coligação «Esquerda pelo Direito a Decidir» (EPDD), que inclui, entre outros, a Esquerda Republicana (ERC), a mais votada na Catalunha, obteve quatro por cento e dois deputados. A coligação «Os Povos Decidem» (LPD), que inclui entre outros a força basca Euskal Herria Bilu (HE Bildu) e o Bloco Nacionalista Galego (BNG) elegeu um deputado com dois por cento dos votos. Finalmente a Primavera Europeia (ecologista) recolheu 1,9 por cento e elegeu um deputado.
  • Na Estónia, o Partido da Reforma (ER), no governo, venceu com 24,3 por cento e dois eleitos, secundado pelos liberais do Partido do Centro (KE), com 22,4 por cento e um eleito. Com um eleito cada ficaram outros três partidos, a saber: IRL (direita) com 13,9 por cento, (SDE) sociais-democratas e a lista independente de Indrek Tarand, com 13,2 por cento.
  • Na Finlândia, a Coligação Nacional conservadora (KOK), no poder, foi a mais votada com 22,6 por cento e três deputados (resultado similar ao de 2009), seguida pelo Partido do Centro (Kesk), com 19,7 por cento e três deputados, pelos populistas «Verdadeiros Finlandeses» (PS), com 12,9 por cento e dois deputados e pelos sociais-democratas (SDP), que baixam de 17,5 para 12,3 por cento, mantendo os dois deputados. Por seu lado, a Aliança de Esquerda (VAS) sobe de 5,9 por cento para 9,3 por cento, elegendo um deputado que integrará o GUE/NGL. Inversamente os verdes (VIHR) descem de 12,4 para 9,3 por cento e perdem um dos dois deputados. Finalmente os centristas do SFP (RKP) mantêm a votação (6,7%) bem como o seu deputado.
  • Na França, a Frente Nacional (extrema-direita) ficou à frente dos partidos de direita e da social-democracia, com 24,9 por cento e 24 deputados (6,3% e três deputados em 2009). Na segunda posição ficou a União para um Movimento Popular (UMP), com 20,8 por cento e 20 deputados (27,8% e 29 deputados em 2009), e o Partido Socialista, no poder, com 14 por cento e 13 deputados, a mais baixa votação de sempre dos socialistas (16,5% e 14 deputados em 2009). A coligação dos democratas «Alternativa» (UDI+MoDem) recolheu 9,9 por cento e sete deputados, seguindo-se a Europa Ecologia com 8,9 por cento e seis deputados. Finalmente a Frente de Esquerda soma 6,3 por cento e três deputados a que se junta um deputado eleito pela União do Ultramar. Em relação a 2009, a Frente de Esquerda perdeu um deputado, apesar de ter subido 0,3 pontos percentuais.
  • Na Grã-Bretanha, o sufrágio foi ganho pelo Partido da Independência do Reino Unido (UKIP), contra a UE, tendo conquistado 24 dos 73 deputados eleitos pelo país e cerca de 27,5 por cento. O UKIP obteve assim mais dois pontos percentuais do que os trabalhistas (25,4%) e mais 3,5 pontos percentuais face aos conservadores (23,9%). Os liberais-democratas foram ultrapassados pelos Verdes, de acordo com os resultados parciais conhecidos à hora do fecho desta edição.
  • Na Grécia, o Syriza venceu as eleições, afirmando-se igualmente como a formação mais votada na região de Ática, que engloba Atenas e um terço do eleitorado grego, com 26,6 por cento dos votos e seis deputados. Os conservadores da Nova Democracia, no governo, obtiveram 22,7 por cento e cinco deputados (32,3% e oito deputados em 2009). Em terceiro lugar ficou o partido neonazi Aurora Dourada com 9,4 por cento e três deputados (7,15% e dois deputados em 2009), à frente dos sociais-democratas do Pasok, rebatizados de Elia (8% e dois assentos contra 36,6% e oito deputados em 2009) e do novo partido social-democrata Potami (6,6% e dois assentos). Os comunistas do KKE desceram de 8,4 para seis por cento, mas mantiveram os seus dois deputados. Por último, o partido populista e nacionalista «Gregos Independentes» obteve 3,4 por cento e um deputado.
  • Na Holanda, os sociais-liberais do D66 venceram o escrutínio com 15,4 por cento e quatro deputados (11,3% e três deputados em 2009). Embora praticamente empatados na votação, com 15 por cento, os democratas-cristãos conquistaram mais um deputado, num total de cinco, seguidos pelo Partido da Liberdade (PVV), de extrema-direita, liderado pelo deputado Geert Wilders, que baixou de 17 para 13,2 por cento, embora tenha mantido os seus quatro deputados. O Partido da Liberdade e Democracia (VVD), que governa com o PvdA, manteve a sua votação (11,9% e três deputados), enquanto o Partido Socialista (SP) sobe de 7,1 para 9,6 pro cento e dois deputados, superando em percentagem os sociais-democratas do PvdA, os quais, no entanto, lograram eleger três deputados. A União Cristã-SGP (protestantes calvinistas) recolheu 7,6 por cento dos votos e dois deputados, ao mesmo tempo que os Verdes perdem um dos três deputados, descendo de 8,9 para sete por cento.
  • Na Hungria, a direita do (FIDESZ-KDNP) venceu com 51,5 por cento e 12 deputados (56,4% e 14 deputados em 2009), seguindo-se o partido JOBBIK (a extrema-direita), com 14,7 por cento e três deputados, resultado similar ao de 2009. Em queda acentuada estiveram os sociais-democratas do MZSP, que recuaram para terceira força com 10,9 por cento e dois deputados (17,3% e quatro deputados em 2009). À Coligação Democrática, de centro-esquerda, que obteve 9,8 por cento e dois deputados, seguiram-se dois partidos ecologistas (E14-PM e LMP), com 7,2 por cento e cinco por cento, respectivamente, cada com um deputado.
  • Na Irlanda, uma lista de independentes liderou a votação, com 24 por cento, embora só tenha elegido um deputado. Seguiram-se os liberais-democratas do Fianna Fáil e conservadores do Fine Gael. Ambos obtiveram 22 por cento dos votos, mas o primerio elegeu dois deputados enquanto o segundo elegeu quatro. Por seu turno o Sinn Féin teve uma assinalável subida, passando de 11,2 por cento e um deputado para 17 por cento e três deputados. O Partido Verde alcançou seis por cento e um deputado.
  • Na Itália, o Partido Democrata (PD) teve uma acentuada subida, alcançando 40,8 por cento dos votos e 31 deputados (26,1% por cento e 22 deputados em 2009), deixando em segundo lugar o Movimento 5 Estrelas, do comediante Beppe Grillo, com 21,1 por cento e 17 deputados. Em terceiro lugar vem o partido de Berlusconi Força Itália, com 16,8 por cento e 13 deputados, a Liga do Norte com 6,1 pro cento e cinco deputados e a coligação de direita (NCD,UDC e PPI), com 4,3 e três deputados, e, por último, a «Outra Europa com Tsipras), que obtêm 4.3 por cento e três deputados.
  • Na Letónia, a coligação governamental «Unidade» (direita) obteve 46 por cento e quatro deputados. Em segundo lugar ficou a coligação Aliança Nacional com 14 por cento e um eleito, seguindo-se o partido Harmonia com 13 por cento e um deputado, a união de agricultores e verdes (ZZS), com oito por cento e um deputado e o partido dos Verdes (LKS) com seis por cento e um deputado.
  • Na Lituânia os cristãos-democratas (TS-LKD) venceram com uma diferença mínima em relação ao Partido Social-Democrata, no governo, obtendo 17,4 e 17,3 por cento, respectivamente, e dois deputados cada. Seguiram os liberais (LRLS), com 16,2 por cento e dois deputados, o partido «Ordem e Justiça», com 14,27 por cento e dos deputados, o partido trabalhista (DP), com 12,8 por cento e um deputado e, finalmente, o partido da minoria polaca (LLRA), com oito por cento e um eleito.
  • No Luxemburgo, os sociais-cristãos (CSV) venceram com 37,6 por cento e três deputados, enquanto os Verdes ascenderam ao segundo lugar com 15 por cento e um deputado, à frente do Partido Democrático (direita), com 14,7 e um deputado, e dos sociais-democratas, que descem de 19,4 por cento para 11,7 por cento, mas mantêm o seu deputado.
  • Em Malta, os trabalhistas mantiveram uma votação expressiva (53%) e elegeram mais um deputado no total de quatro. A segunda força é o partido nacionalista que desceu ligeiramente de 40,49 por cento para 40 por cento, reelegendo os dois deputados.
  • Na Polónia, o partido «Lei e Justiça» vence em percentagem (32,3%), mas é igualado em número de deputados pela Plataforma Cívica (PO), no governo, que baixou de votação de 44,4 por cento e 25 deputados para 31,34 por cento e 19 deputados. A aliança social-democrata (SLD) recolheu 9,5 por cento dos votos e cinco deputados, o partido dos agricultores (PSL) chega aos 7,2 por cento e cinco, e o partido da Nova Direita (KNP) chegou aos 7,1 por cento e quatro deputados.
  • Na República Checa, o partido de centro-direita «Ano 2011», que integra a coligação de governo com os sociais-democratas, venceu com 16,1 por cento, seguida de perto pela oposição conservadora TOP 09, com 15,5 por cento e pelos sociais-democratas (CSSD), com 14,1 por cento. Estes três partidos elegeram quatro deputados cada. Os comunistas do KSCM constituem a quarta força, com 11 por cento e três deputados (terceira força com 14,2 por cento e quatro deputados em 2009). Seguiram-se os democratas-cristãos (KDU-CSL), com dez por cento e três deputados e, por último, os democratas cívicos (ODS) com 7,7 por cento e dois deputados (31,4% e nove deputados em 2009).
  • Na Roménia, os sociais-democratas (PSD), no poder, ganharam o sufrágio com 37,6 por cento e 16 deputados, seguidos ao longe pelos liberais (PNL) na oposição, com 15 por cento e seis deputados, e pelos democratas-liberais (PDL), com 12,2 por cento e cinco deputados. O candidato independente Mircea Diaconu foi eleito com 6,8 por cento, à frente do partido da minoria húngara (UDMR) com 6,5 por cento e dois eleitos e Partido do Movimento Popular, com 6,3 e igualmente dois eleitos. O Partido da Grande Roménia (PRM), de extrema-direita, foi irradiado do hemiciclo perdendo os seus três eleitos.
  • Na Suécia, o Partido Moderado, no governo, sofreu uma pesada derrota vendo-se relegado para terceiro lugar, com 13,6 por cento e três eleitos, atrás dos verdes que elegeram o mesmo número de deputados com 15,3 por cento, e dos sociais-democratas, a força mais votada, com 24,4 por cento e seis eleitos. Os liberais (FP) foram a quarta força com dez por cento e dois eleitos, seguindo-se os Democratas Suecos (SD) com 9,7 por cento e dois deputados, o Partido do Centro, com 6,5 por cento e um eleito, o Partido da Esquerda (V), com 6,3 por cento e um deputado, os democratas-cristãos (KD), com seis por cento e um deputado e, por fim, a Iniciativa Feminista (anti-racista) que obteve 5,3 por cento dos votos e elegeu um deputado.
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Expliquem-me, muito, muito, muito devagar...

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Senhores comentadores, analistas, politólogos, jornalistas e outros que tais:

Por favor expliquem-me, muito, muito, muito devagar, como se eu fosse muito, muito, muito burro, o porquê de tendo  PPD/PSD + CDS/PP = O PIOR RESULTADO de todas as 38 eleições já realizadas em Portugal desde o 25 de Abril, isso não é uma «derrota histórica»...

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Moção de Censura ao Governo

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É hoje indesmentível que a maioria existente na Assembleia da República apenas se pode manter contra a vontade dos portugueses e não corresponde às suas opções políticas e eleitorais.

É hoje indesmentível que manter em funções este Governo e esta maioria parlamentar é impor aos portugueses aquilo que pela luta e pelo voto os portugueses já disseram não querer.

É indesmentível que manter em funções este Governo apenas contribuirá para deteriorar a situação política e impedir o regular funcionamento das instituições.
Para quem «não percebe» as razões da moção de censura ao governo por parte do PCP...
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Análise concreta da realidade concreta...

  • PPD/PSD + CDS/PP = O PIOR RESULTADO de todas as 38 eleições já realizadas em Portugal desde o 25 de Abril.
  • PS = O mais baixo resultado de sempre em eleições para o Parlamento Europeu.
  • CDU = Subida de dois pontos percentuais e + 1 deputado (em Viseu + 414 votos).

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  • PS + PPD/PSD + CDS/PP = Cerca de 60% dos votos (o mais baixo resultado de sempre do chamado «arco da governação»)

 

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Teresa Portela conquista bronze na Taça do Mundo de Szeged

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Teresa Portela conquistou este sábado a medalha de bronze na prova de K1 500 metros da III Taça do Mundo de velocidade em canoagem, que decorre em Szeged, na Hungria. A canoísta do Benfica já tinha vice-campeã da Europa em K1 200 em 2013.

Na final, a canoísta do Benfica terminou com o tempo de 1.56,319 minutos, ficando a quase três segundos da vencedora, a húngara Danuta Kozak, campeã olímpica e mundial da distância, que concluiu a prova em 1.53,433, à frente da austríaca Yvonne Schuring (1.55,605).

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Parabéns à Teresa Portela e ao seu clube, o SL Benfica

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