O número de famílias numerosas caiu 27,8 por cento em Portugal, entre 2001 e 2011, totalizando neste último ano 154.249, ou seja, uma redução de 59.609 no espaço de dez anos.
Se no início do século as famílias com três ou mais filhos constituíam 10,1 por cento dos agregados com filhos, em 2011 já só representavam 7,4 por cento.
Esta percentagem reduz-se para apenas 3,2 por cento no caso das famílias jovens, em que todos os filhos são menores, segundo revela a publicação do INE «Família nos Censos 2011», divulgada dia 14, na véspera do Dia Internacional da Família.
A publicação destaca também que «o rápido decréscimo» das famílias numerosas tornaram «a sua distribuição territorial mais uniforme». «Se nos Censos de 2001 ainda se conseguia observar uma diferença entre Norte/Ilhas e Sul, nos Censos de 2011 as diferenças são bastante mais ténues», afirma o INE.
Os resultados do Inquérito ao Emprego até Março apontam uma diminuição de 1,3 por cento da população activa no primeiro trimestre em relação ao período homólogo de 2013 (66,4 mil pessoas) e de 1,2 por cento em relação ao trimestre anterior (61,8 mil).
A taxa de actividade da população em idade activa (15 e mais anos) situou-se em 58,7 por cento, recuando 0,5 pontos percentuais (p.p.) em relação ao trimestre homólogo e 0,6 p.p. em relação ao trimestre anterior.
A população inactiva aumentou 0,1 por cento em relação ao trimestre homólogo (4,2 mil pessoas) e 0,8 por cento em relação ao trimestre anterior (39,6 mil). A taxa de inactividade (15 e mais anos) situou-se em 41,3 por cento, mais 0,5 p.p. do que no trimestre homólogo e 0,6 p.p. do que no trimestre anterior.
A população empregada foi de quatro milhões e 426,9 mil pessoas, o que corresponde a um aumento homólogo de 1,7 por cento e a uma diminuição trimestral de 0,9 por cento (mais 72,3 mil e menos 42 mil pessoas, respectivamente).
O imposto sobre o rendimento de pessoas singulares (IRS) foi mais uma vez a «galinha dos ovos de ouro» do Governo, gerando um aumento de receitas de 34,3 por cento em 2013.
No conjunto dos impostos directos, que tiveram um aumento global de 25,7 por cento, o IRS foi o que mais contribuiu para encher os cofres do Estado, enquanto a receita do IRC (imposto aplicado às empresas) cresceu 21,6 por cento.
Quando aos impostos indirectos, aplicados sobre o consumo, a cobrança do IVA recuou dois por cento, uma redução que traduz a queda do consumo privado e da procura interna (-1,4%).
Também a receita do imposto sobre produtos petrolíferos e energéticos diminuiu pelo sexto ano consecutivo (-1,6%), enquanto a receita do imposto sobre o tabacocaiu 2,9 por cento.
Em geral, a carga fiscal aumentou 8,1 por cento entre 2012 e 2013, atingindo os 57,8 mil milhões de euros, o que representou 34,9 por cento da riqueza nacional, revelam dados do INE divulgados dia 15.
O discurso antipartidos é perigoso para a liberdade, a democracia e a soberania. Serve os interesses do grande capital, das forças que como o PS, o PSD e o CDS, querem a perpetuação da política de direita. Serve aqueles que querem prosseguir o ajuste de contas com a Revolução de Abril e fazer a roda da história andar para trás. O discurso antipartidos é inimigo dos trabalhadores e do povo e contrário às justas aspirações de emancipação humana e de transformação da sociedade. É um discurso que precisa de ser combatido no terreno do esclarecimento e da verdade, contra a deturpação e a mentira. É uma tarefa de todos os dias, incluindo, nesta importante batalha que travamos pelo reforço da CDU nestas eleições para o Parlamento Europeu.
Simultaneamente é um discurso que incorpora e abre caminho a concepções antidemocráticas e mesmo fascizantes que tem como objectivo, na base do populismo, facilitar alterações ainda mais profundas no regime democrático alcançado com a Revolução de Abril, romper com o quadro de direitos, liberdades e garantias que a Constituição da República consagra.