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A dívida das administrações públicas fixou-se em 128,7 por cento do PIB em 2014, acima do verificado em 2013 e da meta fixada pelo Governo para o ano passado.
Segundo números do Banco de Portugal, divulgados dia 23, a dívida pública alcançou os 224 477 milhões de euros em Dezembro de 2014, um aumento face ao final de 2013, quando atingiu os 219 225 milhões de euros.
Excluindo os depósitos da administração central, a dívida fixou-se em 206 971 milhões de euros em Dezembro do ano passado, contra os 201 245 milhões de euros registados em 2013.
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Concentrações para a Manifestação de 7 de Março
Câmara de Lamego: O Inverno do nosso descontentamento
«A degradação crescente dos serviços públicos prestados à população é visível já para a opinião pública.
Cerca de 1.700.000 portugueses estão sem médico de família reconheceu o próprio ministro da Saúde já em 2011. Nos hospitais, o número de mortes por falta de assistência médica multiplicam-se e diretores de serviço de vários hospitais (S. João, Amadora-Sintra, Santa Maria) demitem-se por falta de condições de trabalho. Enfermeiros e Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica fazem greve devido à falta de condições de trabalho e a insuficiência de profissionais face à carga de trabalho.
Nas escolas, onde já faltam 6.000 auxiliares de educação, os que estão em funções fazem greve por melhores condições de trabalho.
No IMT, por falta de funcionários, chega-se a levar cerca de um ano para renovar uma simples carta de condução.
Os sindicatos da Função Pública decidem realizar uma greve nacional dos trabalhadores da Função Pública no dia 13 de Março 2015 em defesa dos serviços públicos prestados à população e por melhores condições de trabalho.
Os exemplos da degradação crescente dos serviços públicos podiam-se multiplicar mas os apresentados já são suficientes para mostrar a situação a que se chegou em Portugal consequência da politica da “troika” e do governo PSD/CDS. Perante esta ataque à dignidade e à vida dos portugueses e ao país, só quem nunca soube ou sabe o que é a dignidade, só os que se habituaram a serem submissos e estar do lado que sopra o vento do poder (“os que querem ser mais alemães do que os próprios alemães”), é que poderão dizer que os portugueses nunca foram atingidos na sua dignidade pela “troika”.
Neste estudo vamos mostrar, utilizando dados oficiais, alguma das causas desta degradação profunda dos serviços públicos em Portugal.»
Ora porra!
Ora porra!
Então a imprensa portuguesa é
que é a imprensa portuguesa?
Então é esta merda que temos
que beber com os olhos?
Filhos da puta! Não, que nem
há puta que os parisse.
Álvaro de Campos - Livro de Versos. Fernando Pessoa. (Edição crítica. Introdução, transcrição, organização e notas de Teresa Rita Lopes.) Lisboa: Estampa, 1993. - 22.
adaptado de um e-mail enviado pelo Cid
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