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1 – Acerca do "PREC"
Quando o líder do CDS afirmou que um governo do PS com apoios à esquerda seria o PREC 2, revelou a estratégia que a direita se propõe seguir. Para parte da população, da qual a maioria não seria ainda nascida ou não teria idade para o qualificar devidamente, o PREC teria sido uma espécie de terrorismo de Estado sob a égide do PCP.
Não admira que assim seja, é esta a imagem que a comunicação social passa ou deixa passar. Trata-se do processo de destruição da memória de que falava Miguel Urbano Rodrigues [A recuperação da memória na luta dos Povos]. Mas o apagamento faz-se mesmo quanto ao que se passou nos últimos quatro anos.
O dito PREC, Processo Revolucionário em Curso, é usado através da calúnia, como arma ideológica contra as forças progressistas. Oculta-se que nesse período foram estabelecidos direitos laborais e sociais, salário mínimo, o embrião de serviço nacional de saúde, criados mecanismos de apoio às PME e de planeamento económico, estabelecida uma reforma agrária, etc, bases fundamentais para o desenvolvimento do país, além de que ter sido elaborada uma Constituição progressista.
Tudo isto face à conspiração da direita, à sabotagem económica dos monopólios, dos esforços da dita "extrema-esquerda" objetivamente aliada à direita no combate às forças que consequentemente defendiam o 25 de ABRIL. Tudo para desestabilizar o país e afastar largas camadas da população do que era efetivamente um processo revolucionário no sentido de alterar as estruturas económicas e sociais provenientes do fascismo. A batalha da produção proposta pelo primeiro-ministro Vasco Gonçalves foi ridicularizada. O humor reacionário fazia campanha pela desinformação e a boçalidade da extrema-direita.
A direita, aliada à extrema-direita, passou ao terrorismo, algo completamente omitido. Em Portugal, entre Maio de 1975 e meados de 1977 foram cometidas quase 600 ações terroristas: bombas, assaltos, incêndios, espancamentos, atentados a tiro. Mais de uma dezena de mortes, dezenas de feridos, milhares de pessoas perseguidas, aterrorizadas, às quais ou às famílias não foi dada qualquer compensação ou satisfação. Uma muralha do silêncio e cumplicidades acompanhou os crimes. O PCP e seus aliados do MDP/CDE foram as principais vítimas.
Com o 25 de ABRIL a direita queria apenas que "alguma coisa mudasse para ficar tudo na mesma". A simples possibilidade de governos que não se definissem em função dos interesses dos monopólios e dos latifundiários, deixava-a exasperada, procedendo a golpes reacionários e ataques ao regime democrático em construção. No entanto, só após a derrota da intentona reacionária do 28 de setembro de 1974 se pode falar em orientações de esquerda; só após o falhado golpe militar da direita em 11 de março de 1975 se começa a desenhar uma via de transição socializante. As nacionalizações impuseram-se para defender o país e a sua economia da sabotagem em curso.
(continua)
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«O INE publicou este mês – 9 de Novembro de 2015 – o seu estudo sobre ”O poder de compra concelhio”, que revela que as assimetrias regionais e as desigualdades entre os diferentes concelhos do país continuam a ser enormes, causando a desertificação crescente de muitas regiões e concelhos perante a passividade, para não dizer colaboracionismo, dos sucessivos governos que nada têm feito de concreto para inverter esta situação preocupante e criadora também de crescentes desigualdades entre portugueses. O quadro 1, mostra o que se verifica a nível das diferentes regiões do país.»
Nota: em 2013 Penalva do Castelo era o 8º concelho a contar do fim...
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«O Estimado (a) Associado (a)
Envio o documento com o titulo "UMA CARTA AOS ASSOCIADOS DO MONTEPIO PARA REFLEXÃO ANTES DE VOTAR, COMO VOTAR NAS ELEIÇÕES DE 2.12.2015 E O VOTO É SECRETO" onde, por um lado, apresento dados concretos que ajudam compreender a situação difícil em que o Montepio se encontra e; por outro lado, como se realizam no dia 2.12.2015 eleições para a Associação Mutualista , explico a forma de votar por correspondência que é aquela que mais de 98% dos associados terão de utilizar, já que existirá apenas urna urna a funcionar em Lisboa no edifício do Montepio, na Rua do Ouro, no dia 2 de Dezembro de 2015.
Aproveito para Informar que os boletins de voto já começaram a ser enviados pelo correio e muitos associados já os receberam. Mas como são 440.000 associados com direito a voto é previsível que leve alguns dias a chegar a todos. No entanto, se não chegar a algum associado agradecia que informassem para eugeniorosa@zonmail.pt .
Como muitos associados do Montepio, nomeadamente trabalhadores do Montepio, temem que as chefias do Montepio saibam em que lista em que votarão, pois receiam depois sofrer eventuais represálias se a sua votação não for do seu agrado, explico a forma como é garantido o segredo do voto para os tranquilizar.
Finalmente, quero convidar os associados a participarem numa sessão que a Lista C vai realizar no dia 25 de Novembro, pelas 18 horas, na Casa do Alentejo, no Rossio em Lisboa, para debater a situação do Montepio, as dificuldades que enfrenta, a segurança das poupanças dos associados. Nessa sessão será também apresentado e debatido o Programa da Lista C, e as medidas que defendemos para enfrentar e resolver os problemas do Montepio..»
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Global Europe Anticipation Bulletin (português)
Laboratoire européen d'Anticipation Politique (português)
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