Para trás de nós não ficou apenas o PCUS
Tudo o que foi dito não é, naturalmente, mais um «bota-abaixo» do socialismo, do PCUS, etc.
Seguramente que hoje isto também está fora de propósito.
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Tudo o que foi dito não é, naturalmente, mais um «bota-abaixo» do socialismo, do PCUS, etc.
Seguramente que hoje isto também está fora de propósito.
Detentor de uma história heróica, órgão de informação único no País e instrumento de organização e luta do Partido Comunista Português, o Avante! faz 85 anos no próximo dia 15, consciente da sua importância e dos desafios que tem pela frente. O principal é, desde logo, chegar mais longe para melhor cumprir a sua função de jornal comunista, órgão central do PCP e tribuna dos interesses e aspirações dos trabalhadores e do povo. A campanha de difusão que está em preparação, visando evidentemente os militantes e amigos do Partido, dirige-se também aos trabalhadores, aos reformados, aos pequenos e médios empresários e agricultores, às mulheres e aos jovens – a quem o Avante! dá voz e, como nenhum outro, defende.
Aumentar consideravelmente a venda do Avante!, tanto na organização como junto dos trabalhadores e do povo, é não apenas a melhor forma de comemorar este expressivo aniversário como constitui, igualmente, uma medida fundamental para alargar o prestígio do Partido, reforçar a sua organização, unidade e coesão, e travar de forma mais consistente a dura batalha ideológica que os comunistas e os seus aliados têm perante si. É com esta consciência que, em todo o Partido, se está a debater os caminhos para alcançar tão ambicioso e necessário objectivo: no sábado, dia 13, Jerónimo de Sousa participa, em Lisboa, num encontro regional de quadros do Partido sobre esta questão e nas próximas semanas terão lugar em diversos pontos do País iniciativas comemorativas do aniversário do Avante! onde ela estará no centro das preocupações; em breve será lançada uma campanha de difusão.
Como qualquer outra tarefa do Partido, a distribuição e venda do Avante! deve ser assumida com o entusiasmo revolucionário que é devido a algo que contribui de forma tão decisiva para a construção, resistência, desenvolvimento e permanente reforço do Partido Comunista Português com as suas características e natureza singulares. Juntamente com a recolha da quotização e a distribuição de propaganda, ela exige persistência e tenacidade, algo que os comunistas portugueses deram já provas de possuir em doses inesgotáveis.
É de tudo isto que dão mostras aqueles que, já hoje, todas as semanas levam o jornal às casas e aos locais de trabalho de milhares de camaradas e o vendem junto às empresas, estações e paragens de transporte público, mercados e ruas. Estes são exemplos que importa generalizar e multiplicar em todas as organizações partidárias.
Um jornal único
A imprensa é, desde sempre, um instrumento fundamental da luta revolucionária: Marx e Engels criaram e dirigiram a Nova Gazeta Renana, considerada por Lénine «o melhor, insuperável órgão do proletariado revolucionário»; o próprio Lénine foi o grande responsável pela criação de dois dos mais importantes jornais comunistas do mundo, a Iskra e o Pravda, o primeiro dos quais com a função de ser o «sopro de um enorme fole de forja que avivaria cada chispa da luta de classes e da indignação popular, convertendo-a num grande incêndio»; poderosos partidos comunistas editaram sempre os seus jornais, alguns deles alcançando tiragens que faziam deles alguns dos mais lidos jornais dos seus países.
O PCP não foi excepção e deu sempre um grande destaque à imprensa: o seu primeiro órgão central, O Comunista, nasceu quase em simultâneo com o próprio Partido. Da reorganização de 1929 nasceu o Avante!, ao passo que a de 1940-41 tornou possível a sua saída regular até ao 25 de Abril, tornando-o no jornal comunista com mais anos de clandestinidade ininterrupta. Nas novas condições da Revolução, o Partido necessitava de um jornal legal e teve-o a 17 de Maio, menos de um mês após o derrubamento do fascismo: em tempos de complexa luta ideológica, tanto de avanço e conquista como de retrocesso e resistência, o Avante! legal foi um instrumento decisivo para guiar os comunistas, a classe operária e as massas em duras batalhas políticas e de classe.
Hoje, numa época marcada pelo poder avassalador dos media na formação de opiniões, gostos e opções políticas e ideológicas, a importância do Avante! não é menor. O controlo dos principais meios de comunicação social por grandes grupos económicos, ligados ao capital financeiro, tem repercussões na informação (e no entretenimento) produzida e difundida de forma massiva: a aceitação da exploração, do empobrecimento e da submissão como naturais e inevitáveis, o silenciamento e deturpação das análises, acções e propostas dos comunistas e do movimento operário e popular e a promoção de falsas alternativas são apenas algumas das linhas de ofensiva ideológica propagadas pela maioria dos órgãos de comunicação social, em Portugal e no mundo.
À imprensa comunista está, assim, colocado o desafio de, uma vez mais, noticiar o que outros calam, desmontar mensagens veiculadas pela restante comunicação social e apresentar os vários assuntos da actualidade nacional e internacional não na perspectiva da classe que domina política, económica, cultural e ideologicamente a sociedade mas do ponto de vista dos comunistas, da classe operária, dos trabalhadores e dos povos.
Instrumento de luta
Órgão de informação por excelência, um jornal comunista como o Avante! é, ele próprio, um instrumento da luta do Partido Comunista Português pela concretização do seu Programa «Uma Democracia Avançada – Os Valores de Abril no Futuro de Portugal», parte integrante e constitutiva da luta pelo socialismo e o comunismo, objectivo supremo e razão de existir do PCP.
Como se lê no Programa, a Democracia Avançada é «inteiramente correspondente aos interesses da classe operária, dos trabalhadores e das outras classes e camadas antimonopolistas e às necessidades nacionais». Nas páginas do Avante!, estas classes e camadas vêem plasmados os seus problemas, lutas e aspirações e a actividade e propostas das suas estruturas associativas. O Avante! assume-se, assim, como um indispensável veículo de aumento do prestígio e influência do PCP.
Em todas as fases e etapas da luta revolucionária, o PCP coloca o seu reforço como elemento central e o Avante! tem, também neste campo, um importante papel a desempenhar. Semana após semana, surgem nas suas páginas as análises, posições e propostas do PCP, a actividade das suas organizações e o conteúdo do seu Programa.
Mas o jornal comunista – o «organizador colectivo» de que falava Lénine» – dá também um contributo fundamental para a formação política e ideológica dos membros do Partido e, por consequência, para uma mais qualificada militância. Não é exagero afirmar que um militante que leia e estude regularmente o Avante! está mais preparado para desempenhar as suas tarefas, quaisquer que estas sejam. Porquê? Porque conhece as análises e orientações do Partido, sem silenciamentos e deturpações; porque está informado das lutas que se travam no País, dos seus objectivos e resultados; porque está mais confiante e é capaz de transmitir essa confiança; porque sabe que também por esse mundo fora, e por vezes em condições dramáticas, os povos resistem e, não raramente, vencem e avançam.
Para lá do que representa na promoção da unidade de pensamento e acção do Partido, o Avante!, pela forma como é distribuído, maioritariamente através da organização partidária, constitui ainda um vínculo semanal entre o Partido e os seus militantes e simpatizantes.
Todas estas virtudes do órgão central do PCP – como órgão de informação alternativo, voz dos explorados e instrumento de luta do Partido – serão tão mais potenciadas quanto maior for a venda, distribuição e difusão do Avante!. Está nas mãos dos comunistas, com a sua dedicação e tenacidade, levá-lo mais longe!
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