19 de Maio de 1917 – Revolução da Batata
A falta de alimentos provocada pelo racionamento resultante da I Guerra Mundial leva a revoltas populares.
Em Lisboa e posteriormente nos concelhos limítrofes, no Porto e noutros pontos do País há assaltos a mercearias e armazéns entre 19 e 21 de Maio, que resultam em violentos confrontos entre a população e a guarda republicana e a polícia.
Na capital, onde se regista simultaneamente um surto de greves, a repressão «severa» ordenada pelo governo salda-se em pelo menos duas dezenas de mortos e meia centena de feridos graves.
Na mesma altura, operários da construção civil manifestam-se no Parque Eduardo VII.
Estes levantamentos ficaram conhecidos como a «revolução da batata».
Os confrontos foram igualmente violentos no Porto, provocando cerca de duas dezenas de mortos.
O Governo de Afonso Costa, considerando que o movimento queria causar «desordem» e «anarquia», decreta o estado de sítio a 20 de Maio, suspende as garantias constitucionais e a cidade passa a ser patrulhada por forças de infantaria e cavalaria.
O parlamento adere à tese de que a revolta foi planeada e não uma explosão social motivada pela degradação das condições de vida e confirma o estado de sítio em 22 de Maio.