Uma das conclusões mais relevantes deste estudo é o facto de 77% dos autarcas desejarem a criação de regiões administrativas no curto prazo e 84% destes defenderem que as referidas regiões administrativas devem ter órgãos próprios eleitos diretamente.
Esta posição é transversal a todos os partidos, embora com percentagens diferentes: na CDU o apoio é a 100%, no PS 85%, no PSD e CDS 67%.
Porquê tanto rancor, tanta hipocrisia, tanta mentira?
Porquê a santa aliança que juntou na mesma operação golpista a pior reacção e a social-democracia, Trump e Bolsonaro com Pedro Sanchez, Merkel e demais dirigentes do bloco imperialista europeu?
Porquê tão indecente coro da comunicação social, reproduzindo as campanhas de mentiras que enquadraram as agressões à Jugoslávia, ao Iraque, à Líbia, à Síria?
Por que é que CDS e PSD batem palmas à inadmissível posição seguidista do governo minoritário do PS?
A operação de difamação contra o PCP assume contornos persecutórios intoleráveis. Para procurar sustentar conclusões previamente definidas não se tem olhado a meios.
Escusado seria invocar aqui o manancial de violações grosseiras de critérios e princípios deontológicos a que os jornalistas estão obrigados.
Fiquemos apenas pelo cortejo de MENTIRAS. A densidade e presença da mentira, da mais boçal à mais ornada, não permite esgotar aqui o seu elenco.
A dimensão da empreitada não conduzirá entretanto a que, com prejuízo de muitas outras, aqui se registem algumas das que as peças diversas editadas em alguns órgãos de Comunicação Social com destaque para a TVI que assumiu como critério editorial a mentira, a manipulação e difamação.
Ficam a sobrar todas aquelas que, orladas pela insinuação mais ou menos subtil, conduzem quem as recepciona a não dar conta da mentira que lhe subjaz.
Seguidores da teoria deGoebbels, por aí vagueiam os que continuam a confiar que a mentira repetida pode, à força de ser mediatizada, passar a verdade. Partidários do mesmo anti-comunismo vêem, nas pisadas daquele, fonte de inspiração. Sem Reichtags à mão, enquanto motor de provocação, socorrem-se do que podem.
Confundindo carteira profissional com função de jornalismo, atirando a pedra e escondendo a mão com a cobardia própria dos que se julgando com as armas todas se podem mover a seu bel prazer, acreditando que têm por segura a total impunidade, aí estão mentindo, caluniando e difamando. Assumindo o papel de peões de brega de interesses que não confessam.
A operação lançada contra o PCP é um caso de estudo sobre até onde pode ser levada a manipulação de factos, a pergunta insidiosa que transporta a acusação feita verdade, o histerismo inquisitivo para se desmentir o que foi inventado, a instrumentalização de ligações familiares, a montagem de fragmentos desconexos para que se encaixem no puzzle difamatório previamente concebido, a censura de depoimentos recolhidos para suportar a mentira montada.
Não confundimos jornalismo nem jornalistas com a acção desqualificada, sem escrúpulos e mercenária das últimas semanas, circunscrita em número de agentes, embora com a força da amplificação mediática que lhe deu suporte.
A assertiva citação atribuída a Bernard Shaw quanto ao que esperar de uma luta com um porco não atinge nem se dirige aos jornalistas. Só quem chafurda na mentira e na calúnia nela se reverá.
Tocados onde mais lhes dói, os interesses monopolistas (incluindo os da comunicação social) soltaram os cães.
Cá estamos para os enfrentar e prosseguir a nossa intervenção em defesa dos interesses dos trabalhadores e do povo, combatendo exploração e empobrecimento.
Um golpe de Estado protagonizado por um homem a soldo de Trump, Bolsonaro, o regime colombiano e por outros regimes de direita e extrema-direita.
Um homem que durante anos foi literalmente treinado por várias organizações conspirativas norte-americanas subsidiárias da CIA, pago por oligarcas venezuelanos, nomeadamente no exílio, e por sectores do grande capital colombiano e norte-americano.
Tudo para minar e tentar derrubar governos democraticamente eleitos na Venezuela, levar a cabo sucessivas acções de desestabilização e fundar uma organização de extrema direita – o Vontade Popular – que esteve envolvida em vários crimes, como as hediondas «guarimbas», e que está igualmente ligada às tentativas de assassinato de Maduro.
O homem a quem o Governo português reconhece «necessária legitimidade para uma transição pacífica» é o dirigente de uma organização
que esteve envolvida em crimes como os de 2017, em que foram mortas mais de uma centena de pessoas, algumas queimadas vivas;
que se recusou a participar nas eleições presidenciais, apesar de estas terem sido antecipadas a pedido da oposição, sabendo que as ia perder;
que recusou todas as propostas de diálogo feitas pelo presidente Maduro;
que apela à intensificação do boicote económico e às sanções contra o seu próprio povo;
que já verbalizou a ameaça de uma guerra civil;
que está a utilizar a cartada «humanitária» para preparar uma possível invasão da Venezuela
e que acaba de recusar uma proposta de mediação do Papa Francisco.
A solução que o Governo português entende ser a melhor para «restituir aos venezuelanos o poder de decidir livremente o seu destino» é promover o homem
que em Dezembro do ano passado se deslocou em segredo à Colômbia, ao Brasil e a Washington para articular as manobras de desestabilização interna;
que avançou para a auto-proclamação após receber a ordem do vice presidente dos EUA;
que está a articular todos os seus passos com sinistras figuras como Michael Pompeo ou John Bolton e que tem o acalorado apoio do governo israelita.
Não há hipocrisia ou oportunistas equidistâncias que consigam esconder o que está em causa.