Marx, a educação e o sentido da vida
Texto de Pedro Santos Maia
Há num pequeno texto de Karl Marx correspondente às Minutas das Sessões do Conselho Geral da Associação Internacional dos Trabalhadores, realizadas em 10 e 17 de Agosto de 1869, pelo menos três tópicos que nos propomos destacar e deixar à reflexão do leitor
1. se o humano é um ser complexo e multifacetado, uma educação autêntica do mesmo deve atender a essa mesma complexidade: nos termos do autor, «o trabalho mental deve ser combinado com o corporal, com a ginástica e a instrução tecnológica»;
2. a defesa de uma indispensável educação pública: nos termos do autor, «A educação deve ser nacional sem ser governamental.»;
3. a constatação operativa (pró-activa) da extrema complexidade da dialéctica entre as instâncias do social e do educativo; nos termos do autor: «Por um lado, é precisa uma mudança das circunstâncias sociais para criar um adequado sistema de educação; por outro lado, é preciso um sistema de educação já adequado para poder mudar as circunstâncias sociais.» Falámos de acção porque Marx conclui, de um ponto de vista materialista: «Por conseguinte, é preciso começar do ponto em que nos encontrámos.»
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