Uma resposta da História ao Capitalismo senil
Texto de Miguel Urbano Rodrigues
O pânico nas bolsas que acompanhou a falência de grandes bancos envolvidos em especulações, fraudes e escândalos iluminou, desmentiu e ridicularizou a religião do mercado. Agora a finança, que colocava o mercado acima do Estado, pede a este que que lhe acuda para salvar o mercado à beira do abismo.
Miguel Urbano Rodrigues reafirma neste artigo que a única alternativa ao capitalismo em crise estrutural é o socialismo.
A rejeição pela Câmara dos Representantes dos EUA do plano de salvamento do sistema financeiro proposto pelo governo Bush, aos candidatos à Presidência e às lideranças do Congresso ampliou muito a gravidade da crise do capitalismo. O afundamento das bolsas europeias e asiáticas acompanhando o pânico de Wall Street (o Dow Jones, num recorde histórico, caiu 6,98 %) conferiu à crise estadounidense proporções mundiais.
A um apelo desesperado da elite do poder politico os deputados da União responderam com um voto também de desespero. A recusa não foi determinada por respeito ao povo, nem sequer pelas vítimas do caos implantado no sistema bancário. Os motivos do Não dos legisladores são tão pouco éticos como os dos senhores que lhes imploravam a aprovação de 700 mil milhões de dólares destinados sobretudo a comprar à banca créditos podres, as famosas hipotecas dos subprimes.
Em vésperas de eleições para renovação dos seus mandatos, a maioria dos representantes – sobretudo os republicanos –, teme ser punida nas urnas se aprovar um plano que oferece o dinheiro dos contribuintes aos bancos responsáveis pelo desastre e ignora a situação angustiosa de 10 milhões de compatriotas em risco de perder as suas casas.
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