25 anos sem Ary
Poeta da resistência e poeta de Abril, Declamador de entre os melhores. Comunista convicto e activo.
Ary dos Santos, ou de nome completo José Carlos Ary dos Santos, morreu a 18 de Janeiro de 1984, na sua casa, na rua da Saudade, em Lisboa, quando preparava um livro autobiográfico intitulado «Estrada da Luz-Rua da Saudade» e a edição de dois livros de versos, "Trinta e Cinco Sonetos" e as "Palavras das Cantigas".
Morreu o poeta
ficou-nos a sua vasta obra para o recordar:
«A Liturgia do Sangue» 1963
«Tempo da Lenda das Amendoeiras» 1964
«Adereços, Endereços» 1965
«lnsofrimento in sofrimento» 1969
«Fotos-Grafias» 1970
«Resumo» 1972
«As Portas que Abril Abriu» 1975
«O Sangue das Palavras» 1978.
«20 Anos de Poesia» 1983
«VIII Sonetos» — dos 30 sonetos que se propunha publicar, mas que a morte não lhe permitiu que acabasse.
Autor de várias centenas letras para canções teve uma
acção preponderante na inovação da canção portuguesa.
É um dos autores presentes na Antologia da nova poesia portuguesa.
Participou como autor de textos para o teatro de revista.
Além de autor, Ary dos Santos era um dos melhores declamadores da sua própria poesia.
Editou vasta obra discográfica.
Grande conhecedor do seu povo, que amava, Ary dos Santos, para além de um grande poeta, foi um grande pedagogo da verticalidade e da dignidade humana. Através da poesia, exaltou a alegria dos portugueses, e ridicularizou os seus preconceitos e tabus que longas décadas de obscurantismo tinham incutido nas mentes. Imponente, corajoso, esmagava mas também educava quem o ouvia.
Foi um exemplo de intelectual progressista.
Aliado incondicional dos trabalhadores, escolheu o PCP para nele lutar, convicto de que o Partido que escolheu era o melhor.
Percorreu o país de Norte a Sul, em comícios, sessões de esclarecimento e festas do PCP. Está cá o Ary, ouvia-se. E cada verso era uma bandeira desfraldada, um punho que se erguia, uma esperança que renascia.
Porque se fizermos de Maio a nossa lança isto vai meus amigos, isto vai..
José Carlos Ary dos Santos, Poeta.
Poeta da Revolução.
Poeta dos trabalhadores e dos excluídos.
Poeta do amor.
POETA CASTRADO NÃO!
Recordando o que foi publicado neste blog:
Para Ver:
adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge