Falar por ordem de uma associação secreta...
(...)
A Nação tem sobre os conferentes do Casino esta admirável opinião:
Que eles iam ali falar, não por vontade sua, mas por ordem de uma associação secreta;
Que nenhum acto seu é espontâneo, mas execução de uma ordem da Internacional;
Que nada lhes pertence, em próprio, nem a acção, nem as ideias, nem o nome!
De modo que se um conferente toma à noite um sorvete no Áurea, é porque recebeu pela manhã este sinistro telegrama:
«Comité central: 7 da manhã. - Esta noite tomai sorvete botequim. Conveniente levantamento classes operárias! Em sorvete intransigentes. Viva a comuna! De morango!»
E o Sr. Antero de Quental, de ora em diante, terá de assinar assim o seu nome:
Antero (por assim dizer) de Quental (se ouso exprimir-me assim).
Ó Nação, tu és grande!
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Uma Campanha Alegre, (Volume I: Capítulo XIII: Máximas e opiniões da Nação, jornal), por Eça de Queirós
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adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge