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O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

Esta crise ou A Crise e os seus momentos

Texto de Sérgio Ribeiro

Sendo o tema «a crise», nesta sua abordagem há uma afirmação prévia a fazer: o capitalismo é um sistema em crise, porque, como sistema dinâmico inserido no processo histórico e não o fim da História, não pode deixar de ser contraditório e de criar as suas próprias contradições, tendo a raiz da sua contradição fulcral no confronto entre o desenvolvimento incessante das forças produtivas (e sua socialização) e os limites da valorização do capital, enquanto valor monetário, apropriado privadamente e cada vez mais polarizado.

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publicado às 00:13

10 comentários

Anónimo 03.04.2009

Qual o significado profundo desta verborreia?

Profecia da Desgraça, decalcomania Marxista, ou algum novo tipo de Religião.

Vai mas é trabalhar!!!
António Vilarigues 03.04.2009

Caro Anónimo,
1. O vai trabalhar é para quê?
O Sérgio Ribeiro tem 72 anos, é professor catedrático de economia, continua a exercer e a desenvolver actividade social e política.
Eu sou informático, tenho 55 anos, trabalho desde os 17 e não me lembro de lhe ter batido à porta para me pagar as contas.
2. Quanto ao conteúdo do texto ao menos lê-o? E percebeu o que lá está escrito? Ou nem por isso?...

Anónimo 13.04.2009

Caro António Vilarigues:

O "Vai mas é trabalhar", como é evidente foi só para espevitar.

A idade do autor do artigo é para quê? Para justificar o quê?

E o que quer dizer com a frase: "Quanto ao conteúdo do texto ao menos lê-o?"
Será que quer dizer "Quanto ao conteúdo do texto ao menos leu?"

E de resto "E percebeu o que lá está escrito? Ou nem por isso?..."

Passo a responder, (sem erros de português):
Li!

E por ter lido, o que tenho para lhe dizer é muito simples e cruel:
A concepção marxista da história ficou de facto parada no tempo. A Realidade trocou-lhe as voltas.
A noção de "Capitalismo" nos termos em que é apresentada neste comentário, não existe, não se aplica, e não explica os actuais sistemas económicos.
Pergunte ao seu amigo se nalgum lado da teoria Marxista se fala de relações económicas internacionais?
De facto, o que existe actualmente é algo muito diferente na concepção do capital segundo Karl Marx.
Mesmo que se assim não fosse, teríamos sempre de considerar que, de facto, não existe nem um único regime que se possa considerar marxista, a luz da pureza das concepções de Marx.
Conhece algum? Qual? A China?
E o seu amigo conhece algum?
Por isso, todo o conteúdo do artigo é teórico e não passa, como disse, duma verborreia.

O que o presente artigo demonstra é que alguém ficou estagnado no tempo e de tanto ler teorias não vislumbra que o mundo mudou e que afinal, já passámos do vinil para o DVD.
Quanto á sua pergunta: se percebi o conteúdo do que foi dito?
Recordo-me de no 2º ano de economia num Instituto que se Chamava ISE e hoje se chama ISEG, eu ter sido aluno de uma cadeira onde não se fez outra coisa senão ler o Capital, ou melhor "Das Kapital". Entende o que quero dizer?
E o Senhor, já estudou "Das Kapital"?
Dedique-se mas é à informática e não meta a foice em seara alheia.
E já agora... PUBLIQUE ISTO!
Arschloch!
António Vilarigues 13.04.2009

Caro desconhecido,
Presunção e água benta cada qual toma a que quer.
Como diria um economista espanhol meu conhecido «O problema é que Marx não se lê. Estuda-se».
Um exemplo: a sua afirmação sobre Marx e as relações económicas internacionais. Quando? Onde? Desde «O Manifesto» até à sua morte, passando por «O Capital», caro desconhecido.
Como não me apetece estrar a prolongar a resposta recomendo-lhe a leitura de dois artigos meus editados no jornal «Público»:
aqui: http://ocastendo.blogs.sapo.pt/576830.html
e
aqui: http://ocastendo.blogs.sapo.pt/28256.html
Ah, é verdade: o comentário inicial foi só para o espicaçar...
António Vilarigues 13.04.2009

Erros de português (ou de digitação do teclado):
Erro 1: nem uma coisa, nem outra. Era leu-o (a ele, ao artigo);
Erro 2: Na minha última resposta, obviamente que é «estar a prolongar» e não «estrar»

Anónimo 13.04.2009

Caro Vilarigues:

Parabéns!

Você é um perito na arte de falar sem dizer nada.
António Vilarigues 14.04.2009

Podia responder-lhe, utilizando o seu registo, que «quando o bailarino não sabe dançar diz que o chão é torto».
Mas a sua falta de argumentos é visível.
Discussão terminada.

amalmeida 15.04.2009

Não sei se o Sr. anónimo vai ler isto. Mas é para ele que escrevo.
O meu patrão sabia mais de Marxismo do que eu.Eu quase nada sei disso. Ele ensinou-me com estas regras: Eu vendia a força de trabalho (único capital que tinha) ele comprava a minha força de trabalho com o capital que ele tinha e que outros tinham ganho para ele. Ele tinha a Séde do Sindicato em S.Bento e um Departamento em Belém. A séde do meu Sindicato era na Rua dos Sapateiros.
Eu estou Reformado com uma miserável pensão. Ele dedica-se à especulação e vive numa mansão..Para dirigir a empresa havia um gestor, Um chefe de Departamento, vários chefes de secção e encarregados. Para eu viver mal tinha de produzir riqueza para toda aquela gente.. Entretanto o meu patrão dizia-me que era preciso viver a vida. Para isso ele viajava muito, (negócios, já se vê). Levava sempre uma secretária especial que a gente não conhecia. E eu lá fui aprendendo a viver à rasca porque o negócio estava mau e a qualquer momento podia encerrar
O meu ex-patrão já não viaja, já nem leva secretárias das que a gente não conhecia. Agora na sua mansão dedica-se à sua nobre família, cujos filhos viajam agora por ele. Eu passeio na Rua falando com os vizinhos e digo que a crise tem a cara do meu patrão e que em Portugal começou com aquela coisa do "Menos Estado, Melhor Estado" e foi aí que eu percebi que menos estado era menos médicos, menos professores, menos escolas, menos agentes de segurança, menos enfermeiros por aí fora.
E foi aí que eu também percebi que o menos Estado era menos hospitais, menos creches, menos maternidades, menos transportes públicos, mais portagens nas estradas e mais empresas a fecharem.
Será isto Marxismo? Não sei. Mas sei que isto é Verdade.
Zé da Serra
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Anónimo 18.04.2009

Percebo perfeitamente o que quer dizer.

O que me parece que "Menos Estado, Melhor Estado" tem vindo a ser é Economicismo, Desrespeito, Desigualdade, Incapacidade e Arrogãncia.

Mas acredito criação de riqueza pode ser Justa e Equilibrada e existem exemplos disso.

As sociedades actuais não têm que caminhar necessáriamente para o capitalismo selvagem.

A correcção e o amor ao próximo não têm filiação partidária.

O que lhe posso dizer, para melhor lhe fazer sentir o que penso é o seguinte:

Os meus pais foram emigrantes e passei um terço da minha vida na Alemanha onde fui educado.

Se a Alemanha é capitalismo, Portugal é um país onde a ganância se fosse um Partido, tinha maioria absoluta.
E lá onde estive, esse mesmo Partido não ganharia as eleições.
Lá o respeito e o civismo imperam, embora excepções existam em toda a parte.

Se é capitalismo não sei, mas civismo isso sei que é.

Cumprimentos,
Anónimo.
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