Uns trabalham, outros nem por isso…
A CDU apresenta-se às próximas eleições para o Parlamento Europeu (PE) com a consciência e a tranquilidade de quem tem um valioso trabalho e uma dedicada intervenção ao serviço de Portugal e dos portugueses.
Durante estes quase cinco anos, Ilda Figueiredo, Sérgio Ribeiro e Pedro Guerreiro que o substituiu, desenvolveram uma intensa actividade. Fosse nas comissões e delegações parlamentares de que são membros, fosse no plenário. A demonstrá-lo as cerca de 1400 intervenções, mais de 70 propostas de resolução, 29 relatórios e pareceres. Ou, ainda, as mais de 700 perguntas à Comissão Europeia e Conselho.
No quadro, pode ver-se que a CDU, com apenas dois deputados, fez mais intervenções no plenário do PE que o PSD com sete. E teria feito mais que o PS se não contassem como intervenções as vezes que os seus vice-presidentes falaram na condução das sessões. E fez quase sete vezes mais perguntas que o PSD e mais que o PS:
Mas para que a comparação seja directamente possível, há que dividir as diferentes «prestações» pelos mandatos obtidos. Donde resulta o quadro por mandatos, em que a vantagem dos que estiveram e estão no PE eleitos nas listas da CDU é absolutamente esmagadora:
Para esta actividade intensa e diversificada, contribuiu a ligação permanente aos problemas e aspirações dos trabalhadores e das populações e à realidade do País. Foram realizadas mais de 500 visitas. Dezenas de encontros e de reuniões. Os dois deputados da CDU participaram em debates e colóquios sobre os mais variados temas, do Algarve a Trás-os-Montes, do interior ao litoral e às Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira. Estiveram por diversas vezes no distrito de Viseu.
Foi e é um trabalho ímpar, útil para o País, para os trabalhadores, para a generalidade dos portugueses. Uma valiosa intervenção ao serviço de Portugal, dos direitos dos trabalhadores e dos Portugueses. Dizem-no mesmo vários sectores que têm opiniões políticas diferentes da CDU.
Uma prova muito concreta de que o PCP e a CDU no Parlamento Europeu é de facto a voz da luta dos trabalhadores e do povo português nas instituições europeias. Cinco anos de uma intervenção que marca a diferença. Pela inabalável postura de defesa dos interesses de Portugal, do seu aparelho produtivo e da soberania nacional. E pela coerência na luta por uma outra Europa de paz e cooperação entre os povos.
Foi, de facto, um mandato de trabalho sério e empenhado. Por isso é com orgulho no trabalho realizado, com convicção na justeza das posições assumidas, que a CDU se apresenta às próximas eleições para o PE. CDU que cada vez mais importa afirmar como uma grande força de esquerda, como amplo espaço de convergência democrática. A única força cujo reforço eleitoral aproximará a possibilidade real da ruptura com 33 anos de políticas de direita e de alternância sem alternativa.
Especialista em Sistemas de Comunicação e Informação
In "Jornal do Centro" - Edição de 3 de Abril de 2009