Mário Soares e a sua empatia por Frank Carlucci
Com exemplos concretos da pequena história do período revolucionário, Mário Soares voltou a demonstrar a sua empatia por Frank Carlucci, que no Outono de 1974 chegou a Portugal como embaixador dos EUA.
«Um tipo pequenino, vivo. Um típico mafioso italiano!», contou, recordando o momento em que se conheceram.
DN Online: Frank Carlucci parecia "um típico mafioso italiano"
During the turbulent years after its 1974 revolution, U.S. Ambassador Frank Carlucci and Portuguese Prime Minister Mario Soares spent countless hours advancing the cause of democracy and human rights for the people of, often meeting in “the Crow’s Nest,” a room at the very top of the Ambassador’s official residence in Lisbon.
[Durante os anos turbulentos depois da revolução de 1974 o Embaixador dos EUA Frank Carlucci e o Primeiro Ministro Mário Soares gastaram horas sem conta a tratar da causa da democracia e dos direitos humanos para o povo numa pequena sala, conhecida como "o ninho do corvo", situada mesmo no cimo da residência oficial do Embaixador em Lisboa.]
U.S. Ambassador Thomas Stephenson, An American's Perspective on Portugal Day
A propósito do assassinato de Lumumba é ver este vídeo a partir dos 6m e 20s:
CIA - Ajax (Iran-Mossadegh) / Guatemala / Congo Lumumba
Serviu o Departamento de Estado de 1957 a 1969, sempre em situações controversas. África do Sul, Congo (golpe de estado), Zanzibar (golpe de estado) e Brasil (golpe de estado) foram os seus destinos.
De 1969 a 1975 andou pela área económica e social das Administrações de Nixon e Ford.
O Departamento de Estado chama-o expressamente para mais uma situação complexa, como embaixador em Portugal de 1975 a 1978. A sua «actuação» no nosso país valeu-lhe sair directamente para vice-director da CIA onde permaneceu até 1981. No que constituiu, sublinhe-se, um «movimento diplomático» inédito. Antes e depois.
Seguiu-se o Departamento de Defesa, onde foi adjunto do Secretário de Defesa Caspar Weinberger até 1983.
Saída para os negócios privados para regressar em 1986 para a Casa Branca como Conselheiro Nacional de Segurança e em 1987 como Secretário de Defesa de Reagan.
Desde que abandonou o Pentágono em 1989 Frank Carlucci enveredou pelos negócios privados. Permaneceu no grupo Carlyle, onde chegou a Presidente, até 2005.
Tem interesses económicos nas seguintes empresas: General Dynamics, Westinghouse, Ashland Oil, Neurogen, CB Commercial Real Estate, Nortel, BDM International, Quaker Oats e Kaman.