Honduras: Eleições golpistas
Allan McDonald, Rebelión de 6 de Dezembro
Nas Honduras, o país onde o seu legítimo presidente está há mais de dois meses confinado às instalações da embaixada do Brasil; onde os golpistas rasgam acordos com a conivência da chamada «comunidade internacional»; onde se perseguem e matam aqueles que prosseguem a luta pela liberdade e a democracia; onde manifestações populares são reprimidas violentamente, aconteceu algo a que alguns se atreveram a chamar «eleições». Uma farsa em tudo similar a outras já por nós referidas noutros artigos do Avante! e que invariavelmente têm sempre o mesmo objectivo: tentar legitimar um crime, branquear os criminosos e dominar um povo, seja nas Honduras, seja no Afeganistão.
Se dúvidas houvesse sobre o que está em causa nas Honduras agora tudo está muito claro. As negociações e acordos – desde São José até ao recente «acordo» de Tegucigalpa rasgado pela clique de Michelleti – não passaram de manobras de diversão de uma estratégia conjunta dos golpistas e do imperialismo para ganhar tempo, tentar «anestesiar» a resistência popular ao golpe de Estado e «legitimá-lo».
«Las elecciones se están realizando de manera normal y tranquila, afirmó el embajador de Estados Unidos en Honduras Hugo Llorens luego de visitar varios centros de votación ubicados en esta capital.»
Hugo Llorens, o «tremendo embaixador»...
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adaptado de um e-mail enviado pelo Jorge