2010: Mais um ano de luta intensa dos trabalhadores Portugueses - Abril
O André Levy da «Jangada de Pedra» continua a fazer o levantamento das lutas dos trabalhadores em Portugal.
São muitas as lutas, mas escassa a sua cobertura mediática. Com algumas excepções, as lutas dos trabalhadores e populações recebem pouca atenção, ou atenção pouco esclarecedora. Felizmente, há um local onde há acesso garantido a notícias sobre as lutas dos trabalhadores portugueses: o jornal , o orgão central do Partido Comunista Português. Muita da informação abaixo foi recolhida das páginas do
e do sitio da CGTP-IN. (Ver lutas de 2006, 2007, Janeiro a Abril de 2008, Maio a Dezembro de 2008, Janeiro a Agosto de 2009, Setembro a Dezembro de 2009).
Aqui fica, mês a mês, a lista de Janeiro a Abril de 2010.
ABRIL/2010
Greve dos trabalhadores dos HÓTEIS TIVOLI Lisboa, Jardim, Seteais e Sintra (3/4), em luta pelo facto de a Administração ter assumido uma atitude prepotente, pondo em causa os direitos dos trabalhadores e a recusa da actualização dos salários.
Greve dos Trabalhadores do MUNICIPIO DE LISBOA (5-7/4) incluindo os serviços de Higiene e Limpeza Urbana, em luta pela actualização do suplemento de risco, cujo valor não é alterado desde 2003, inclusive. Esta greve, convocada pelo STML e pelo STAL, visa a actualização do valor do suplemento de insalubridade, penosidade e risco, que justamente foi atribuído em 1987 aos trabalhadores que, no exercício diário das suas funções, ficam expostos aos mais variados riscos e condições de trabalho que colocam em causa a sua saúde e a sua integridade física, mas que há oito anos não é actualizado pela Câmara Municipal de Lisboa.
Concentrações Distritais dos trabalhadores da FRENTE COMUM (12-20/4), em Aveiro, Coimbra, Guarda, Vila Real, Bragança, Viseu, Braga, Viana do Castelo, Beja, Évora, Portalegre, Setúbal, Castelo Branco, Faro, Leiria, Santarém, Lisboa e Porto.
Greve dos Trabalhadores dos TST - Transportes Sul do Tejo (14/4).
Concentrações de professores contra os efeitos da avaliação nos concursos (19-20/4). Em Lisboa, Porto, Coimbra, Évora e Faro junto às Direcções Regionais de Educação (DREs).
Greve dos trabalhadores da GALP ENERGIA (19-21/4), pelo aumento real do poder de compra dos salários; Uma justa distribuição de lucros aos trabalhadores, como compensação pela enorme riqueza produzida em 2009 (mais de 213 milhões de lucros); A resolução de outros problemas socio-profissionais e a melhoria das condições de trabalho.
Concentração dos trabalhadores de empresas do Grupo Águas de Portugal (Epal, Valorsul, Amarsul e Simtejo) (22/4) frente à sede do grupo AdP, em Lisboa, exigindo da administração aumentos salariais justos em 2010.
Greves nos dos CTT (26-30/4), em dezenas de Centros de Distribuiçao Postal (CDP's) em todo o País, pela manutenção da remuneração mensal.
Greve no SECTOR DE TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES (27/4): CTT'S, TST - Transportes Sul do Tejo, Sector TRANSPORTES PESADOS PASSAGEIROS, RODOVIÁRIA BEIRA LITORAL, RODOVIÁRIA D'ENTRE DOURO E MINHO, CARRIS, CP, REFER, CP CARGA, EMEF, FERTAGUS, METRO MIRANDELA, STCP, SOFLUSA, TRANSTEJO, e ATLANTIC FERRIES. As razões que estão na origem destas greves convergentesl, prendem-se com 3 aspectos que são comuns a todos os trabalhadores abrangidos pelos pré-avisos.
- Congelamento salarial nas empresas públicas política que está a ser seguida também pelo patronato no sector privado.
- Bloqueamento generalizado da contratação colectiva no sector público e sector privado, onde todos os processos estão a ser encerrados pelas Associações Patronais e Administrações das Empresas, sem existirem negociações sobre as propostas sindicais apresentadas.
- Privatizações nos sectores de transportes e comunicações, transformando em negocio privado a prestação de serviços públicos às populações, assim como a retirada ao Estado de importantes instrumentos que visam assegurar o direito à mobilidade dos cidadãos e o próprio desenvolvimento do País.
Greve parcial, nas primeiras quatro horas de cada turno, dos trabalhadores da KEMET ELECTRONICS 29-30/4), para exigir aumentos salariais e a atribuição de 22 dias úteis de férias. Concentrações junto ao Governo Civil de Évora, Câmara Municipal e Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT).
In blog "Jangada de Pedra"
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