É nesta nova localização e num espaço remodelado e ampliado que a Festa do «Avante!» pretende, com a habitual e valiosa colaboração de várias instituições científicas, levar até aos visitantes uma experiência única onde a ciência está ao alcance de todos.
Na exposição parte-se dos 40 anos da Constituição da República Portuguesa, e do que ela consagra de democratização do ensino e da cultura e de estímulo à investigação científica, para se abordar os acontecimentos e descobertas protagonizados por cientistas portugueses ao longo destas quatro décadas, só possíveis graças à conquista da liberdade e da democracia.
Ao longo da exposição, de forma cronológica, serão apresentados os principais avanços e descobertas científicas que contribuíram de forma decisiva para a sociedade portuguesa e para o reconhecimento de cientistas portugueses tanto no País como no estrangeiro. Dissecadas serão, também, as políticas públicas relativas à ciência, relativamente ao investimento e financiamento, aos recursos humanos, à difusão da cultura científica. Nesta última questão assumem particular importância os Centros de Ciência Viva (cujos resultados de 20 anos de existência serão analisados na mostra), enquanto que as restantes matérias serão alvo de avaliações qualitativas e quantitativas.
Os anos europeus ou internacionais dedicados às várias áreas da ciência, as políticas públicas para a ciência e o contributo da Festa do Avante! para a divulgação da ciência serão alguns dos temas tratados na exposição, que também sublinhará as posições e propostas do PCP relativamente a todas e estas questões.
A ciência nas artes e letras e o habitual e muito procurado módulo de «Curiosidades» voltarão a estar presentes no espaço.
Para além da exposição, o Espaço Ciência possibilita aos visitantes de todas as idades realizar experiências e observar demonstrações sobre várias disciplinas da Ciência e suas implicações no dia-a-dia. As crianças têm um local próprio, onde podem aprender, pintar e brincar. O Centro de Ciência Viva de Constância e o Núcleo de Física do Instituto Superior Técnico são parceiros nesta edição.
Nos 40 anos da Festa do «Avante!» e com a aquisição da Quinta do Cabo, também o Desporto ganha mais espaço, com uma programação especial e diversificada, como já nos habituaram, que vai proporcionar momentos de grande emoção, mas também de convívio e amizade.
Aqui não existem segredos, mas sim uma parceria que, de ano para ano, cresce e se fortalece mais e mais, tornando-se inquebrável e um exemplo do que de melhor e mais bonito se faz no País e no mundo. Nela estão envolvidas mais de 300 colectividades e associações desportivas que trabalham, lado a lado, com a Comissão Nacional de Desporto da Festa.
Este ano são esperados mais de 15 mil atletas, que vão participar em 32 provas desportivas e exibições. Ao mesmo tempo, são cada vez mais os visitantes que não se limitam apenas a assistir, aceitando o convite que lhes é dirigido para participar nas várias modalidades presentes, como acontece nos desportos radicais, com o slide e a parede de escalar, mas também, entre muitas outras, no boxe, nos matraquilhos, nos saraus de ginástica e de artes marciais, nos jogos tradicionais, nas danças de salão.
No domingo, têm lugar a Corrida e a Caminhada da Festa, provas que tem registado, todos os anos, milhares de inscrições, ultrapassando todas as expectativas. Este é, portanto, mais um «palco» do «Avante!», que acolherá grandes espectáculos, para todos os gostos, onde a competição não tem lugar, antes a alegria e a camaradagem.
O tema da edição deste ano do Espaço Internacional é «Festa do Avante! – 40 anos de solidariedade internacionalista».
À semelhança de anos anteriores, o Espaço Internacional terá uma exposição política cujo tema será a «Festa do Avante! – Festa da Solidariedade na luta por um mundo melhor, pela democracia e o socialismo!». Nela evocaremos a solidariedade das 40 edições da Festa, focando-nos em desenvolvimentos de grande simbolismo histórico-político e simultaneamente em lutas que continuam a marcar os nossos dias, nos sucessos da solidariedade e nos que, não tendo tido ainda o desfecho pelo qual lutamos, continuam a merecer o nosso abnegado empenho solidário.
Este ano, vamos ter mais espaço para mais solidariedade. O Espaço Internacional conta com uma área aumentada para o convívio e o conhecimento mútuo entre visitantes e os partidos que nos visitam e participam na festa. O Palco Solidariedade ocupará o espaço onde antes se localizava o Avanteatro e no lugar tradicionalmente ocupado pelo palco os visitantes encontrarão o Espaço de Debates, uma das maiores novidades do Espaço Internacional deste ano, no qual serão debatidas questões internacionais que marcam a actualidade. Serão ainda realizadas iniciativas político-culturais de solidariedade com vários povos em luta, que marcarão não apenas o este espaço mas também o programa de várias organizações regionais.
O Espaço Internacional continuará a ter no Palco Solidariedade um espaço onde a música e a cultura de vários povos terá o seu devido destaque. O colorido da diversidade de organizações revolucionárias e progressistas de todo o mundo que participam na nossa Festa com o seu stand será este ano reforçado, valorizando ainda mais a sua dimensão internacionalista.
O Mundo na Festa
No Espaço Internacional da Festa do «Avante!» convivem partidos e organizações que, com as suas especificidades e objectivos, lutam pela paz, a soberania, a democracia e o socialismo. Nos vários pavilhões, bares e restaurantes, será possível uma vez mais saber por que lutam, o que defendem e que problemas se batem por superar os partidos comunistas e operários e organizações progressistas presentes e, ao mesmo tempo, provar os sabores típicos e adquirir artesanato dos seus países.
Serão estes os partidos e organizações representados no Espaço Internacional da Festa do «Avante!»: Partido Comunista Alemão; A Esquerda (Alemanha); MPLA (Angola); Partido do Trabalho da Bélgica; Partido Comunista do Brasil; Partido dos Trabalhadores (Brasil); PAICV (Cabo Verde); Partido Comunista da China; Partido Progressista dos Trabalhadores/AKEL (Chipre); Partido Comunista do Chile; Partido Comunista Colombiano; Marcha Patriótica (Colômbia); Partido Comunista de Cuba; Partido Comunista de Espanha; Comunistas da Catalunha; Bloco Nacionalista Galego; Partido Comunista Francês; Partido Comunista Britânico; Partido Comunista da Grécia; Convergência (Guatemala); PAIGC (Guiné-Bissau); Partido do Povo do Irão; Partido da Refundação Comunista (Itália); Partido Comunista Italiano; Frelimo (Moçambique); Organização de Libertação da Palestina; Frente Popular para a Libertação da Palestina; Partido Comunista Peruano; Frente Polisário (Saara Ocidental); Partido Comunista, Turquia.
Acompanhando as profundas alterações verificadas na edição deste ano da Festa do «Avante!» também há novidades ao nível dos acessos, transportes, parques de estacionamento e acampamento. Tudo para que a Festa seja cada vez melhor.
Solistas: Ana Paula Russo – Soprano, Cátia Moreso – Meio-Soprano, Marco Alves dos Santos – Tenor, Jorge Carvalho Alves – Tenor, José Corvelo – Barítono, Filipe Melo – Piano e órgão Hammond, António Rosado – Piano
Quem, todos os anos, decide reservar o primeiro fim de semana de Setembro para, depois de um merecido retempero de férias, preparar o regresso à dureza, à intensidade ou à concentração da labuta quotidiana, já sabe que a ida e a frequência quotidiana da Festa do “Avante!” é a melhor forma de reencontrar velhos amigos, conhecer novos camaradas, conviver humanamente da forma mais sã e democrática e intervir na discussão política sobre diversas e candentes questões da actualidade nacional e internacional, sem deixar de fruir e participar, naturalmente, de uma das características mais fascinantes e inigualáveis de uma manifestação de massas como esta: a possibilidade de assistir a uma multiplicidade de espectáculos em todos os domínios da Arte e da Cultura popular e erudita.
E é fora de dúvida que, logo a abertura da Festa, na 6ª feira à noite, no Palco 25 de Abril, se transformou de há muitos anos para cá numa manifestação cultural verdadeiramente única, sem par no nosso país, pela oportunidade aberta a milhares de visitantes de entrar em contacto, quantas vezes na sua primeira oportunidade e com a formalidade descontraída e sempre composta que nos caracteriza, com a Grande Música, seja ela clássica ou contemporânea, do género operístico ou sinfónico, para volumosas massas orquestrais, pequenos e grandes coros, e solistas dos mais consagrados ou em começo de promissoras carreiras.
Se é certo que este ano se comemora o 40º. aniversário da própria Festa, não poderia ser de forma diversa concebido o seu concerto de abertura e, neste sentido, o seu repertório, escolhido de forma muito aberta, deveria preferencialmente abarcar géneros muito diversificados, dando atenção particular aos vários tipos de público que preenche, até às alamedas laterais, o recinto central em frente do Palco 25 de Abril.
Por maioria de razões foi, sobretudo, à música festiva ou à música da exaltação da grandeza do Homem, no seu percurso contra a opressão, pelos direitos cívicos, pela Liberdade e pela Democracia que atribuímos a nossa principal atenção, seja ela música programática no sentido mais profundo do termo, seja ela pura música de regozijo e circunstância.
Neste sentido, a conjugação da leveza orquestral de um Bizet com o poder vigoroso de um Beethoven, das características claramente nacionais de um Shostakovitch ou de um Glinka com a forte personalidade e identidade dos “espirituais negros”, dos ecos sempre inspiradores da Revolução Francesa com a ressonância heróica das canções de Lopes-Graça ou da força agregadora de Ortega, vão de par com uma atmosfera geral de celebração e, ao mesmo, de um emocionante, consciente e invejável espírito comemorativo, susceptível de se transferir, no dia seguinte, para a nossas próprias vidas e de nos transmitir renovadas forças e coragem na prossecução dos passos necessários para transformar em certezas os ainda insuficientes sinais de mudança e de esperança que este ano nos trouxe.
Fosse a Festa do «Avante!» um qualquer «festival de Verão» e quando já são conhecidos os artistas e grupos que actuarão nos palcos principais pouco mais haveria a dizer sobre essa iniciativa.
Mas a Festa é muito mais do que isso e por mais palavras que escrevamos sobre ela o essencial ficará sempre por dizer:
a abnegação dos que a constroem e a fazem funcionar;
a alegria que emana de todos os seus espaços;
a confiança que transborda das suas múltiplas iniciativas políticas;
as amizades que aí se forjam e reforçam;
a empatia que rapidamente se estabelece entre os visitantes, entre estes e os que asseguram os diversos serviços, entre os artistas e o público...
Passadas mais de 24h, ainda é difícil pensar em algo para vos escrever…
Quando comecei a fazer judo, não tinha muita noção de nada. Do quanto teria de treinar, do quão longe podia chegar. Depois começou a crescer em mim uma paixão enorme por este desporto, a competitividade, que sempre tive, fazia o meu coração bater cada vez mais forte, fazia a vontade de ganhar ser cada vez maior. Naturalmente começou a fazer parte do meu ADN, o orgulho em representar o meu país, o nosso país, Portugal.
12 anos depois dos meus primeiros Jogos Olímpicos, 11 medalhas em Europeus e 5 em mundiais, depois, o sonho tornou-se realidade.
Eu tive receio, tive dúvidas, não sabia o que ia acontecer. Terminar a carreira sem a “tal” medalha, era uma possibilidade. O que não era uma possibilidade era desistir de trabalhar para que ela fosse uma realidade.
Trabalhei, não desisti, acreditei, tive receio, fui com receio mesmo, fui também com coragem. Consegui. Primeira medalha olímpica do judo feminino português. História pelo meu país. O meu país… isso era o mais importante de tudo. Não era eu, éramos nós, ali, naquele tapete da Arena Carioca 2.
O que é que eu sinto?
Alegria que não cabe. Se eu consegui, TU também consegues. Não desistam de lutar por aquilo em que acreditam.
Obrigada do fundo do coração a todos os que trabalharam comigo para esta conquista e obrigada pelo carinho de todos. Valeu a pena lutar. Valerá sempre.
Telma Monteiro, no final da conquista da medalha de Bronze, explicou o que sentia ao conseguir este feito inédito.
«Se tinha sido paciente para esperar, hoje tinha de ser o meu dia. Foi um dia de total de superação e não pensei nos outros Jogos Olímpicos anteriores para que não fossem um fantasma», afirmou.
A judoca não escondeu a emoção por ter conseguido a primeira medalha de Portugal no Rio’2016: «Lutei com tudo o que tinha. Os combates foram difíceis, mas estava aqui para fazer história pelo meu País. Dedico a vitória à minha família, ao meu Clube e ao meu treinador».
A judoca defrontou e venceu a neozelandesa Darcina Manuel, 25.ª do ranking mundial, na segunda ronda da categoria -57 kg. Isto porque na primeira ronda, da qual Telma Monteiro ficou isenta, a neozelandesa venceu a russa Irina Zabludina, 23.ª da hierarquia.
Nos quartos de final - no combate com Sumiya Dorjsuren, da Mongólia, líder mundial da categoria - Telma Monteiro foi eliminada por passividade no Golden Score. A atleta do SL Benfica pode agora ainda ser repescada e lutar pela medalha de Bronze.
No combate de acesso à luta pela medalha de Bronze, Telma Monteiro enfrentou a francesa Automne Pavia. No sétimo encontro entre as duas, a judoca do Sport Lisboa e Benfica venceu por ippon.
Parabéns à Telma Monteiro e ao seu clube, o SL Benfica
Recorde-se que Telma Monteiro, de 30 anos, conquistou ainda, em campeonatos da Europa, cinco medalhas de ouro alcançados em Baku (2015) Chelyabinsk (2012), Tbilissi (2009), Belgrado (2007), Tampere (2006) (estas duas últimas na categoria de -52 kg), uma medalha de prata no currículo (Istambul em 2011) e cinco de bronze (Montpellier - 2014, Budapeste - 2013, Viena-2010, Roterdão-2005 e Bucareste-2004).
No seu palmarés, incluem-se ainda três medalhas de prata (vice-campeã) nos Mundiais de 2007 (Rio de Janeiro) na categoria de -52Kg, 2009 (Roterdão) e 2010 (Tóquio) na categoria de -57Kg, uma de bronze no Mundial de 2005 (Cairo).
Conheçam um a um os atletas do Projeto Olímpico do Spot Lisboa e Benfica que vão marcar presença nos Jogos Olímpicos de 2016, no Brasil, Rio de Janeiro, sob o lema «Um Mundo Novo».
A cerimónia de abertura será no dia 5 de agosto, no Estádio do Maracanã, com a de encerramento a ter o mesmo palco, no dia 21 do referido mês.
Serão mais de 200 os países membros do Comité Olímpico Internacional (COI) esperados para competir nas Olimpíadas onde estarão em disputa um total de 28 Modalidades.
Portugal apresentará uma das suas maiores delegação de sempre, com mais de 90 atletas.
O Sport Lisboa e Benfica tem vindo a apostar paulatinamente no seu Projeto Olímpico e serão 22 atletas (21 a competirem pelo Comité Olímpico de Portugal e um a competir pelo Comité Olímpico do Brasil) que este ano marcarão presença no Rio 2016 nas modalidades de Atletismo, Canoagem, Judo e Triatlo.