Fosse a Festa do «Avante!» um qualquer «festival de Verão» e quando já são conhecidos os artistas e grupos que actuarão nos palcos principais pouco mais haveria a dizer sobre essa iniciativa.
Mas a Festa é muito mais do que isso e por mais palavras que escrevamos sobre ela o essencial ficará sempre por dizer:
a abnegação dos que a constroem e a fazem funcionar;
a alegria que emana de todos os seus espaços;
a confiança que transborda das suas múltiplas iniciativas políticas;
as amizades que aí se forjam e reforçam;
a empatia que rapidamente se estabelece entre os visitantes, entre estes e os que asseguram os diversos serviços, entre os artistas e o público...
Apresentamos os aspectos centrais do Programa da 40ª Festa do «Avante!»» a que a edição do Jornal «Avante!», de hoje, dá particular destaque com a saída de dois suplementos a ela inteiramente dedicados.
Trata-se da 40ª Festa do «Avante!», que se realiza nos dias 2, 3 e 4 de Setembro na Atalaia, Amora, Seixal, 40 anos depois de em 1976 na FIL se ter iniciado este percurso de uma Festa única, aberta a todos, onde a música, a arte e a cultura são presença constante, uma Festa do trabalho e da militância tornada possível com a conquista da Democracia e da Liberdade.
Este ano a Festa fica indelevelmente marcada pela incorporação no seu espaço da Quinta do Cabo, adquirida com o objectivo de vencer constrangimentos, de alargar e valorizar a Festa.
«Novas forças que vieram reforçar a Juventude CDU, tomando como sua a luta diária pelos direitos da juventude.
É com todos eles e com os milhares que se irão juntar a nós que derrotaremos a política de direita, venha ela de onde vier.
“Que seja agora, queremos o que é nosso!” Queremos o que é nosso por direito e não abdicaremos de nada!
Camaradas, sabemos bem o que PS,PSD e CDS nos têm para oferecer:
Trabalho precário, exploração, desemprego, emigração forçada, falta de condições nas escolas e propinas.
Basta! Queremos a educação, queremos o trabalho, a saúde, o desporto, a cultura. Queremos e temos direito a ser felizes no nosso país!
E é com enorme confiança que aqui estamos! Confiança que vem da luta que milhares de estudantes do ensino básico e secundário e superior levam por diante pela educação pública, gratuita e de qualidade. Confiança na luta que os jovens trabalhadores travam pelo trabalho com direitos.
Confiança na juventude e na sua luta que levou milhares de jovens a participar na marcha “A força do povo”.
Não arredamos pé por mais que sejam as mentiras, as ilusões, a demagogia! Queremos saber do nosso presente, queremos saber do nosso futuro, queremos comandar as nossas vidas e lutamos.
Dia 4 de Outubro, lá estaremos a levar a luta até ao voto, pelos nossos direitos! Não temos medo, nem receio porque todos os dias estamos nas escolas e nos locais de trabalho, haja ou não eleições.
Vamos sair deste combate eleitoral, com um grande resultado, com mais força, com mais braços para no dia 5 de Outubro continuarmos na rua a lutar e a construir o Portugal de Abril.»
«Cá estamos de novo na Festa do Avante! Esta Festa, que apesar da situação difícil que os trabalhadores e o povo continuam a viver, apesar dos efeitos desastrosos de anos e anos de política de direita, apesar da agressividade do imperialismo contra a soberania dos povos, de ano para ano se continua a afirmar, e este ano com mais força, a festa dos trabalhadores e do povo, a festa da juventude, a festa dos comunistas, a festa dos democratas e patriotas, a festa das forças que lutam contra o imperialismo, contra a exploração e a guerra, por um mundo de desenvolvimento soberano, de justiça, progresso social e de paz.
Esta é a Festa de Abril que quer que Abril se cumpra. Festa do Avante! que se orgulha de ser o órgão central do Partido que se assume como o partido do proletariado, o partido da classe operária e de todos os trabalhadores portugueses.
Um Partido que trava hoje um duro combate pela ruptura com a política de direita e por uma política patriótica e de esquerda componente indissociável da luta por uma democracia avançada inspirada nos valores de Abril, da luta pelo socialismo e o comunismo.»
«Mas se PSD e CDS passaram a esconder que o seu verdadeiro programa está vinculado às orientações do grande capital nacional e transnacional, o PS segue o mesmo caminho.
Por trás da muita propaganda, o que PS, PSD e CDS preparam após as eleições, caso venham a ter votos para isso, são medidas de aprofundamento da exploração, de desvalorização dos salários e de aumento da precariedade, de amputação da segurança social, ataque às pensões de reforma e aos reformados, ao Serviço Nacional de Saúde, à Escola Pública, à Cultura, ao Poder Local democrático, ao regime democrático e à soberania nacional.
É este o seu verdadeiro programa.
(...)
Em 4 de Outubro, duas opções estão colocadas ao povo português:
Dar o seu apoio e o seu voto à CDU e assim contribuir para romper com as políticas de desastre que tantas privações lhe trouxeram e condenar os responsáveis ou, pelo contrário, votar nos partidos do arco da política de direita e permitir que, por mais anos, prossiga a exploração, o empobrecimento, a submissão do país.
Apoiar e dar força à política patriótica e de esquerda que a CDU propõe ou deixar as mãos livres a PS, PSD e CDS para que estes prolonguem e intensifiquem a política que tem conduzido à ruína do País.
Para a CDU não há hesitação. A CDU está e estará, sempre ao lado dos trabalhadores e do povo, pronta para assumir todas as responsabilidade que o povo português lhe queira atribuir no governo do País, portadora de uma política patriótica e de esquerda capaz de dar solução aos problemas nacionais.
Como a grande força da soberania e da independência nacionais, a grande força da unidade e convergência democráticas a grande força da verdade e da seriedade politicas, que assume e apresenta um percurso de verdade, de reconhecido respeito pela palavra dada, a que a vida deu e dá razão; a grande força do combate à politica de direita, que marcou presença em todos os momentos e locais em que foi preciso afirmar direitos, combater injustiças, defender emprego, horários e salários; a grande força da política alternativa, patriótica e de esquerda, vinculada aos valores de Abril!
Em 4 de Outubro com todo o rigor se pode afirmar que o voto na CDU é o voto na verdade, no trabalho, na honestidade e na competência.»
«E por isso nestas eleições há uma escolha entre 2 caminhos!
Ou o prosseguimento do trajecto ruinoso seguido por PS, PSD e CDS ou um caminho novo, com o reforço da CDU para construir e realizar uma política patriótica e de esquerda alargando a convergência com democratas e patriotas alicerçada numa profunda convicção que Portugal tem futuro!
Aos que nos questionam sobre o valor do voto na CDU nós afirmamos que, na eleição de 230 deputados – porque é para isso, para eleger 230 deputados e não para eleger um Primeiro-Ministro -, cada voto, cada deputado mais na CDU é um voto e um deputado a menos nos partidos responsáveis por esta situação, cada voto e deputado mais na CDU é a garantia de que será usado não só no combate contra a política de exploração e empobrecimento mas também na proposta e na convergência para uma política patriótica e de esquerda.
Assumindo um compromisso inquebrável: cada voto na CDU será sempre respeitado, com uma política de verdade, fazendo o que dizemos e dizendo o que fazemos, tendo sempre como referência ética de que usaremos esse mandato para servir os interesses dos trabalhadores e do povo português e não para nos servirmos a nós próprios! Também aqui a prática é o grande critério da verdade.»