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O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

Dados sobre a situação das mulheres no mundo

Em todo o mundo são mais de 1000 milhões os trabalhadores pobres (recebem menos de dois dólares por dia), representando 40,5 por cento do emprego total (OIT, 2009);

Cerca de 70 por cento dos pobres de todo o mundo são mulheres (UNIFEM, 2008);

Apenas 18 por cento das mulheres trabalham na indústria (26,6 por cento de homens), contra 46,3 por cento nos serviços (41,2 por cento de homens) e 35,4 na agricultura (32,2 por cento de homens) (OIT, 2009);

Na Zona Euro a taxa de desemprego das mulheres aumentou de 8,5 por cento para 10 por cento (Outubro de 08/09). A dos homens aumentou de 7,3 por cento para 9,7 por cento (Eurostat, 2009);

Persistem as diferenças salariais entre homens e mulheres na UE: as mulheres ganham, por hora, menos 17,4 por cento do que os homens (UE, 2007);

Em África, cerca de 91,5 milhões de mulheres e raparigas com mais de 9 anos sofrem as consequências físicas e psicológicas da mutilação genital. Mais de 130 milhões de raparigas e mulheres que sobrevivem sofrem sequelas irremediáveis (UNIFEM, 2008);

Cerca de 70 por cento das mulheres em todo o mundo sofrem violência física ou sexual, dos maridos, companheiros ou de alguém que conhecem, qualquer que seja o local, em casa ou no trabalho, nas ruas ou nas escolas, em tempos de paz e em tempos de guerra (ONU, 2009);

Em cada ano ocorrem nos países em desenvolvimento mais de quatro milhões de mortes maternas e de recém-nascidos, devido à falta de cuidados de saúde básica e de planeamento familiar (ONU, 2009);

Cerca de quatro milhões de pessoas são traficadas por ano, a maioria das vítimas são mulheres (UNIFEM, 2008);

Os recentes conflitos armados matam mais civis que militares. Cerca de 70 por cento das mortes são de não combatentes, a maioria mulheres e crianças (UNIFEM, 2008);

Em muitas sociedades, as mulheres são vítimas de violação. As que se suspeitam terem relações sexuais pré-matrimoniais, ou que são acusadas de adultério, são assassinadas pelos familiares porque a violação da castidade da mulher é entendida como uma afronta à honra familiar. Estima-se que, todos os anos, são assassinadas mais de cinco mil mulheres (UNIFEM, 2008);

Em todo o mundo as raparigas representam 57 por cento das crianças que não estão na escola (UNESCO, 2008);

A cada minuto, mais de 30 mulheres ficam gravemente feridas ou incapacitadas no trabalho. Por cada mulher que morre com complicações de gravidez, entre 30 e 100 conseguem viver mas com consequências dolorosas e penosas. Contudo, ninguém reconhece as 15 a 50 milhões de mulheres afectadas (Banco Mundial, 2009);

Prevê-se um forte crescimento do emprego vulnerável em todo o mundo: cerca de 671 milhões de mulheres e 935 milhões de homens (OIT, 2009).

In jornal «Avante!» - Edição de 4 de Março de 2010

                                                                            

Leitura Obrigatória (CXCIV)

     São de leitura obrigatória os estudos de Eugénio Rosa sobre a realidade económica e social de Portugal:

«Dentro de poucos dias comemora-se o 8 de Março. É altura apropriada para fazer um balanço da situação da mulher na economia e na sociedade portuguesa. É o que vamos procurar realizar.

Em 2009, a população activa feminina com um nível de escolaridade até ao ensino básico correspondia a 29,7% da população activa total, enquanto a masculina a 38,1% da população activa. E a percentagem de mulheres com ensino secundário e superior representava 17,4% da população activa total, enquanto os homens com idêntica escolaridade constituíam 14,7% da população activa total. Idêntica situação se verificava em relação à população empregada. Em 2009, a população empregada feminina com um nível de escolaridade até ao ensino básico era 29,3% da população empregada total, enquanto a masculina era 38,1% da população empregada total. E as mulheres com ensino secundário e superior representavam 17,6% da população empregada total, e os homens 15% da população empregada total.

Apesar das mulheres possuírem um nível médio escolaridade superior ao dos homens, as entidades patronais continuam a não reconhecer as suas competências. Por ex., a nível de "quadros superiores" a percentagem de mulheres, que era já minoritária, diminui de 33,9% para 31,4% entre 2005 e 2009. O mesmo sucedeu no grupo de "especialistas das profissões intelectuais e cientificas" que, entre 2005 e 2009, a percentagem de mulheres baixou de 57,3% para 56,8%. Só nas profissões menos qualificantes é que a percentagem de mulheres aumentou entre 2005-2009. A nível de "Pessoal administrativo", entre 2005 e 2009, aumentou de 63,1% para 64,4%; do "Pessoal de serviços e vendedores" subiu de 67,8% para 68,1%; dos "Trabalhadores não qualificados", entre 2005 e 2009, a percentagem de mulheres aumentou de 64,5% para 68,1%. Parece evidente a intenção das entidades patronais de discriminarem a mulher e de desvalorizarem as suas competências.»

                                                                                            

100 anos, 100 acções no Dia Internacional da Mulher

     O PCP, a 8 de Março, irá promover mais de 100 acções de distribuição de documentos e contacto com mulheres trabalhadoras em empresas e locais de trabalho, para além de outras acções de rua. Nestas comemorações do Dia Internacional da Mulher (data histórica do movimento revolucionário), o PCP valoriza o papel das mulheres enquanto obreiras de luta contra as injustiças e discriminações, rasgando novos horizontes para uma vida melhor e em igualdade.

Na passagem do centenário da proclamação do Dia Internacional da Mulher, o PCP destaca esta data, que se tornou num símbolo de luta revolucionária, numa jornada mundial de acção das mulheres pelos seus direitos e contra todas as formas de discriminação.

(sublinhados meus)

                                                

Clara Zetkin e a luta contra a guerra

    «Clara Zetkin foi uma incansável lutadora contra o imperialismo, contra a guerra e pela causa da paz.

Desde jovem sempre manifestou a sua forte oposição à guerra, apelando às mulheres para que se mobilizassem pela paz.
 

Nas conferências de mulheres e nos congressos da II Internacional denuncia a corrida aos armamentos e a propaganda belicista, acusando a direcção social-democrata, cujas posições ao longo dos anos se caracterizavam pelo revisionismo, de não lutar com a energia necessária contra a sociedade capitalista e o imperialismo. Em 1910, no Congresso da Internacional em Copenhaga, apela às mulheres socialistas para se comprometerem a lutar com mais vigor pela manutenção da paz e faz aprovar uma resolução recordando que «todos os camaradas têm o dever de se lembrar das resoluções contra a guerra votadas no congresso internacional de Estugarda e de zelar pela educação das crianças no sentido da paz». Com o mesmo entusiasmo, combateu no seu partido aqueles que se mostravam favoráveis à guerra e ao militarismo e que no parlamento votavam favoravelmente o aumento das despesas militares. Dois anos antes da guerra deflagrar, no Congresso Socialista Internacional de Basileia (25/11/1912), Clara Zetkin lançou um veemente apelo às mulheres de todo o mundo para lutarem contra a guerra imperialista

                                

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Clara Zetkin e o 8 de Março

    «Se existe facto que celebrizou internacionalmente Clara Zetkin (1857-1933) foi sem dúvida a proposta de criação de um Dia Internacional da Mulher, apresentada em 1910, na 2.ª Conferência Internacional de Mulheres. 

Mas a acção política desta revolucionária alemã, que se tornou uma prestigiada e influente dirigente do movimento comunista alemão, da II Internacional e da Internacional Comunista, foi bem mais vasta e rica em defesa dos direitos das mulheres e pela sua emancipação social.

 

No plano teórico, Clara Zetkin "assimilou e divulgou a matriz política e ideológica legada por Marx, Engels e por Lénine, e o conjunto dos seus escritos integra, amplia e enriquece o património do marxismo-leninismo quanto  à situação da mulher na sociedade, sobre a situação da mulher no capitalismo e sobre a revolução socialista como resposta à aspiração de emancipação social da mulher. É por isso que, muito justamente, o conjunto das suas reflexões teóricas deve ser destacado como parte integrante do acervo teórico do marxismo-leninismo sobre a situação da mulher na sociedade, legado de contundente actualidade".».

                                         

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