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O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

O CASTENDO

TERRAS DE PENALVA ONDE «A LIBERDADE É A COMPREENSÃO DA NECESSIDADE»

E, já agora, privatize-se também a puta que os pariu a todos

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«Privatize-se tudo, privatize-se o mar e o céu, privatize-se a água e o ar, privatize-se a justiça e a lei, privatize-se a nuvem que passa, privatize-se o sonho, sobretudo se for diurno e de olhos abertos. E finalmente, para florão e remate de tanto privatizar, privatizem-se os Estados, entregue-se por uma vez a exploração deles a empresas privadas, mediante concurso internacional. Aí se encontra a salvação do mundo... e, já agora, privatize-se também a puta que os pariu a todos.»

José Saramago - Cadernos de Lanzarote - Diário III - pag. 148

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Desenho de Fernando Campos (o sítio dos desenhos)

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Na privatização da EDP concorreram três empresas públicas de três países: China, Brasil e Alemanha.

À privatização da ANA concorre uma empresa pública alemã.

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Vá-se lá saber porquê recordei-me deste texto do José Saramago e deste desenho do Fernando Campos...

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Publicado neste blog:

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António José vai ditoso e bem Seguro

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O sítio dos desenhos

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Parafraseando o poeta António Gedeão apetece dizer que António José Seguro «Vai na brasa de lambreta» rumo à «estabilidade».

«Vai ditosa(o) e bem seguro», não vá o diabo tecê-las.

A propósito da moção de censura apresentada pelo PCP, o secretário-geral do PS afirmou que «o PS tem criticado fortemente este Governo, mas considerou que «o que mais faltava ao país era que se criasse uma crise política neste momento». E que «é defensor da estabilidade política».

Estabilidade? Só se for para os grupos económicos e financeiros. Para os representantes da ortodoxia monetarista. Para os banqueiros e accionistas. Para as EDP, os Jerónimos Martins, os Belmiros, os Amorins e muitos outros que trepam da exploração do trabalho e à custa dos favores do Estado. Isto é, à custa do dinheiro dos contribuintes.

Seguro está-se maribando para o facto de o país estar a viver uma recessão económica profunda e devastadora de empresas, de produção e de emprego – seis trimestres consecutivos de recessão - como não tínhamos há décadas.

O que, como é óbvio, provoca instabilidade na vida da esmagadora maioria dos portugueses. Aqueles que são explorados: os trabalhadores, os pequenos e médios agricultores, a pequena e média produção, o pequeno comércio e restauração.

O desemprego assume uma dimensão cada vez mais avassaladora e trágica para centenas de milhar de portugueses e suas famílias com o desemprego real a superar, e bem, o 1.200.000. É esta a «estabilidade» que defende Seguro e o PS?

Milhões de portugueses enfrentam um acelerado processo de empobrecimento em resultado da diminuição do valor dos seus rendimentos. Milhares de concidadãos são lançados para situações de extrema pobreza. É esta a «estabilidade» que defende Seguro e o PS?

Vemos famílias insolventes todos os dias a entregar a sua própria casa para saldar a dívida do respectivo empréstimo à banca. São dezenas de milhares de pessoas que estão desempregadas, com salários em atraso ou reduzido. Que perderam apoios e prestações sociais. Que viram aumentar o custo de vida e estão em grandes dificuldades. É esta a «estabilidade» que defende Seguro e o PS?

Assistimos ao roubo às populações do direito à saúde, ao encerramento do posto de correios, ao fecho  de escolas, à negação do direito aos transportes. E agora o governo quer acabar com as freguesias. É esta a «estabilidade» que defende Seguro e o PS?

A questão é outra: o PS é praticante, cúmplice e conivente com estas políticas!

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Austeridade e a crise: O Banco de Portugal e a EDP

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(...)

(...)

(sublinhados meus)

Gostava de ter escrito isto...

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A venda da EDP a preço de saldo

 São de leitura obrigatória os estudos de Eugénio Rosa sobre a realidade económica e social de Portugal:

«O sector da energia é estratégico em qualquer país, em termos de desenvolvimento e de independência nacional. Os governos, desde que tenham um mínimo de dignidade nacional e se preocupem verdadeiramente com o desenvolvimento do país, procuram sempre preservar este sector vital do controlo do capital estrangeiro. Em Portugal, infelizmente, tem-se verificado precisamente o contrário desde Cavaco Silva, que iniciou as privatizações, hipotecando-se, desta forma, também o futuro do país. O actual governo, e o seu ministro das Finanças, cegos pela ideologia ultraliberal professada pelos boys da Universidade de Chicago e do FMI tudo fazem para entregar o controlo deste sector a grupos económicos estrangeiros, com a falsa justificação de que assim se aumentará a concorrência e o investimento estrangeiro.

A EDP e a GALP têm uma posição dominante neste sector, sendo o resto já controlado por grandes grupos estrangeiros (Endesa, Iberdrola, Union Fenosa, Essa, BP, Repsol, Cepsa). Com a venda de 21,35% do capital da EDP à empresa estatal chinesa Three Gorges, 44,22% do capital da EDP passa a estar directamente sob o controlo de grandes grupos estrangeiros. E a gravidade desta situação ainda se torna mais clara se se tiver presente que esta percentagem representa 74,05% do total das "participações qualificadas", que são aquelas que controlam, de facto, a gestão operacional e estratégica deste importante grupo.»

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8º Mandamento

    8º Mandamento - Não levantar falsos testemunhos

Presidente da República, 1º Ministro, demais governantes, economistas do sistema, antigos e actuais representantes das organizações do grande patronato, banqueiros e seus representantes andam TODOS a violar desbragadamente o 8º Mandamento da Igreja Católica.

Mentem despudoradamente quando afirmam que «o povo vive acima das suas possibilidades» e que esta é a causa principal da crise. Fingem não saber (alguns não sabem mesmo!) que esta é uma crise do sistema capitalista clássica de sobreprodução e de falta de mercados. Marx explica, mas não o estudam…

Alguns dados a nível internacional:

Em 12 meses, o crescimento da fortuna dos mais ricos foi duas vezes superior ao aumento da riqueza mundial como um todo. Os milionários no mundo (que representam menos de 1% da população mundial) controlam 38,5% da riqueza mundial. Seiscentos biliões (milhões de milhões) de dólares em «derivados financeiros» (capital fictício), tal é o valor em causa na banca americana!!! E 81,13% dos 750 biliões de dólares que constituem a dívida dos EUA provêm dos «derivados financeiros». Nos últimos três anos o valor do resgate aos bancos da União Europeia (U.E.) pagos pelos contribuintes ascendeu a mais de quatro biliões de euros.

E em Portugal?

A maioria da população que vive de rendimentos do trabalho (de um salário ou de uma reforma) viu cair, números redondos, nos últimos trinta anos a sua participação neste rendimento de 60 para menos de 40%. Isto apesar do aumento da riqueza criada. Só nos últimos quinze anos o PIB cresceu, em termos reais, cerca de 30%. Mas a distribuição não se alterou. Veja-se o caso paradigmático dos executivos financeiros. Estão em nono lugar num conjunto de 13 países, com uma média de 845 mil euros anuais. Mais de 124 vezes o rendimento de quem ganha o salário mínimo!!!

Só nos últimos cinco anos, entre 2005 e 2010, os 5 maiores bancos arrecadaram 15.000 milhões de euros de lucro. As duas maiores empresas do sector energético (EDP e GALP) 10.000 milhões aproximadamente e a PT cerca de 9.000 milhões. O stock oficial nos paraísos fiscais das entidades portuguesas em 2009, referenciados pelo FMI, era de 65 mil milhões de euros.

De acordo com os dados do Banco de Portugal, a dívida pública atingiu os 106,6% do PIB no segundo trimestre deste ano. O que traduz uma subida de mais de 12 pontos percentuais face aos primeiros três meses de 2011. Recorde-se que em 2000, a dívida pública representava 48,7% do PIB. Em 2005 os 61,7%. Em 2007 era de 68,3%. Sobe para os 71,6% em 2008. Para 83% em 2009. Alcança os 93,5% em 2010. Porque nos escondem quem fez a dívida, como foi gasto o dinheiro, quem são os nossos credores?

Mentem quando proclamam ou a sua política e o Pacto, ou a bancarrota. Ou é isto ou não há dinheiro para salários e ficamos sem financiamento. E no entanto o dinheiro nunca faltou. Nem aos agiotas que cobram juros astronómicos, nem aos mega bancos, nem ao grande capital.

A propósito: quanto emprestou a banca ao Estado e quanto recebeu? O que vai deixar de receber é calculado em função dos lucros que esperava arrecadar? Quanto «perdeu» a banca e quanto vai receber?

Há muito se percebeu que os programas de austeridade, ditos de combate à crise e ao défice, são pretexto para uma ofensiva com um objectivo muito concreto: obrigar as populações que vivem do seu trabalho a trabalhar mais e a receber menos.

É falso que não haja alternativa. A resolução de uma crise económica pressupõe SEMPRE uma opção política. Como diz o povo «quanto mais calados, mais roubados». Por isso a resposta aí está: no Parlamento e nas instituições. E, sobretudo, na rua e nos locais de trabalho. No final se verá que é mesmo «o povo quem mais ordena».

Nota de despedida: comecei a minha colaboração regular no «Público» em Abril de 2002 com uma adaptação do Novo Testamento «Não lhes perdoeis, Senhor, que eles sabem o que fazem!». Termino com a Bíblia e o «8º Mandamento». Estou certo que a direcção deste jornal não deixará neste espaço de Opinião a área de pensamento político e ideológico do marxismo-leninismo vazia.

Especialista em Sistemas de Comunicação e Informação

In jornal "Público" - Edição de 29 de Outubro de 2011

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Eles comem tudo e não deixam nada

    O Governo, este governo PSD/CDS de Pedro Passos Coelho, está empenhado numa transferência gigantesca de riqueza dos mais pobres e da chamada classe média para o grande capital. 

Alguns exemplos, que o espaço disponível não dá para mais. 

Os 25 homens e mulheres mais ricos de Portugal viram as suas fortunas valorizar-se 17,8% no último ano.

A banca apresentou em 2009 e 2010 lucros líquidos em média de 5 milhões de euros por dia (!!!), durante os 365 dias do ano. Neste primeiro semestre já vamos em 400 milhões de euros. Banca essa que conseguiu a proeza de com mais lucros pagar menos impostos em 2010 que em 2009. Banca que recebeu 4 mil milhões de euros em ajudas directas, mais 20 mil milhões de garantias logo em Outubro de 2008. E mais uns milhares de milhões de «ajudas» no Orçamento do Estado em 2009 e em 2010. Banca que o Governo isenta de qualquer imposto extraordinário. Mas tudo isso não chega. 

E aprova-se na Assembleia da República, com os votos de PSD, CDS e PS, um orçamento rectificativo destinado única e exclusivamente a apoiar a actividade dos bancos. As ajudas directas, em dinheiro, do Estado ao sistema financeiro passaram para 12 mil milhões de euros. E o limite máximo para as garantias pessoais do Estado para 35 mil milhões de euros. É fartar vilanagem. 

O governo (com o voto favorável do PS) elimina as chamadas golden shares num conjunto de empresas estratégicas: PT, EDP, GALP. Com esta medida foram transferidas, de borla, riqueza e alavancas do poder económico para os grupos privados nacionais e, sobretudo, estrangeiros. Deixando pelo caminho o Estado com menos possibilidades de defender o interesse público e o interesse nacional. 

A situação criada é absurda e assume contornos de criminosos. Portugal não pode ter participação pública na EDP. Mas podemos vender essa participação pública a uma empresa alemã que tem uma participação pública no seu capital social. Em 2007, por exemplo, o Comendador Berardo ofereceu 200 milhões de euros pelas golden shares que o Estado detinha na PT. Agora o Estado transfere esse valor para os accionistas a custo zero!!!.

Enquanto isso: 

O governo anunciou a subida da taxa do IVA sobre o consumo de electricidade e gás natural dos actuais 6% para 23%, com efeitos a partir de Outubro próximo. Ou seja, um salto de 17 pontos percentuais, o que corresponde a 283% (!!!) de aumento no imposto indirecto. Isto depois de no início do ano as tarifas eléctricas terem aumentado 3,8%. Com mais esta subida, no início de 2012 as famílias portuguesas verão a sua factura eléctrica agravada em pelo menos 20,4%, quando comparada com Janeiro de 2011. Esta medida irá afectar mais de 6 milhões de consumidores. Portugal terá a partir de Outubro próximo as tarifas eléctricas mais elevadas dentro da União Europeia. 

No Orçamento da Segurança Social de 2011, estão orçamentados para subsídio de desemprego este ano menos 156 milhões euros do que em 2010. Para abono família menos 218 milhões. Para Rendimento Social de Inserção menos 120 milhões. Portanto, ao todo menos 494 milhões de euros.

Estas políticas das troikas portuguesa (PSD/CDS/PS) e estrangeira têm por único objectivo consolidar o capital e transformá-lo no pólo aglutinador de toda a riqueza nacional. Como se diz nos versos da canção «Os Vampiros» de José Afonso de onde foi retirado o título a este artigo.

Objectivamente vão-se criando as condições para que Portugal inicie um novo rumo. Um rumo de ruptura com estas políticas. Um rumo de uma política alternativa capaz de colocar como objectivo das relações sociais de produção, da actividade económica, não o lucro, mas a satisfação das necessidades humanas.

Especialista em Sistemas de Comunicação e Informação

In "Jornal do Centro" - Edição de 19 de Agosto de 2011

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Os preços da electricidade e do gás: Ministros mentem!

 São de leitura obrigatória os estudos de Eugénio Rosa sobre a realidade económica e social de Portugal:

«Uma das características do actual ministro das Finanças é dizer as maiores banalidades com o ar solene de quem está a exteriorizar um pensamento profundo. Faz lembrar Mr. Bean, o conhecido humorista inglês. Vem isto a propósito de declarações que fez na Assembleia da República sobre a eliminação, pelo seu governo, das "golden shares" em empresas como a GALP, PT e EDP, o que significou um presente de muitos milhões de euros dado aos seus accionistas. Segundo o ministro das Finanças, a eliminação contribuirá para "criar um bom ambiente de negócios e para aumentar os salários reais dos trabalhadores" . Se as consequências não fossem graves para o país até seria para rir.

Também em relação à liberalização dos preços da electricidade e do gás já aprovada pelo actual governo, a justificação é do mesmo tipo, não merecendo qualquer credibilidade. Segundo o governo de Passos Coelho, e nomeadamente os ministros da Economia e das Finanças, a liberalização dos preços determinará o aumento da concorrência e, este aumento, provocará a diminuição dos preços da electricidade e do gás para os consumidores.»

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Em 5 de Junho façamos ouvir a nossa voz

            1. Está anunciada uma proposta de aumento do gás natural superior aos 3,2 por cento de 2010. Isto vai representar mais uma penalização para 1 milhão de consumidores domésticos e para muitas empresas. Sectores como o da cerâmica, do vidro e parte do sector têxtil serão os mais atingidos.

Os combustíveis atingiram esta terça-feira o seu preço mais alto de sempre: 1,619 euros na gasolina 95 e 1,449 no gasóleo. Estamos perante um roubo descarado que penaliza a nossa economia e a população país. Mas que engorda, e de que maneira, os lucros das empresas do sector.

Os lucros da GALP foram em 2010 de 611 milhões de euros e os da EDP de 1662 milhões de euros. Os lucros da GALP quintuplicaram (!!!) desde a liberalização do mercado dos combustíveis: o lucro médio anual da GALP foi de 138,8 milhões de euros entre 2000 e 2003 e passou a ser de 678,3 milhões de euros entre 2004 e 2010.

Neste, como em todos os sectores da vida política, económica, social e cultural, os comunistas têm propostas. Assim, o PCP exige o estabelecimento de um regime de preços máximos no sector da energia. No que respeita aos consumidores domésticos, esses preços devem estar ligados ao valor da inflação. E em relação às empresas, associados às questões de produtividade.

Sublinhe-se que estas propostas não têm qualquer influência nas questões do défice orçamental e da dívida pública.

2. Portugal vive uma situação em que aqueles que são responsáveis pela governação do país em todos estes últimos anos – PS, PSD e CDS – já não conseguem disfarçar a gravidade dos problemas que o país enfrenta.

Os PEC e Orçamentos do Estado, foram-nos apresentados e justificados como males necessários para vencer dificuldades. Afinal traduziram-se em factores de acentuação de crise e recessão. De aumento do desemprego. De agravamento da dependência externa. E de dilatação do próprio défice das contas públicas que dizem querer combater.

Como afirmou Jerónimo de Sousa: «Se há vítimas em toda esta situação e sobre esta desastrosa evolução do país, elas são os milhões de portugueses sujeitos à imposição de pesados e injustificados sacrifícios inutilmente esbanjados sem resolver um só dos seus problemas».

As eleições legislativas antecipadas de 5 de Junho constituem, por isso, uma oportunidade para os trabalhadores e o povo fazerem ouvir a sua voz. E para afirmarem, com o seu voto na CDU, a exigência da necessária e indispensável ruptura com este rumo de desastre nacional.

Especialista em Sistemas de Comunicação e Informação

In "Jornal do Centro" - Edição de 15 de Abril de 2011

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Em Portugal 3 é igual a 3 000 000!

        EDP – lucros em 2010 de 1235 milhões de euros.

PT – lucros em 2010 de 5672,2 milhões de euros. Entretanto paga de impostos em 2010 menos de metade (!) do que pagou em 2009, menos 58,1 por cento.

GALP – lucros em 2010 de 451 milhões de euros.

BES, BCP, Santander Totta e BPI, os quatro principais bancos privados nacionais – lucros em 2010 de 1431 milhões de euros. Mas pagaram menos de metade do imposto de 2009 (!).

Zona Franca da Madeira, «morada fiscal» de conveniência de 2981 empresas (2435 das quais sem qualquer trabalhador…) – lucros em 2009 de 3700 milhões de euros. Pagaram em impostos apenas 6 dos 750 milhões que pagariam em qualquer outra parte do território nacional.

Estes dados são um escândalo nacional. Sobretudo sabendo nós que Governo, PS, PSD e CDS, recusaram em sede de Assembleia da República propostas que gerariam uma receita fiscal pelo menos três vezes superior à que o Governo e o PSD esperam obter. Ou seja, Governo, PS, PSD e CDS, não quiseram tributar a banca e os grandes grupos económicos com a taxa efectiva de IRC de 25% (o que renderia 500 milhões de euros, mínimo). Ou as transacções em Bolsa (mínimo de 135 milhões de euros). Ou as transferências financeiras para os offshore (cerca de 2200 milhões de euros, base 2009)

Mas há mais.

Fortuna de Américo Amorim, homem mais rico de Portugal segundo a revista Forbes, – 3660 milhões de euros.

Fortuna de Alexandre Soares dos Santos (grupo Jerónimo Martins), segundo mais rico – 1650 milhões de euros.

Fortuna de Belmiro de Azevedo – 1070 milhões de euros.

São 6380 milhões de euros (!!!), o equivalente a quase 3,6% do produto interno bruto nacional.

Esta é a soma das fortunas dos três homens mais ricos de Portugal, que cresceram 1,4 mil milhões em 2010, apesar da crise.

Contas feitas a partir dos dados oficiais, a fortuna acumulada de Américo Amorim, Alexandre Soares dos Santos e Belmiro de Azevedo, supera o rendimento anual de cerca de três milhões de portugueses (!!!). Em Portugal 3 é mesmo igual a 3000000…

Isto ao mesmo tempo que dos 770 mil desempregados, 60% não recebe subsídio de desemprego. E que há 1,5 milhões de trabalhadores com salários abaixo dos 600 euros. E que a pensão média dos 1, 9 milhões de reformados é de 369,29 euros.

Quem disse que os sacrifícios são para todos?

Especialista em Sistemas de Comunicação e Informação

In "Jornal do Centro" - Edição de 1 de Abril de 2011

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