«Um mito difundido pela "troika" e pelo governo PSD/CDS é que a recuperação da economia e o crescimento económico em Portugal é só possível se se basear nas exportações. E com base neste mito pretende-se justificar a politica de austeridade e, indiretamente, também a politica de baixos salários, e mesmo de redução de salários, pois só assim é que se aumentaria a competitividade das empresas portuguesas, condição necessária para que as exportações cresçam. Este mito foi depois propagandeado acriticamente pelos defensores do governo nos media e por alguns comentadores, como um da SIC, criticado por Manuela Ferreira Leite, que apresentou um gráfico em que comparava, para mostrar o êxito do governo, o saldo da Balança Corrente de Portugal (positivo) com o dos EUA (negativo) ignorando as diferenças abissais que existem entre estes dois países e os graves problemas económicos e sociais de Portugal. A própria realidade se encarrega de destruir tal mito, como mostram os dados do INE do quadro 1.»
«Um dos argumentos mais utilizados pela propaganda governamental e pelos comentadores habituais nos media é que o aumento das exportações, cujo ritmo está a diminuir de uma forma acentuada (recorde-se que, segundo o INE, no 1º Trim.2014, relativamente ao trimestre homólogo de 2013, as exportações aumentaram apenas 1,7% enquanto as importações cresceram 6%); repetindo, é que o aumento das exportações deve-se ao aumento da competitividade das empresas portugueses e à alteração do perfil dos produtos exportados. Confrontemos estas afirmações com a realidade revelada pelas próprias estatísticas oficiais.»
Em relação ao PIBduplicou a percentagem da quebra prevista. Um recuo acumulado de 5,8%. Uma quebra na riqueza produzida de 9,4 mil milhões, em termos reais.
No investimento, diziam que sofreria uma retracção de cerca de 15% caiu neste três anos para perto dos 37%;
a destruição deemprego foi cinco vezes superior ao anunciado, uma destruição de 464 mil empregos e o desemprego passou os limites do imaginável;
a dívida que em 2010 era de 93% do PIB e que diziam não passaria dos 115%, está hoje a escassas décimas dos 130% do PIB, cresceu mais 51,5 mil milhões de euros.
Disseram que o Pacto de Agressão era a solução para o défice que atingiria, depois dos muitos milhões roubados aos trabalhadores e reformados, do brutal aumento dos impostos e da mobilização de receitas extraordinárias de toda a ordem, ficará previsivelmente em 2013 ainda acima dos 5%.
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Uma operação onde quem ganha é o cartel dos mega bancos – o verdadeiro mercado - e quem perde é o País e as futuras gerações.
Mais um negócio colossal para os senhores do dinheiro que o compram a 0,25% no BCE e que depois investem, como no último empréstimo a dez anos de 3,5 mil milhões a uma taxa de 5,1%!
Lucro limpinho, sem osso para o capital. Quem vier atrás que feche a porta!
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Não há saída para a crise com o serviço da dívida que o País tem que pagar.
Em juros, hoje, são mais de 7 mil milhões de euros ano!
Estamos a falar de juros, não estamos a falar da dívida!
«PARA REFLEXÃO DOS LEITORES: a propósito da noticia divulgada pelos media de que Vitor Gaspar tinha sido contratado para o FMI pela diretora Lagarde, transcrevemos uma citação do prémio Nobel da economia Paul Krugman: “Se alguns deles terminar o mandato usufruindo de grande estima por parte do grupo de Davos (fórum mundial anual constituído pelos representantes dos grandes grupos económicos internacionais e pelos governantes dos maiores países) há uma infinita série de postos na Comissão Europeia, no FMI ou em organismos afins para os quais poderá ser elegível mesmo que seja desprezado pelos seus próprios conterrâneos. Aliás, ser desprezado seria de certa forma uma mais-valia”. Gaspar inicia as suas novas funções bem pagas já em Junho-2014 anunciaram também os órgãos de comunicação.»
Falam da subida das exportações! No entanto, a competitividade da economia baixou pese a redução dos custos salariais, pese a redução da população activa! De facto, o crescimento das exportações está a desacelerar! De facto a atenuação da recessão em 2013 não se deve às exportações! De facto é, em grande medida, efeito do aumento da procura interna, graças às decisões do Tribunal Constitucional.
Falam do investimento estrangeiro, quando o que de facto tem acontecido é a compra por estrangeiros de activos nas privatizações. De facto, diz e diz bem, o Presidente da AICEP: «Paulo Portas é um grande vendedor do País»! De facto, uma mentira colossal, pois isto a que chamam «investimento» não criou um único posto de trabalho e vai provavelmente criar muito desemprego!
Falam e falam do corte das «rendas excessivas», e os portugueses e as empresas continuam a ver subir as tarifas da energia eléctrica. O Ministro respectivo, anunciou 4ª feira, que vão subir até 2020! Aliás, estranho «mistério» do sistema eléctrico português, (obra-prima das privatizações e liberalizações do PS/PSD/CDS), quanto mais energia eléctrica produzimos com fontes primárias gratuitas, mais a tarifa sobe...
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É de uma desfaçatez inaudita, que PSD e CDS consigam embandeirar em arco, depois de conduzirem Portugal a um desastre de proporções incalculáveis!
O comércio anual de bens da China passou, em 2013, a marca dos quatro biliões (milhões de milhões) de dólares, confirmando a posição deste país como o maior comerciante à escala mundial. Os dados divulgados no início do ano pela Administração-Geral das Alfândegas chinesa – que excluem os serviços, nomeadamente os financeiros – colocam um ponto final sobre quem seria o país com maior volume de negócios: a China ou os EUA.
As exportações da segunda maior economia mundial subiram 7,9 por cento para 2,21 biliões de dólares, enquanto as importações aumentaram 7,3 por cento, para 1,95 biliões, de acordo com a mesma fonte, o que coloca o excedente comercial da China em 259,7 mil milhões de dólares, mais 12,8 por cento do que em 2012.
Assim, o volume total de bens comercializados entre a China e outros países ficou em 4,16 biliões de dólares, o que representa uma subida de 7,6 por cento.